SPIDER E OS FILMES DO FIM DE SEMANA
As coisas andam meio brabas aqui no trabalho. Já sabia antes de chegar aqui que hoje seria um dia de cão. O último dia útil de cada mês geralmente é assim. Mas estou dando um tempinho nos serviços pra escrever sobre o final de semana. No cinema, apenas um filme: SPIDER, do Cronenberg, visto num sábado chuvoso e melancólico; em vídeo, alguns filmes bem legais. No domingo ensolarado fui conhecer a Blockbuster, recém inaugurada aqui. Aluguei dois DVDs. Um deles (SEM DESTINO), estava com defeito e vou ver se consigo trocar hoje. Outra coisa ruim do fim de semana foi que a porcaria do PC que eu comprei já está com defeito. Uma merda. Seguem os comentários dos filmes:
SPIDER - DESAFIE SUA MENTE (Spider)
O novo Cronenberg é de dar sono. Me esforcei muito pra conseguir ficar acordado até o fim do filme. Sei que isso não é lá critério pra se dizer se um filme é bom ou ruim, mas pelas experiências que eu tive anteriormente com o cinema de David Cronenberg, acredito que isso até pode ser um critério. EXISTENZ e CRASH dão um prazer enorme em se assistir, A MOSCA e GÊMEOS: MÓRBIDA SEMELHANÇA, idem. Até THE NAKED LUNCH, que foi um filme que me deu uma sensação bastante incômoda, eu respeito mais do que esse SPIDER, insosso que só ele. Li recentemente o livro "Spider", de Patrick McGrath, e é um livro muito interessante. A parte do meio do livro, que é quando acontece o assassinato da mãe de Dennis, é empolgante e faz com que a gente grude na história como poucos livros fazem. Sem falar na narração em primeira pessoa, que é um delícia. No filme, isso foi bem desperdiçado. Cronenberg preferiu não pôr uma narração em off, pra que o filme fosse mais "cinema" e menos literatura, mas a maneira como ele compensou isso não foi feliz. Ele colocou Ralph Fiennes de corpo presente em todas as cenas de recordações que ele teve. E ainda fez a besteira de colocar ele balbuciando certas palavras pra que o público "voador" não confunda, achando que ele está visível para os outros personagens. O maior destaque do filme é Miranda Richardson, fazendo papel duplo - de mãe do menino Dennis e de amante de seu (Gabriel Byrne). De Cronenberg, fiquei curioso pra ver CAMERA, um curta-metragem bastante elogiado por muita gente boa. Difícil é conseguir conseguir vê-lo. Alguém tem esse filme?
A NOIVA DO RE-ANIMATOR (The Bride of the Re-Animator)
Já vi esse filme faz mais de uma semana e esqueci de comentar. É bastante conhecido e costuma passar várias vezes na Band. É um filme de terror cheio de humor negro de Brian Yuzna, feito com o mesmo elenco de RE-ANIMATOR, de Stuart Gordon. É tão cheio de sangue quanto o primeiro. O filme é uma versão moderna de A NOIVA DE FRANKESTEIN. O problema é que sempre achei a história de Mary Shelley, ou pelo menos, as adaptações para o cinema bem inverossímeis. Por que diabos, o cientista maluco tem que pegar partes de corpos totalmente diferentes ? Deve ser porque ele é maluco mesmo. Heheheh. Nesse filme a coisa não é diferente. Mas o tom de humor compensa um pouco.
FEITIÇO DO RIO (Blame it on Rio)
Por falar em tranqueiras, imperdível esse filme com sabor de chanchadas brasileiras, com direito a meninas andando de top less nas praias. Bacana. Outro atrativo do filme é ver Demi Moore, lindinha nos anos 80. Esse filme (de 1984) ainda não traz ela no auge - ela pegou um papel fraco no filme - mas vale ver. No filme, Michael Caine e um amigo viajam para o Rio de Janeiro para passar as férias com suas respectivas filhas. As meninas, ao chegarem na praia, tratam logo de tirar as partes de cima dos bikinis, para desespero dos pais. A coisa fica engraçada mesmo quando uma das meninas se envolve com o pai da outra. A garota que faz a amiga de Demi Moore (Valerie Harper) dá um show de sensualidade. E, a título de curiosidade, o filme traz alguns atores brasileiros fazendo pontas e José Lewgoy como coadjuvante. Gravado da TNT, que - milagre! - não cobriu com bolinhas os seios das moças.
SUBLIME DEVOÇÃO (Call Northside 777)
Ótimo filme de Henry Hathaway, um dos grandes cineastas americanos de estilo narrativo clássico, como John Ford. Aqui no Brasil parece que ele é um pouco subestimado, mas dos filmes que vi dele (TORRENTES DE PAIXÃO, com Marilyn Monroe e FÚRIA NO ALASKA, com John Wayne), gostei bastante e não pretendo perder os próximos que passarem na tv. Esse filme, de 1948, trazendo James Stewart como um jornalista que investiga e reabre um caso de um assassinato de mais de dez anos, é emocionante e prende a atenção do começo ao fim. Eis um filme prazeiroso que equilibra bem o lado dramático e o suspense. É filme pra se ganhar o dia. Uma obra-prima? Gravado da Band.
AS COISAS SIMPLES DA VIDA (Yi-Yi)
Sensível filme de Edward Yang, co-produção Taiwan-Japão, que foi sucesso de crítica em todo o mundo. O filme esteve nas listas de melhores do ano de vários críticos brasileiros. É mesmo um filme muito bonito. Mostra a sociedade de Taiwan, já bem desenvolvida economicamente e que lida com outros problemas, como o vazio e a insatisfação de seus habitantes. São várias histórias realistas interligadas num filme de quase 3 horas de duração. Tem a história do pai de família que reencontra a paixão da adolescência, o garotinho que experimenta fotografias estranhas, a menina que se apaixona pelo namorado da amiga, a velhinha em coma. Um grande destaque do filme é a música, quase sempre no piano, trazendo composições de Bach e Beethoven. A fotografia enche os olhos. Interessante como o cinema oriental tem uma fotografia tão bonita atualmente. Uma beleza plástica impressionante. A cena mais emocionante é a parte final, com o garotinho recitando o que escreveu durante o funeral da avó. O DVD da Europa está em fullscreen, mas a imagem está cristalina e o som de ótima qualidade.
segunda-feira, março 31, 2003
terça-feira, março 25, 2003
8 MILE - RUA DAS ILUSÕES (8 Mile)
Ontem saí do trabalho e fui conferir 8 MILE. Gostei do filme. O filme tem um probleminha: a história que leva a lugar algum. Quer dizer, até leva, mas deixa aquela sensação de "só isso?" ou "e daí?". Mas, por outro lado, revela o talento de Curtis Hanson em saber contar uma história e dirigir atores muito bem. Eminem está ótimo, assim como Kim Basinger (está meio velha, hein?) e Brittany Murphy, muito gata com aquele visual desleixado. Aliás, ela consegue ser sexy até mostrando o dedo indicador. A cena de sexo entre ela e o Eminem também ficou boa. Uma utilidade do filme é apresentar para pessoas de fora do meio o habitat dos rappers. Inclusive, achei muito parecido com os repentes dos cantadores aqui do nordeste do Brasil, com seus duelos verbais e à base de muito talento e criatividade. Tem que ser muito talentoso mesmo pra arranjar rimas e palavras certeiras e amedrontar o adversário. Todo mundo saiu do cinema com as batidas da oscarizada "Lose Yourself" e balançando um pouco a cabeça, ou o corpo, com vontade de dançar como os rappers. Se bem que se tirar a música, o final se torna decepcionante. Mas quem liga pra isso, com aquelas batidas?
