sábado, janeiro 12, 2013
JACK REACHER – O ÚLTIMO TIRO (Jack Reacher)
Eis um filme que a gente pode dizer que é eficiente. Não tem a intenção de inventar a roda, apenas ser um bom thriller policial de ação. E sem a vantagem de não exagerar na montagem picotada, como algumas produções dos anos 1990 e 2000. O diretor escolhido por Tom Cruise foi Christopher McQuarrie, que em seu currículo tem alguns roteiros, mas como diretor só tinha mesmo um trabalho, chamado aqui no Brasil de A SANGUE FRIO (2000). Sua primeira parceria com Tom Cruise foi como roteirista de OPERAÇÃO VALQUÍRIA (2008) e atualmente está sendo cotado para ser o diretor do quinto filme da franquia MISSÃO: IMPOSSÍVEL.
JACK REACHER – O ÚLTIMO TIRO (2012) começa com um prólogo bem interessante: um sujeito chega em um estacionamento e começa a atirar em diversas pessoas que passeiam em um parque, matando cinco. A polícia trata logo de capturar o principal suspeito, mas a única coisa que ele pede é: tragam Jack Reacher. E quem é Jack Reacher? É um ex-militar de elite que já aprontou muito no passado e que conheceu o tal cara que foi preso. Acontece que Reacher chega e o sujeito, o suspeito, havia levado uma surra tão grande que ficou em estado de coma.
O filme vai ganhando contornos mais misteriosos de filme policial investigativo com a entrada em cena da advogada do suspeito, vivida por Rosamund Pike, e quando também vemos os vilões, liderados pelo cineasta Werner Herzog, que parece ter se divertido bastante com o papel. E juntando investigação com cenas de ação, talvez JACK REACHER tenha se excedido um pouco em sua duração. Os 130 minutos chegam a pesar um pouco no saldo final. Umas tesouradas na ilha de edição teriam feito bem ao filme.
Há uma ótima sequência de perseguição automobilística, que é bem dirigida e montada, embora não seja tão memorável se comparada a de outros tantos filmes de ação feitos depois do antológico OPERAÇÃO FRANÇA, de William Friedkin. Vale destacar também o tiroteio final, com a presença bem-vinda de um simpático Robert Duvall. Outro ator veterano de peso e que sempre impõe respeito nas poucas vezes que aparece é Richard Jenkins, no papel do procurador de justiça.
E justiça, no fim das contas, é uma palavra-chave no que se refere à personalidade de Reacher, um homem seguro de si e que não hesita em matar o bandido, se achar que deve. Tom Cruise sabe como ninguém interpretar um sujeito cheio de si, como se não conseguisse se humilhar em nenhum papel. Mas é um ator admirável, especialmente por conseguir se manter como um herói de ação, inclusive evitando sempre que pode a ajuda de dublês, e que tenta sempre estar sob controle de sua carreira e ser dono de seus trabalhos.
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