Ontem saí do trabalho e fui conferir 8 MILE. Gostei do filme. O filme tem um probleminha: a história que leva a lugar algum. Quer dizer, até leva, mas deixa aquela sensação de "só isso?" ou "e daí?". Mas, por outro lado, revela o talento de Curtis Hanson em saber contar uma história e dirigir atores muito bem. Eminem está ótimo, assim como Kim Basinger (está meio velha, hein?) e Brittany Murphy, muito gata com aquele visual desleixado. Aliás, ela consegue ser sexy até mostrando o dedo indicador. A cena de sexo entre ela e o Eminem também ficou boa. Uma utilidade do filme é apresentar para pessoas de fora do meio o habitat dos rappers. Inclusive, achei muito parecido com os repentes dos cantadores aqui do nordeste do Brasil, com seus duelos verbais e à base de muito talento e criatividade. Tem que ser muito talentoso mesmo pra arranjar rimas e palavras certeiras e amedrontar o adversário. Todo mundo saiu do cinema com as batidas da oscarizada "Lose Yourself" e balançando um pouco a cabeça, ou o corpo, com vontade de dançar como os rappers. Se bem que se tirar a música, o final se torna decepcionante. Mas quem liga pra isso, com aquelas batidas?
segunda-feira, março 24, 2003
UM JACK VALE MAIS QUE DOIS CAGES
O final de semana foi um pouquinho diferente. Menos angustiante que o anterior, mas teve também as suas perturbações. No sábado, fui com minha irmã comprar um computador. (Não dá mais pra ficar sem, quando a gente é viciado.) Vão ser muitas preocupações futuras pra pagar as parcelas, mas eu consigo. Já venci obstáculos maiores. No sábado, um amigo dos tempos do 1º grau ligou pra mim. Há tempos não o via, mas sei que ele andava com a vida bem complicada. Fui tomar uns chopes com ele e o homem parece que saiu de um filme do Scorsese. Disse qeu cheirou cocaína até ficar tão fissurado que cheirou até areia da praia, que ganhou muuuito dinheiro, que foi pra Nova York, que viajou o Brasil todo, que passou 6 meses numa clínica de reablitação em Curitiba, que teve 5 mulheres, que comprou vários carros e que estava esperando pra receber 500 notebooks, que vendendo tudo vai ficar com dois milhões... é tanta coisa que já me enxeu o saco. Vá à merda. Seja isso mentira ou não. Hehehe..
Bom, como o sábado foi pro brejo, no domingo vi dois filmes: AS CONFISSÕES DE SCHMIDT e ADAPTAÇÃO. Jack Nicholson versus Nicholas Cage. Os dois estavam concorrendo ao Oscar de melhor ator. Perderam para Adrien Brody. Eis os comentários:
AS CONFISSÕES DE SCHMIDT (About Schmidt)
O filme traz uma das melhores interpretações de Jack Nicholson. Nos últimos anos, ele vinha meio que se repetindo. Mas esse papel é muito bom. A direção de atores de Alexander Payne é ótima. E o filme lembra alguns filmes ótimos como CHUVAS DE VERÃO, de Cacá Diegues (a história de um homem que sente o baque da aposentadoria); HISTÓRIA REAL, de David Lynch (um road movie de um velho, conhecendo pessoas durante o percurso); MORANGOS SILVESTRES, de Ingmar Bergman (um velho reavaliando a sua vida e tendo recordações de suas origens). Além de ter todo esse potencial dramático, o filme é também uma comédia muito inteligente. A história: Schmidt se aposenta, fica triste, se sentindo inútil, fica mais irritado com a mulher e passa a mandar cheques para um menino carente na África, junto com cartas contando de sua vida pessoal. É a partir das cartas que ficamos mais íntimos dele. E mesmo com todos os seus defeitos, passamos até a nos identificar com ele. Tem momentos de tristeza e de alegria. E eu que nem gostava mais de Jack, fiquei fã dele novamente. Ah, e o filme também tem coadjuvantes ótimos, destaque para Kathy Bates. Filmão.
ADAPTAÇÃO (Adaptation.)
Já o filme de Spike Jonze não fez a minha cabeça. Desde o primeiro filme dele (QUERO SER JOHN MALKOVICH), que eu acho as idéias melhores que o resultado final. Logo, como as idéias são de Charlie Kaufman o crédito talvez seja dele. Os dois filmes de Jonze são interessantes, mas me dão uma agonia sem tamanho depois de uma hora de filme. Nicolas Cage está bem, interpretando dois irmãos gêmeos. Quando quer, até que consegue ser menos canastrão. Mas ainda assim, o Jack Nicholson lá de cima dá de dez em dois Cages. Gostei do filme sim, mas acho que ele tem tantas idéias que elas se perdem lá pelo final. Talvez o drama de Kaufman seja bem parecido com o drama do personagem do filme, que também se chama Charlie Kaufman. É um exercício de metalinguagem que não encontra o caminho.
Té mais!!
O final de semana foi um pouquinho diferente. Menos angustiante que o anterior, mas teve também as suas perturbações. No sábado, fui com minha irmã comprar um computador. (Não dá mais pra ficar sem, quando a gente é viciado.) Vão ser muitas preocupações futuras pra pagar as parcelas, mas eu consigo. Já venci obstáculos maiores. No sábado, um amigo dos tempos do 1º grau ligou pra mim. Há tempos não o via, mas sei que ele andava com a vida bem complicada. Fui tomar uns chopes com ele e o homem parece que saiu de um filme do Scorsese. Disse qeu cheirou cocaína até ficar tão fissurado que cheirou até areia da praia, que ganhou muuuito dinheiro, que foi pra Nova York, que viajou o Brasil todo, que passou 6 meses numa clínica de reablitação em Curitiba, que teve 5 mulheres, que comprou vários carros e que estava esperando pra receber 500 notebooks, que vendendo tudo vai ficar com dois milhões... é tanta coisa que já me enxeu o saco. Vá à merda. Seja isso mentira ou não. Hehehe..
Bom, como o sábado foi pro brejo, no domingo vi dois filmes: AS CONFISSÕES DE SCHMIDT e ADAPTAÇÃO. Jack Nicholson versus Nicholas Cage. Os dois estavam concorrendo ao Oscar de melhor ator. Perderam para Adrien Brody. Eis os comentários:
AS CONFISSÕES DE SCHMIDT (About Schmidt)
O filme traz uma das melhores interpretações de Jack Nicholson. Nos últimos anos, ele vinha meio que se repetindo. Mas esse papel é muito bom. A direção de atores de Alexander Payne é ótima. E o filme lembra alguns filmes ótimos como CHUVAS DE VERÃO, de Cacá Diegues (a história de um homem que sente o baque da aposentadoria); HISTÓRIA REAL, de David Lynch (um road movie de um velho, conhecendo pessoas durante o percurso); MORANGOS SILVESTRES, de Ingmar Bergman (um velho reavaliando a sua vida e tendo recordações de suas origens). Além de ter todo esse potencial dramático, o filme é também uma comédia muito inteligente. A história: Schmidt se aposenta, fica triste, se sentindo inútil, fica mais irritado com a mulher e passa a mandar cheques para um menino carente na África, junto com cartas contando de sua vida pessoal. É a partir das cartas que ficamos mais íntimos dele. E mesmo com todos os seus defeitos, passamos até a nos identificar com ele. Tem momentos de tristeza e de alegria. E eu que nem gostava mais de Jack, fiquei fã dele novamente. Ah, e o filme também tem coadjuvantes ótimos, destaque para Kathy Bates. Filmão.
ADAPTAÇÃO (Adaptation.)
Já o filme de Spike Jonze não fez a minha cabeça. Desde o primeiro filme dele (QUERO SER JOHN MALKOVICH), que eu acho as idéias melhores que o resultado final. Logo, como as idéias são de Charlie Kaufman o crédito talvez seja dele. Os dois filmes de Jonze são interessantes, mas me dão uma agonia sem tamanho depois de uma hora de filme. Nicolas Cage está bem, interpretando dois irmãos gêmeos. Quando quer, até que consegue ser menos canastrão. Mas ainda assim, o Jack Nicholson lá de cima dá de dez em dois Cages. Gostei do filme sim, mas acho que ele tem tantas idéias que elas se perdem lá pelo final. Talvez o drama de Kaufman seja bem parecido com o drama do personagem do filme, que também se chama Charlie Kaufman. É um exercício de metalinguagem que não encontra o caminho.
Té mais!!
OSCAR 2003
Salve, fellas!
Viram o Oscar ontem? Foi uma cerimônia sem muitas atrações e com a duração um pouco menor. Bem que podiam ter feito um trabalho mais especial, já que era a 75a edição do prêmio. Mas com essa história de guerra, fica meio sem graça mesmo. Eis os destaques:
1. Steve Martin estava bem como o apresentador. Fez aquela brincadeira com Jack Nicholson (gay) com as mulheres e com o Michael Moore.
2. Mulheres lindas: As três Jennifers (Jennifer Garner, Jennifer Connelly, Jennifer Lopez), Kate Hudson (talvez a mais bonita da noite), Salma Hayek e Diane Lane.
3. Catherine Zeta-Jones canta bem, hein. Mesmo eu odiando CHICAGO, gostei da apresentação dela com a chefe do presídio. E está bonita mesmo com aquela barrigona. Só que Oscar pra ela, é meio exagerado, né?
4. Paul Simon está só o bagaço.
5. A feia da noite: Rennée Zelwegger.
6. Caetano Veloso, mesmo nervoso, mandou bem. Só que a voz dele é muito suave e não combinou com a da cantora que fez dueto com ele.
7. Viva Michael Moore!! O cara ganhou o Oscar de documentário e meteu bronca no pulha do George Bush, na "eleição fictícia" e na guerra imoral. Valeu!
8. Ótima a performance do U2. Mas perder pro Eminem, que nem foi cantar nem assistir, é brincadeira. Vai ver foi só mesmo pra não darem nenhum prêmio pro filme do Scorsese.
9. Surpresa 1: Adrien Brody ganhou o prêmio de melhor ator por O PIANISTA. Legal. Eu estava torcendo pelo Day-Lewis, mas o narigudo é ótimo. Sem falar que mandou a musiquinha de expulsão parar pra protestar contra a guerra. E ele que fez um filme como O PIANISTA entende um pouco disso, né?
10. Supresa 2: Almodóvar ganhou roteiro original por FALE COM ELA. Aliás, filme nenhum dali é melhor que essa obra-prima do Almodóvar.
11. Surpresa 3: Melhor diretor para Roman Polanski. Legal. O pedófilo merece. Hehehe.
12. Nada para GANGS DE NOVA YORK.
Ah, pra quem sintonizou na Tv Cultura antes de começar o Oscar, ontem teve entrevista com o nosso querido Carlão Reichenbach no programa Provocações do Abujamra. O foda é que esse apresentador fala mais que o entrevistado. E 30 minutos é muito pouco. Mas valeu!
Salve, fellas!
Viram o Oscar ontem? Foi uma cerimônia sem muitas atrações e com a duração um pouco menor. Bem que podiam ter feito um trabalho mais especial, já que era a 75a edição do prêmio. Mas com essa história de guerra, fica meio sem graça mesmo. Eis os destaques:
1. Steve Martin estava bem como o apresentador. Fez aquela brincadeira com Jack Nicholson (gay) com as mulheres e com o Michael Moore.
2. Mulheres lindas: As três Jennifers (Jennifer Garner, Jennifer Connelly, Jennifer Lopez), Kate Hudson (talvez a mais bonita da noite), Salma Hayek e Diane Lane.
3. Catherine Zeta-Jones canta bem, hein. Mesmo eu odiando CHICAGO, gostei da apresentação dela com a chefe do presídio. E está bonita mesmo com aquela barrigona. Só que Oscar pra ela, é meio exagerado, né?
4. Paul Simon está só o bagaço.
5. A feia da noite: Rennée Zelwegger.
6. Caetano Veloso, mesmo nervoso, mandou bem. Só que a voz dele é muito suave e não combinou com a da cantora que fez dueto com ele.
7. Viva Michael Moore!! O cara ganhou o Oscar de documentário e meteu bronca no pulha do George Bush, na "eleição fictícia" e na guerra imoral. Valeu!
8. Ótima a performance do U2. Mas perder pro Eminem, que nem foi cantar nem assistir, é brincadeira. Vai ver foi só mesmo pra não darem nenhum prêmio pro filme do Scorsese.
9. Surpresa 1: Adrien Brody ganhou o prêmio de melhor ator por O PIANISTA. Legal. Eu estava torcendo pelo Day-Lewis, mas o narigudo é ótimo. Sem falar que mandou a musiquinha de expulsão parar pra protestar contra a guerra. E ele que fez um filme como O PIANISTA entende um pouco disso, né?
10. Supresa 2: Almodóvar ganhou roteiro original por FALE COM ELA. Aliás, filme nenhum dali é melhor que essa obra-prima do Almodóvar.
11. Surpresa 3: Melhor diretor para Roman Polanski. Legal. O pedófilo merece. Hehehe.
12. Nada para GANGS DE NOVA YORK.
Ah, pra quem sintonizou na Tv Cultura antes de começar o Oscar, ontem teve entrevista com o nosso querido Carlão Reichenbach no programa Provocações do Abujamra. O foda é que esse apresentador fala mais que o entrevistado. E 30 minutos é muito pouco. Mas valeu!
sexta-feira, março 21, 2003
AUDITION (Odishon)
Finalmente assisti AUDITION, de Takashi Miike. Tinha comprado o DVD importado lá de Hong Kong, preciosa dica do mestre em cultura oriental Leandro Ichi the Killer. A loja, DDD House, é competente, entrega o produto em sua casa em menos de 15 dias e o preço é em dólar de Hong Kong, bem mais baixo que o dólar americano. Sem falar, que não há imposto de importação adicional. Uma boa.
Quanto ao filme, é ótimo. Estou tirando o atraso dos filmes japoneses que não conhecia. Só conhecia Akira Kurosawa, que nem é um cineasta que eu gosto muito, mas aprecio alguns trabalhos. E Takeshi Kitano eu não gosto nem um pouco. Vim começar a simpatizar com os filmes de lá vendo o anime LAPUTA, de Hayao Miyazaki, Em breve, verei PRINCESA MONONOKE, quando a fita chegar por aqui.
Mas, voltando a AUDITION, o filme é um thriller/terror de primeira. Conta a história de Aoyama, um cara que fica viúvo e depois de algum tempo, começa a pensar em arranjar outra esposa. Aproveita a idéia do amigo, que vai fazer um filme e fazer uns testes com algumas pretendentes ao papel, e a partir das entrevistas, ele vai escolher uma mulher para ser sua esposa. O problema é que ele escolhe a garota errada.
O filme começa bem lento, com o som muito baixo, quase sem trilha sonora. Tanto é que quando o som aumenta, nas partes assustadoras, toma-se um baita de um susto. Não apenas pelo som, mas também pela força das imagens. Não vou comentar aqui o que acontece pra não estragar pra quem ainda vai ver o filme. Mas adianto que o negócio é barra pesada.
O engraçado é o nome de um dos personagens: Shibata. Hehehehe.
Agora é ir atrás de outros filmes do diretor, como CITY OF LOST SOULS, FUDOH e ICHI THE KILLER.
Finalmente assisti AUDITION, de Takashi Miike. Tinha comprado o DVD importado lá de Hong Kong, preciosa dica do mestre em cultura oriental Leandro Ichi the Killer. A loja, DDD House, é competente, entrega o produto em sua casa em menos de 15 dias e o preço é em dólar de Hong Kong, bem mais baixo que o dólar americano. Sem falar, que não há imposto de importação adicional. Uma boa.
Quanto ao filme, é ótimo. Estou tirando o atraso dos filmes japoneses que não conhecia. Só conhecia Akira Kurosawa, que nem é um cineasta que eu gosto muito, mas aprecio alguns trabalhos. E Takeshi Kitano eu não gosto nem um pouco. Vim começar a simpatizar com os filmes de lá vendo o anime LAPUTA, de Hayao Miyazaki, Em breve, verei PRINCESA MONONOKE, quando a fita chegar por aqui.
Mas, voltando a AUDITION, o filme é um thriller/terror de primeira. Conta a história de Aoyama, um cara que fica viúvo e depois de algum tempo, começa a pensar em arranjar outra esposa. Aproveita a idéia do amigo, que vai fazer um filme e fazer uns testes com algumas pretendentes ao papel, e a partir das entrevistas, ele vai escolher uma mulher para ser sua esposa. O problema é que ele escolhe a garota errada.
O filme começa bem lento, com o som muito baixo, quase sem trilha sonora. Tanto é que quando o som aumenta, nas partes assustadoras, toma-se um baita de um susto. Não apenas pelo som, mas também pela força das imagens. Não vou comentar aqui o que acontece pra não estragar pra quem ainda vai ver o filme. Mas adianto que o negócio é barra pesada.
O engraçado é o nome de um dos personagens: Shibata. Hehehehe.
Agora é ir atrás de outros filmes do diretor, como CITY OF LOST SOULS, FUDOH e ICHI THE KILLER.
quinta-feira, março 20, 2003
ZWAN - "MARY STAR OF THE SEA"
Billy Corgan falou no Jornal da MTV que não dá pra fingir felicidade. Você pode fingir tristeza - tem muitas bandas ganhando dinheiro com isso por aí - mas felicidade não dá pra fingir.
"Mary Star of the Sea", o disco do Zwan, a nova banda de Corgan, traz isso, essa vontade de cantar, de exaltar a vida, expor a alegria. Isso é até corajoso de se fazer - há o risco de se ficar superficial, mas Corgan tem inteligência e sorte para escrever letras inspiradas.
Na faixa "El Sol", uma das mais belas do disco, ele diz:
"soon i'll be feeling left for dead
sometimes someone saying yes
changes what you'll bet"
Isso abre as portas para um futuro excitante, onde dizer "sim" muda todo o curso da situação. Há uma consciência do que é passageiro, de que essa alegria é passageira, mas, ao mesmo tempo, há uma supervalorização desse momento. No álbum MACHINA, Billy Corgan já manifestava essa alegria em algumas faixas.
O som das guitarras também funciona como agente "exaltador". Esse som lembra o que foi feito no álbum SIAMESE DREAM dos Smashing Pumpkins. Aliás, esse disco é um raio de sol na discografia dos Pumpkins, que tem disco angustiante (GISH), melancólico e existencialista (MELLON COLIE AND THE INFINITE SADNESS), obscuro (ADORE) e enigmático (MACHINA). No documentário presente no DVD VIEUPHORIA, Corgan fala das diferentes guitarras usadas para se produzir sons tristes e angustiantes, como em GISH ou alegres como em SIAMESE DREAM.
No novo projeto, Corgan abandona um pouco os enigmas de MACHINA e traz letras mais simples e de fácil assimilação, ainda que o lado de religiosidade deixe algumas pessoas um pouco confusas.
Uma das coisas mais surpreendentes no disco do Zwan é a religiosidade. Desde o U2 não se via uma super-banda se utilizar da fé e do Cristianismo como elementos principais da obra. A faixa mais abertamente cristã é "Jesus, I", que faz dobradinha com a faixa título ("Mary Star of the Sea"), somando um épico viajante de mais de 10 minutos.
O desapego às coisas materias está presente em "Desire" e "Ride a Black Swam"; a fé chegando pra abalar em "Lyric", "Settle Down" e "Declaration of Faith"; a alegria de estar junto de quem se ama no primeiro single "Honestly"; a balada relaxante em "Of a broken heart"; a canção que fala por si mesma em "Heartsong"; o carpe diem de "Endless Summer"; a auto-estima elevada em "Baby, let´s rock"; o poder da vontade em "Yeah". O disco termina com a chamada de Corgan em "Come with me", ao som de gaitas que lembram folk.
Um super-disco. Pra ouvir, preferecialmente, quando se estiver feliz.
Billy Corgan falou no Jornal da MTV que não dá pra fingir felicidade. Você pode fingir tristeza - tem muitas bandas ganhando dinheiro com isso por aí - mas felicidade não dá pra fingir.
"Mary Star of the Sea", o disco do Zwan, a nova banda de Corgan, traz isso, essa vontade de cantar, de exaltar a vida, expor a alegria. Isso é até corajoso de se fazer - há o risco de se ficar superficial, mas Corgan tem inteligência e sorte para escrever letras inspiradas.
Na faixa "El Sol", uma das mais belas do disco, ele diz:
"soon i'll be feeling left for dead
sometimes someone saying yes
changes what you'll bet"
Isso abre as portas para um futuro excitante, onde dizer "sim" muda todo o curso da situação. Há uma consciência do que é passageiro, de que essa alegria é passageira, mas, ao mesmo tempo, há uma supervalorização desse momento. No álbum MACHINA, Billy Corgan já manifestava essa alegria em algumas faixas.
O som das guitarras também funciona como agente "exaltador". Esse som lembra o que foi feito no álbum SIAMESE DREAM dos Smashing Pumpkins. Aliás, esse disco é um raio de sol na discografia dos Pumpkins, que tem disco angustiante (GISH), melancólico e existencialista (MELLON COLIE AND THE INFINITE SADNESS), obscuro (ADORE) e enigmático (MACHINA). No documentário presente no DVD VIEUPHORIA, Corgan fala das diferentes guitarras usadas para se produzir sons tristes e angustiantes, como em GISH ou alegres como em SIAMESE DREAM.
No novo projeto, Corgan abandona um pouco os enigmas de MACHINA e traz letras mais simples e de fácil assimilação, ainda que o lado de religiosidade deixe algumas pessoas um pouco confusas.
Uma das coisas mais surpreendentes no disco do Zwan é a religiosidade. Desde o U2 não se via uma super-banda se utilizar da fé e do Cristianismo como elementos principais da obra. A faixa mais abertamente cristã é "Jesus, I", que faz dobradinha com a faixa título ("Mary Star of the Sea"), somando um épico viajante de mais de 10 minutos.
O desapego às coisas materias está presente em "Desire" e "Ride a Black Swam"; a fé chegando pra abalar em "Lyric", "Settle Down" e "Declaration of Faith"; a alegria de estar junto de quem se ama no primeiro single "Honestly"; a balada relaxante em "Of a broken heart"; a canção que fala por si mesma em "Heartsong"; o carpe diem de "Endless Summer"; a auto-estima elevada em "Baby, let´s rock"; o poder da vontade em "Yeah". O disco termina com a chamada de Corgan em "Come with me", ao som de gaitas que lembram folk.
Um super-disco. Pra ouvir, preferecialmente, quando se estiver feliz.
DEMOLIDOR - O HOMEM SEM MEDO (Daredevil)
Ontem foi feriado aqui na cidade. Dia de São José. Dizem que todo dia 19 de março chove aqui. E ontem não foi excessão. Aproveitei pra ver DEMOLIDOR: O HOMEM SEM MEDO. Como eu estava esperando uma bomba, graças ao trailler ridículo, acabei gostando do filme. O filme tem problemas, principalmente para quem leu as maravilhosas histórias criadas por Frank Miller nos anos 80. O fato de o filme não ser fiel aos quadrinhos do herói incomoda quem vai ver o filme, tendo lido as HQs. Mas como eu já sabia que no filme o Rei do Crime é negro e que o uniforme da Elektra e do Mercenário são bem diferentes dos quadrinhos, já fui não esperando muita coisa. Inclusive, a forma como o menino Matt Murdock fica cego é diferente dos quadrinhos. Nos quadrinhos, ele fica cego tentando salvar uma velhinha de ser atropelada e um caminhão vaza produtos químicos em seus olhos. No filme, a cena acabou ficando mais verossímil. A forma como ele conhece a Elektra, é que no filme, foi piorada. Foi muito brusca e aquele diálogo entre Matt e ela, se encaminhando para a luta não ficou legal. A parte boa é que, diferente do HOMEM-ARANHA, o filme não se entope de efeitos especiais CGI e tem cenas de luta mais realistas. Ben Affleck está competente e Jennifer Garner está ótima. Mas não gostei do Michael Clark Ducan como o Rei. Aquela cena dele brigando com o nosso herói cego ficou a desejar. Mas o filme é ótimo entretenimento e uma bela surpresa.
No cinema vi o trailler de X-2, que parece que está legal. E ainda esse ano tem o filme do HULK, do Ang Lee. A Marvel está invadindo as telonas. Por enquanto não está fazendo feio.
Depois do filme, fui encontrar com uma turma, a convite da Valéria, pra ver (no meu caso rever) PRENDA-ME SE FOR CAPAZ, do Spielberg. Fui mais pra encontrar com o pessoal - tô precisando de um novo ciclo de amizade - do que pela vontade de rever o filme. Mas revendo, deu pra perceber que o filme é mesmo muito bom. Não cansa, é ágil. A pegadinha foi que a tal turma que a Valéria convidou só tinha mulheres (quatro). E depois fui ao bar com as meninas, que até que não me oprimiram, são todas legais. Heheheh..
Ah, voltando ao Demolidor, o cara gosta muito de chuva. Ele deve ter gostado do dia de São José.
Ontem foi feriado aqui na cidade. Dia de São José. Dizem que todo dia 19 de março chove aqui. E ontem não foi excessão. Aproveitei pra ver DEMOLIDOR: O HOMEM SEM MEDO. Como eu estava esperando uma bomba, graças ao trailler ridículo, acabei gostando do filme. O filme tem problemas, principalmente para quem leu as maravilhosas histórias criadas por Frank Miller nos anos 80. O fato de o filme não ser fiel aos quadrinhos do herói incomoda quem vai ver o filme, tendo lido as HQs. Mas como eu já sabia que no filme o Rei do Crime é negro e que o uniforme da Elektra e do Mercenário são bem diferentes dos quadrinhos, já fui não esperando muita coisa. Inclusive, a forma como o menino Matt Murdock fica cego é diferente dos quadrinhos. Nos quadrinhos, ele fica cego tentando salvar uma velhinha de ser atropelada e um caminhão vaza produtos químicos em seus olhos. No filme, a cena acabou ficando mais verossímil. A forma como ele conhece a Elektra, é que no filme, foi piorada. Foi muito brusca e aquele diálogo entre Matt e ela, se encaminhando para a luta não ficou legal. A parte boa é que, diferente do HOMEM-ARANHA, o filme não se entope de efeitos especiais CGI e tem cenas de luta mais realistas. Ben Affleck está competente e Jennifer Garner está ótima. Mas não gostei do Michael Clark Ducan como o Rei. Aquela cena dele brigando com o nosso herói cego ficou a desejar. Mas o filme é ótimo entretenimento e uma bela surpresa.
No cinema vi o trailler de X-2, que parece que está legal. E ainda esse ano tem o filme do HULK, do Ang Lee. A Marvel está invadindo as telonas. Por enquanto não está fazendo feio.
Depois do filme, fui encontrar com uma turma, a convite da Valéria, pra ver (no meu caso rever) PRENDA-ME SE FOR CAPAZ, do Spielberg. Fui mais pra encontrar com o pessoal - tô precisando de um novo ciclo de amizade - do que pela vontade de rever o filme. Mas revendo, deu pra perceber que o filme é mesmo muito bom. Não cansa, é ágil. A pegadinha foi que a tal turma que a Valéria convidou só tinha mulheres (quatro). E depois fui ao bar com as meninas, que até que não me oprimiram, são todas legais. Heheheh..
Ah, voltando ao Demolidor, o cara gosta muito de chuva. Ele deve ter gostado do dia de São José.
segunda-feira, março 17, 2003
O CEARENSE APERREADO
Passar o final de semana sem internet é perturbador. Especialmente quando a gente fica em casa e está acostumado com a bendita. Meu computador quebrou - parece que é grave - e eu estou já pensando em arranjar um jeito de comprar um novo. O problema é a falta de grana. O pior é que eu nem estou conseguindo enxergar a saída. Mas minha astróloga favorita falou esse mês: "This is a good time to upgrade your computer or telephone equipment." Impressionante como essa mulher acerta...
O final de semana em se tratando de filmes foi pouco proveitoso. No sábado, eu estava angustiado ouvindo Radiohead em casa ("Ok, Computer", apesar de o computador não estar ok..hheheheh), quando o Santiago liga combinando pra gente tomar umas no Dragão do Mar. Good. Eu estava mesmo a fim de tomar um porre. Matei a saudade dos chopes de vinho, uma bebida que pega ligeirinho. No segundo copo a gente já fica tonto. Heheheh.. Maravilha. Acompanhado de mais duas moças, a noite foi divertida. Não tanto quanto eu queria, mas "nem sempre se pode ser Deus" (Titãs) ou "you can´t always get what you want" (Rolling Stones). Mas tá bom. Acabei indo dormir lá na casa do Santiago, mais perto da Praia de Iracema. Voltar pra casa de manhã respirando o ar fresco (o tempo estava nublado) foi bom. E haja dormir.
O AMERICANO TRANQÜILO (The Quiet American)
O único filme visto no cinema foi O AMERICANO TRANQUILO (The Quiet American), mas, ou eu ando muito dispersivo e inquieto pra ver filmes, ou o filme é muito ruim. Apesar de eu desconfiar da primeira hipótese, a segunda eu tenho certeza. Pra quem achava Philip Noyce um diretor fraco, precisa ver o quanto ele está pior nesse filme (mal) feito para ganhar Oscar. Se filmes como TERROR A BORDO e INVASÃO DE PRIVACIDADE, até podem ser considerados bons filmes, nada mais que isso, O AMERICANO TRANQUILO não deixa a gente nem um pouco tranquilo. Dá vontade de sair na metade. Ou antes disso. A trama política envolvendo os Vietnãs do sul e o do norte, a França e os EUA é um saco. Os personagens de Michael Caine (gosto dele) e Brendan Fraser não conquistam o espectador e o filme é muito leeento, arrastado. Nada contra filmes assim, o problema é que o diretor é Phillip Noyce. O cara não é nenhum Visconti.
O filme acentuou ainda mais o meu espírito inquieto, que só foi se acalmar depois do Big Brother, perto de dormir.
Passar o final de semana sem internet é perturbador. Especialmente quando a gente fica em casa e está acostumado com a bendita. Meu computador quebrou - parece que é grave - e eu estou já pensando em arranjar um jeito de comprar um novo. O problema é a falta de grana. O pior é que eu nem estou conseguindo enxergar a saída. Mas minha astróloga favorita falou esse mês: "This is a good time to upgrade your computer or telephone equipment." Impressionante como essa mulher acerta...
O final de semana em se tratando de filmes foi pouco proveitoso. No sábado, eu estava angustiado ouvindo Radiohead em casa ("Ok, Computer", apesar de o computador não estar ok..hheheheh), quando o Santiago liga combinando pra gente tomar umas no Dragão do Mar. Good. Eu estava mesmo a fim de tomar um porre. Matei a saudade dos chopes de vinho, uma bebida que pega ligeirinho. No segundo copo a gente já fica tonto. Heheheh.. Maravilha. Acompanhado de mais duas moças, a noite foi divertida. Não tanto quanto eu queria, mas "nem sempre se pode ser Deus" (Titãs) ou "you can´t always get what you want" (Rolling Stones). Mas tá bom. Acabei indo dormir lá na casa do Santiago, mais perto da Praia de Iracema. Voltar pra casa de manhã respirando o ar fresco (o tempo estava nublado) foi bom. E haja dormir.
O AMERICANO TRANQÜILO (The Quiet American)
O único filme visto no cinema foi O AMERICANO TRANQUILO (The Quiet American), mas, ou eu ando muito dispersivo e inquieto pra ver filmes, ou o filme é muito ruim. Apesar de eu desconfiar da primeira hipótese, a segunda eu tenho certeza. Pra quem achava Philip Noyce um diretor fraco, precisa ver o quanto ele está pior nesse filme (mal) feito para ganhar Oscar. Se filmes como TERROR A BORDO e INVASÃO DE PRIVACIDADE, até podem ser considerados bons filmes, nada mais que isso, O AMERICANO TRANQUILO não deixa a gente nem um pouco tranquilo. Dá vontade de sair na metade. Ou antes disso. A trama política envolvendo os Vietnãs do sul e o do norte, a França e os EUA é um saco. Os personagens de Michael Caine (gosto dele) e Brendan Fraser não conquistam o espectador e o filme é muito leeento, arrastado. Nada contra filmes assim, o problema é que o diretor é Phillip Noyce. O cara não é nenhum Visconti.
O filme acentuou ainda mais o meu espírito inquieto, que só foi se acalmar depois do Big Brother, perto de dormir.
quinta-feira, março 13, 2003
TSUI HARK
Ultimamente ando me interessando mais por cinema e cultura asiática. Depois de ter adorado o anime LAPUTA: O CASTELO NAS NUVENS do japonês Miyazake, de ter chorado com o chinês TEMPOS DE VIVER, de Zhang Yimou, de ter ficado impressionado com o coreano MENTIRAS, filme de s&m de Sun-Woo Jung e de ter ficado fã das piruetas de Jackie Chan, meu interesse aumentou ainda mais. Sem falar que conhecendo os amigos Renato Doho e Leandro "Ichi the Killer" a gente aprende muito mais. Mas tudo isso é pra comentar de dois filmes de Tsui Hark que eu vi recentemente. Eis os comentários:
O TEMPO E A MARÉ (Seunlau Ngaklau / Time and Tide)
Taí um filme impressionante. As fotografias nítidas e bonitas, os vôos de câmera de Hark, a simpatia dos personagens de Nicholas Tse, Wu Bai e das meninas do filme e cenas de ação de primeira fazem de O TEMPO E A MARÉ um marco nos filmes de ação vindos lá de Hong Kong. Uma pena eu ter me enrolado pra entender a história intrincada. É ai que eu fico imaginando se o problema foi comigo, que fui burro demais e deixei escapar detalhes importantes para a compreensão da história, ou alguma deficiência da edição do filme ou do roteiro. Mas, independente disso, as imagens falam mais forte. Tsui Hark tem mesmo é que ficar lá no oriente, em vez de ficar passando vergonha dirigindo filmes do Van Damme (IMPACTO FULMINANTE e A COLÔNIA). Destaque para a cena em que uma das mulheres, prestes a dar à luz, vai parar no meio de um tiroteio.
A história é mais ou menos assim, tirada do site ASIA-CINEDIE :
Tyler (Tse), trabalha no balcão de um bar, onde conhece Ma Hoi-ming (Tsui), uma jovem que acaba de discutir com a namorada. Os dois acabam por embarcar num lamentável e infantil concurso alcoólico e terminam a noite juntos, acordando de manhã com sérios problemas de memória. Tyler (ou Kwow-ching), entretanto, começa a trabalhar numa empresa de segurança não licenciada, chefiada pelo “Tio” Ji (Wong). Um dos seus serviços é assegurar a segurança de Hong, um milionário que gere actividades não inteiramente claras. Uma das filhas de Hong, Hui (Lo), saiu de casa e casou com "Jack" (Wu), actualmente a trabalhar como talhante, sem a aprovação do pai. Um grupo de criminosos vindo da América do Sul, procura cobrar uma divida a Jack, propondo-lhe, em alternativa, um “serviço”.
Pena que o DVD brasileiro vem em tela cheia e sem nada de extras, além do trailer.
GUERREIROS À PROVA DE BALAS (Wong Fei-Hung / Once upon a time in China)
Se a história de O TEMPO E A MARÉ me deu um nó na cabeça, a de GUERREIROS À PROVA DE BALAS é uma beleza de clareza. E olha que eu assisti gravado da televisão (Record) e, dizem, está com cortes de 40 minutos! Tem nada não. Um dia eu vejo a versão integral em DVD e em widescreen decente. Mas deu pra perceber a beleza do filme. Na história, Jet Li é um mestre de kung fu que lidera uma escola de artes marciais e, ao mesmo tempo, oferece os serviços de segurança para uma cidade, na China do final do século 19. Jet Li tem que enfrentar as gangues rivais, um cara que quer ser o melhor mestre do kung fu e os ocidentais (americanos e ingleses) que querem dominar a China. Ótimas cenas de lutas usando cabos.
Estou com outro filme emprestado com produção de Tsui Hark chamado MÁSCARA NEGRA, lançado em DVD de banca. Comento quando o ver.
Ultimamente ando me interessando mais por cinema e cultura asiática. Depois de ter adorado o anime LAPUTA: O CASTELO NAS NUVENS do japonês Miyazake, de ter chorado com o chinês TEMPOS DE VIVER, de Zhang Yimou, de ter ficado impressionado com o coreano MENTIRAS, filme de s&m de Sun-Woo Jung e de ter ficado fã das piruetas de Jackie Chan, meu interesse aumentou ainda mais. Sem falar que conhecendo os amigos Renato Doho e Leandro "Ichi the Killer" a gente aprende muito mais. Mas tudo isso é pra comentar de dois filmes de Tsui Hark que eu vi recentemente. Eis os comentários:
O TEMPO E A MARÉ (Seunlau Ngaklau / Time and Tide)
Taí um filme impressionante. As fotografias nítidas e bonitas, os vôos de câmera de Hark, a simpatia dos personagens de Nicholas Tse, Wu Bai e das meninas do filme e cenas de ação de primeira fazem de O TEMPO E A MARÉ um marco nos filmes de ação vindos lá de Hong Kong. Uma pena eu ter me enrolado pra entender a história intrincada. É ai que eu fico imaginando se o problema foi comigo, que fui burro demais e deixei escapar detalhes importantes para a compreensão da história, ou alguma deficiência da edição do filme ou do roteiro. Mas, independente disso, as imagens falam mais forte. Tsui Hark tem mesmo é que ficar lá no oriente, em vez de ficar passando vergonha dirigindo filmes do Van Damme (IMPACTO FULMINANTE e A COLÔNIA). Destaque para a cena em que uma das mulheres, prestes a dar à luz, vai parar no meio de um tiroteio.
A história é mais ou menos assim, tirada do site ASIA-CINEDIE :
Tyler (Tse), trabalha no balcão de um bar, onde conhece Ma Hoi-ming (Tsui), uma jovem que acaba de discutir com a namorada. Os dois acabam por embarcar num lamentável e infantil concurso alcoólico e terminam a noite juntos, acordando de manhã com sérios problemas de memória. Tyler (ou Kwow-ching), entretanto, começa a trabalhar numa empresa de segurança não licenciada, chefiada pelo “Tio” Ji (Wong). Um dos seus serviços é assegurar a segurança de Hong, um milionário que gere actividades não inteiramente claras. Uma das filhas de Hong, Hui (Lo), saiu de casa e casou com "Jack" (Wu), actualmente a trabalhar como talhante, sem a aprovação do pai. Um grupo de criminosos vindo da América do Sul, procura cobrar uma divida a Jack, propondo-lhe, em alternativa, um “serviço”.
Pena que o DVD brasileiro vem em tela cheia e sem nada de extras, além do trailer.
GUERREIROS À PROVA DE BALAS (Wong Fei-Hung / Once upon a time in China)
Se a história de O TEMPO E A MARÉ me deu um nó na cabeça, a de GUERREIROS À PROVA DE BALAS é uma beleza de clareza. E olha que eu assisti gravado da televisão (Record) e, dizem, está com cortes de 40 minutos! Tem nada não. Um dia eu vejo a versão integral em DVD e em widescreen decente. Mas deu pra perceber a beleza do filme. Na história, Jet Li é um mestre de kung fu que lidera uma escola de artes marciais e, ao mesmo tempo, oferece os serviços de segurança para uma cidade, na China do final do século 19. Jet Li tem que enfrentar as gangues rivais, um cara que quer ser o melhor mestre do kung fu e os ocidentais (americanos e ingleses) que querem dominar a China. Ótimas cenas de lutas usando cabos.
Estou com outro filme emprestado com produção de Tsui Hark chamado MÁSCARA NEGRA, lançado em DVD de banca. Comento quando o ver.
segunda-feira, março 10, 2003
MAIS DOIS OSCARIZÁVEIS
Tive um final de semana bem chato. Pra completar o estrago meu computador quebrou ontem. Deu pra ver dois filmes no cinema dos filmes indicados ao Oscar. O PIANISTA adorei. CHICAGO quase me fez dormir. Seguem os comentários.
O PIANISTA (The Pianist)
Polanski continua fazendo ótimos filmes. E esse pode agradar a muito mais gente do que o anterior dele (O ÚLTIMO PORTAL). É mais um filme sobre o holocausto, a 2a Guerra Mundial, o sofrimento dos judeus. Adrien Brody é o pianista do título, um judeu polonês que toca piano divinamente bem. Até que começam as perseguições aos poloneses e aos judeus pelos nazistas. Acredito que seja necessário muitos filmes sobre o assunto para que a gente se lembre que esse absurdo realmente aconteceu. É quase inacreditável. No início, os judeus não podiam arranjar emprego, entrar em restaurantes e nem passear nas praças. Depois os proibiram de andar até pela calçada. Depois, trabalho forçado em campos de concentração e morte em câmeras de gás ou tiros na cabeça. E tudo isso por que ? Por que são judeus. Mas ainda acredito que toda essa raiva de Hitler para com o povo judeu tem uma explicação ainda oculta. Não pode ser apenas por razões econômicas. E é foda ter que sobreviver catando comida em casas em ruínas. Outra coisa interessante: quando começam os créditos finais do filme, as pessoas não arredam o pé da sala até o último instante, para ouvir o belo solo de piano. Maravilha a trilha sonora com Chopin, Beethoven, Bach e outros. Excelente.
CHICAGO
Nunca bocejei tanto no cinema. Não que eu me lembre. Acho que é porque eu não tenho paciência para esses musicais à moda antiga. Só pra se ter uma idéia meus filmes musicais favoritos são: TODOS DIZEM EU TE AMO (onde atores cantam desafinado), HEDWIG AND THE ANGRY INCH (rock and roll!!!!!) e MOULIN ROUGE (filme que inova o musical). O musical tradicional geralmente não me agrada ou, na melhor das hipóteses, gosto de alguns números de CANTANDO NA CHUVA e A NOVIÇA REBELDE. A melhor coisa do fime é a beleza de Catherine Zeta-Jones exibindo o rosto lindo e as pernas maravilhosas. Mas os personagens são odiosos. A Renee Zellweger está bem feinha. Richard Gere está bem, levando em consideração que o sujeito é muito tímido e, mesmo assim, topou fazer musical. Mas o filme não é ruim, é bem realizado, tem coreografias boas, tem "All that jazz" do Bob Fosse, mas, mesmo assim, com menos de uma hora de filme, eu estava olhando pro relógio. Resta saber se o problema era com o filme ou comigo mesmo. Mas na dúvida, melhor deixar esse tipo de filme pro Rubens Ewald ver.
Agora que vi os cinco filmes da categoria melhor filme do Oscar, vai o meu ranking na ordem de favoritos:
1. GANGS DE NOVA YORK
2. O PIANISTA
3. O SENHOR DOS ANÉIS: AS DUAS TORRES
4. AS HORAS
5. CHICAGO.
Tive um final de semana bem chato. Pra completar o estrago meu computador quebrou ontem. Deu pra ver dois filmes no cinema dos filmes indicados ao Oscar. O PIANISTA adorei. CHICAGO quase me fez dormir. Seguem os comentários.
O PIANISTA (The Pianist)
Polanski continua fazendo ótimos filmes. E esse pode agradar a muito mais gente do que o anterior dele (O ÚLTIMO PORTAL). É mais um filme sobre o holocausto, a 2a Guerra Mundial, o sofrimento dos judeus. Adrien Brody é o pianista do título, um judeu polonês que toca piano divinamente bem. Até que começam as perseguições aos poloneses e aos judeus pelos nazistas. Acredito que seja necessário muitos filmes sobre o assunto para que a gente se lembre que esse absurdo realmente aconteceu. É quase inacreditável. No início, os judeus não podiam arranjar emprego, entrar em restaurantes e nem passear nas praças. Depois os proibiram de andar até pela calçada. Depois, trabalho forçado em campos de concentração e morte em câmeras de gás ou tiros na cabeça. E tudo isso por que ? Por que são judeus. Mas ainda acredito que toda essa raiva de Hitler para com o povo judeu tem uma explicação ainda oculta. Não pode ser apenas por razões econômicas. E é foda ter que sobreviver catando comida em casas em ruínas. Outra coisa interessante: quando começam os créditos finais do filme, as pessoas não arredam o pé da sala até o último instante, para ouvir o belo solo de piano. Maravilha a trilha sonora com Chopin, Beethoven, Bach e outros. Excelente.
CHICAGO
Nunca bocejei tanto no cinema. Não que eu me lembre. Acho que é porque eu não tenho paciência para esses musicais à moda antiga. Só pra se ter uma idéia meus filmes musicais favoritos são: TODOS DIZEM EU TE AMO (onde atores cantam desafinado), HEDWIG AND THE ANGRY INCH (rock and roll!!!!!) e MOULIN ROUGE (filme que inova o musical). O musical tradicional geralmente não me agrada ou, na melhor das hipóteses, gosto de alguns números de CANTANDO NA CHUVA e A NOVIÇA REBELDE. A melhor coisa do fime é a beleza de Catherine Zeta-Jones exibindo o rosto lindo e as pernas maravilhosas. Mas os personagens são odiosos. A Renee Zellweger está bem feinha. Richard Gere está bem, levando em consideração que o sujeito é muito tímido e, mesmo assim, topou fazer musical. Mas o filme não é ruim, é bem realizado, tem coreografias boas, tem "All that jazz" do Bob Fosse, mas, mesmo assim, com menos de uma hora de filme, eu estava olhando pro relógio. Resta saber se o problema era com o filme ou comigo mesmo. Mas na dúvida, melhor deixar esse tipo de filme pro Rubens Ewald ver.
Agora que vi os cinco filmes da categoria melhor filme do Oscar, vai o meu ranking na ordem de favoritos:
1. GANGS DE NOVA YORK
2. O PIANISTA
3. O SENHOR DOS ANÉIS: AS DUAS TORRES
4. AS HORAS
5. CHICAGO.
quinta-feira, março 06, 2003
HITCHCOCK ANOS 30
Continuando a série de filmes seguidos que estou vendo do mesmo diretor (já vi 4 Argentos, 3 Bergmans, 3 Spielbergs e 2 Buñuels seguidos), comento agora três filmes da década de 30 da fase inglesa de Alfred Hitchcock. É até bom ver esses filmes mais antigos depois das obras-primas feitas a partir dos anos 40 pra ver os diamantes ainda em estado bruto. Os três filmes foram lançados num único DVD nas bancas. A qualidade da imagem e do som não é excelente, mas quebra o galho e pelo menos não vai mofar como uma fita VHS. Alguns comentários rápidos:
SABOTAGEM (Sabotage)
As imagens escuras de Londres à noite ficam ainda mais escuras quando a cidade sofre um blecaute, seguido de um crime. Um agente secreto disfarçado de verdureiro investiga o caso. A sequência de maior suspense do filme é uma cena em que um garoto leva uma bomba dentro de um ônibus, enquanto o relógio corre. Não é um grande filme do Hitchcock, mas ainda assim é prazeroso. A cena inicial com Londres na escuridão e uma bilheteira de cinema tentando acalmar o público que quer o seu dinheiro de volta é um belo começo.
AGENTE SECRETO (Secret Agent)
Talvez o filme da fase inglesa de Hitch que reúne o mais famoso elenco. No filme estão John Gielgud, Peter Lorre e Robert Young. Achei que fosse um filme chato como CORTINA RASGADA, filme mais recente de Hitch e que tem um enredo político, mas eu me enganei. O filme traz uma cena que serve de embrião para JANELA INDISCRETA. Nela, John Gielgud olha sem poder fazer nada um assassinato ser cometido à distância através de lentes de aumento. Talvez não existissem alguns filmes de Brian DePalma se não fosse por esse filme, também. Ainda assim, é o que eu menos gosto dos três filmes.
ASSASSINATO (Murder!)
Esse é talvez o melhor dos 3 apesar de ser mais velho (esse é de 1930, os outros, de 1936). O filme trata do assassinato de uma atriz. Uma amiga é considerada culpada pelo crime e um dos jurados resolve investigar o caso. O filme está bem gasto e cheio de pulos. Não pelo dvd, mas por causa da matriz original, já bem desgastada. Há problemas no som também - é o filme que tem o som mais baixo - mas vale a pena ser visto. Destaque para a cena em que o investigador - um escritor de peças de teatro - convida o assassino pra interpretar um...assassino.
Continuando a série de filmes seguidos que estou vendo do mesmo diretor (já vi 4 Argentos, 3 Bergmans, 3 Spielbergs e 2 Buñuels seguidos), comento agora três filmes da década de 30 da fase inglesa de Alfred Hitchcock. É até bom ver esses filmes mais antigos depois das obras-primas feitas a partir dos anos 40 pra ver os diamantes ainda em estado bruto. Os três filmes foram lançados num único DVD nas bancas. A qualidade da imagem e do som não é excelente, mas quebra o galho e pelo menos não vai mofar como uma fita VHS. Alguns comentários rápidos:
SABOTAGEM (Sabotage)
As imagens escuras de Londres à noite ficam ainda mais escuras quando a cidade sofre um blecaute, seguido de um crime. Um agente secreto disfarçado de verdureiro investiga o caso. A sequência de maior suspense do filme é uma cena em que um garoto leva uma bomba dentro de um ônibus, enquanto o relógio corre. Não é um grande filme do Hitchcock, mas ainda assim é prazeroso. A cena inicial com Londres na escuridão e uma bilheteira de cinema tentando acalmar o público que quer o seu dinheiro de volta é um belo começo.
AGENTE SECRETO (Secret Agent)
Talvez o filme da fase inglesa de Hitch que reúne o mais famoso elenco. No filme estão John Gielgud, Peter Lorre e Robert Young. Achei que fosse um filme chato como CORTINA RASGADA, filme mais recente de Hitch e que tem um enredo político, mas eu me enganei. O filme traz uma cena que serve de embrião para JANELA INDISCRETA. Nela, John Gielgud olha sem poder fazer nada um assassinato ser cometido à distância através de lentes de aumento. Talvez não existissem alguns filmes de Brian DePalma se não fosse por esse filme, também. Ainda assim, é o que eu menos gosto dos três filmes.
ASSASSINATO (Murder!)
Esse é talvez o melhor dos 3 apesar de ser mais velho (esse é de 1930, os outros, de 1936). O filme trata do assassinato de uma atriz. Uma amiga é considerada culpada pelo crime e um dos jurados resolve investigar o caso. O filme está bem gasto e cheio de pulos. Não pelo dvd, mas por causa da matriz original, já bem desgastada. Há problemas no som também - é o filme que tem o som mais baixo - mas vale a pena ser visto. Destaque para a cena em que o investigador - um escritor de peças de teatro - convida o assassino pra interpretar um...assassino.
terça-feira, março 04, 2003
AS HORAS (The Hours)
Como estão todos? Curtindo o carnaval? Eu estou com dor no corpo todo. E com um desânimo daqueles. Sofri aquilo tudo depois da cirurgia e continuo com problemas de garganta inflamada. Uma merda. Parece que não tem jeito mesmo. Mas quem sabe, né? Pode ser que um dia eu volte a ser um sujeito saudável de novo. Vendo o horóscopo da Susan Miller, no Astrologyzone.com, vi que Urano, o planeta das surpresas, saiu da minha casa de "dinheiro dos outros" e está ingressando na casa de viagens e estudos avançados. E vai permanecer por sete anos. De repente, nesse período, coisas boas aparecem.
Por falar em coisas chatas, fui ver AS HORAS há pouco. Gostei, pero no mucho. Prefiro filmes que me fazem chorar a filmes que me fazem ver pessoas chorando. Nesse sentido, AS HORAS lembra MAGNÓLIA, com pessoas atribuladas e deprimidas ao som de música incidental perturbadora. No caso de AS HORAS, sai Aimée Mann, entra Philip Glass, que é um cara muito bom. Nunca esqueci o que ele fez em A CATEDRAL, de Michele Soavi. Fico pensando se a trilha sonora dele serve pra ouvir em casa, também. (Mas é claro que AS HORAS não é tão bom quanto MAGNOLIA, né?)
AS HORAS é um filme que tem um monte de qualidades. A começar pelo trio excepcional de atrizes. Nicole Kidman, irreconhecível como Virginia Woof; Juliane Moore fazendo a dona de casa insatisfeita que está lendo o livro Mrs. Dalloway, de Virginia; e Merryl Streep, a própria Mrs. Dalloway, mulher que por trás de uma aparente auto-confiança, tem uma pessoa prestes a desmoronar. Ela tem um amigo que está morrendo de AIDS (o ótimo Ed Harris). Por falar em AIDS, acho que no livro de Virginia não tinha nada disso. Ela é do início do século XX...
O elenco de apoio do filme também é um luxo: além de Ed Harris, tem Claire Danes, Miranda Richardson, John C. Reilly, Toni Collete e Jeff Daniels.
Pois é, mas com tantas qualidades, o que falta no filme? Não sei, mas alguma coisa falta.
A propósito, vejam o que a Band irá exibir na sexta-feira, às 22h15:
SRA. DALLOWAY
(Mrs. Dalloway)
Inglaterra, 1997, 100', cor. Dir.: Marleen Gorris. Int.: Vanessa Redgrave, Natascha McElhone, Rupert Graves, Michael Kitchen, Alan Cox, Sarah Badel, Lena Headey.
Em 1920, em meio à agitação dos preparativos para uma grande festa em sua mansão em Londres, a Sra. Clarissa Dalloway (Vanessa Redgrave) toma conhecimento de que Peter (Michael Kitchen), um antigo pretendente, retornara da Índia. A chegada de Peter desvia a atenção da Sra. Dalloway, trazendo-lhe recordações do verão de 1890, quando era jovem, bela e muito cortejada.
Baseado em romance da escritora inglesa Virginia Woolf.
Uma boa pra quem quer entrar no clima de AS HORAS, conhecer mais a obra de Virginia Woolf, sem precisar de pegar o livro pra ler.
Como estão todos? Curtindo o carnaval? Eu estou com dor no corpo todo. E com um desânimo daqueles. Sofri aquilo tudo depois da cirurgia e continuo com problemas de garganta inflamada. Uma merda. Parece que não tem jeito mesmo. Mas quem sabe, né? Pode ser que um dia eu volte a ser um sujeito saudável de novo. Vendo o horóscopo da Susan Miller, no Astrologyzone.com, vi que Urano, o planeta das surpresas, saiu da minha casa de "dinheiro dos outros" e está ingressando na casa de viagens e estudos avançados. E vai permanecer por sete anos. De repente, nesse período, coisas boas aparecem.
Por falar em coisas chatas, fui ver AS HORAS há pouco. Gostei, pero no mucho. Prefiro filmes que me fazem chorar a filmes que me fazem ver pessoas chorando. Nesse sentido, AS HORAS lembra MAGNÓLIA, com pessoas atribuladas e deprimidas ao som de música incidental perturbadora. No caso de AS HORAS, sai Aimée Mann, entra Philip Glass, que é um cara muito bom. Nunca esqueci o que ele fez em A CATEDRAL, de Michele Soavi. Fico pensando se a trilha sonora dele serve pra ouvir em casa, também. (Mas é claro que AS HORAS não é tão bom quanto MAGNOLIA, né?)
AS HORAS é um filme que tem um monte de qualidades. A começar pelo trio excepcional de atrizes. Nicole Kidman, irreconhecível como Virginia Woof; Juliane Moore fazendo a dona de casa insatisfeita que está lendo o livro Mrs. Dalloway, de Virginia; e Merryl Streep, a própria Mrs. Dalloway, mulher que por trás de uma aparente auto-confiança, tem uma pessoa prestes a desmoronar. Ela tem um amigo que está morrendo de AIDS (o ótimo Ed Harris). Por falar em AIDS, acho que no livro de Virginia não tinha nada disso. Ela é do início do século XX...
O elenco de apoio do filme também é um luxo: além de Ed Harris, tem Claire Danes, Miranda Richardson, John C. Reilly, Toni Collete e Jeff Daniels.
Pois é, mas com tantas qualidades, o que falta no filme? Não sei, mas alguma coisa falta.
A propósito, vejam o que a Band irá exibir na sexta-feira, às 22h15:
SRA. DALLOWAY
(Mrs. Dalloway)
Inglaterra, 1997, 100', cor. Dir.: Marleen Gorris. Int.: Vanessa Redgrave, Natascha McElhone, Rupert Graves, Michael Kitchen, Alan Cox, Sarah Badel, Lena Headey.
Em 1920, em meio à agitação dos preparativos para uma grande festa em sua mansão em Londres, a Sra. Clarissa Dalloway (Vanessa Redgrave) toma conhecimento de que Peter (Michael Kitchen), um antigo pretendente, retornara da Índia. A chegada de Peter desvia a atenção da Sra. Dalloway, trazendo-lhe recordações do verão de 1890, quando era jovem, bela e muito cortejada.
Baseado em romance da escritora inglesa Virginia Woolf.
Uma boa pra quem quer entrar no clima de AS HORAS, conhecer mais a obra de Virginia Woolf, sem precisar de pegar o livro pra ler.
segunda-feira, março 03, 2003
FILMES DO CARNAVAL
Comentários de alguns filmes que vi nesse feriadão:
O CONDE DRÁCULA (Scars of Dracula)
Não tinha idéia de como eram bons os filmes de Drácula da Hammer. Caramba! Esse foi o meu primeiro contato com Christopher Lee fazendo o vampirão. E dizem que os filmes dirigidos por Terence Fisher (O VAMPIRO DA NOITE, DRÁCULA - O PRÍNCIPE DAS TREVAS) são ainda melhores. Esse, de 1970, é dirigido por Roy Ward Baker e o resultado é excelente. O filme começa com um morcego jogando sangue em cima do cadáver (?!) de Drácula, fazendo com que ele volte à vida. Entre os outros persoangens do filme estão dois irmãos e uma belíssima mulher. Aliás, mulher bonita é o que não falta nesse filme. Os caras da Hammer sabiam o que o público queria e gostava de ver. Mas a mais bela de todas no filme é Jenny Hanley, que desperta a paixão até do ajudante de Drácula. Taí um filme irresistível.
MARNIE - CONFISSÕES DE UMA LADRA (Marnie)
Filme de Hitchcock que parte para o campo psicológico. Tippi Hedren é Marnie, uma ladra que sofre de problemas vindos de seu passado. Sean Connery é o homem que surge em seu caminho para causar mudanças. O DVD vem com imagem em fullscreen, mas em compensação vem com um documentário generoso de 1 hora de duração sobre os bastidores do filme. O trailler que vem no disquinho também é bem interessante. Aliás, Hitchcock sabia fazer traillers diferentes e divertidos. A história de início lembra PSICOSE, já que nesse filme também somos cúmplices de um roubo logo de início. Mas o filme é bem diferente e menos aterrorizante do que o clássico de 1960, mas ainda assim é Hitchcock dos bons.
O ESTRANHO (The Limey)
Não é tudo que eu esperava esse filme do Soderbergh, mas é melhor do que boa parte do que ele tem feito ultimamente. A história parece filme do Charles Bronson (pai quer se vingar de quem matou a filha), mas o jeito do diretor contar a história faz toda a diferença. A edição do filme é de videoclipe, mas ao mesmo tempo, o filme tem um andamento lento, remetendo aos policiais da década de 70. Outra coisa muito interessante é o elenco: Terence Stamp, como o justiceiro, arrasa, mas Peter Fonda como o responsável pela morte da filha também está muito bom - ele nem parece um vilão, parece apenas um playboy que está sendo perseguido por um louco.
BARBARELLA
Esse eu achei que fosse mais divertido. Lembro que fiquei excitado quando vi há muito tempo numa sessão de gala da Globo. Jane Fonda faz a personagem sexy Barbarella, que descobre que fazer sexo à moda antiga é muito melhor. Eu não tinha visto o filme completo na época. Dessa vez, vi que depois de meia hora o filme cai, fica chato e desinteressante. Na história, Barbarella tem que deter o Duran Duran (sim, o nome da banda veio do personagem do filme), o vilão do filme, em um planeta distante. No caminho, encontra bonecas que mordem, um anjo cego, um esquimó que a ensina a fazer sexo e uma diabólica rainha. O destaque do fime é mesmo o strip tease no espaço que abre o filme. Jane Fonda estava em plena forma. E o ano era 1968, ano magíco que nos deu o melhor filme (2001, do Kubrick) e o melhor disco (o álbum branco dos Beatles) de todos os tempos. O DVD está em widescreen.
LIVING WITH MICHAEL JACKSON
A Sony exibiu no domingo o documentário sensacionalista que tenta de todo jeito puxar informações bombásticas sobre a vida privada de Michael Jackson. O repórter tentou - mas não conseguiu - revelar tudo sobre Michael. Mas ainda assim, o que o documentário mostra é bizarro. Um cara que não tem relacionamentos com mulheres, prefere a companhia de meninos, coloca máscaras em seus filhos (todos de encomenda), muda de rosto e de pele misteriosamente, compra uma loja inteira de artigos caríssimos e manda construir um parque de diversões só pra ele, não pode ser normal. Michael Jackson deve ter se arrependido de ter dado a entrevista.
Aluguei também no pacote O TEMPO E A MARÉ mas ainda falta eu ver. Comento depois.
Comentários de alguns filmes que vi nesse feriadão:
O CONDE DRÁCULA (Scars of Dracula)
Não tinha idéia de como eram bons os filmes de Drácula da Hammer. Caramba! Esse foi o meu primeiro contato com Christopher Lee fazendo o vampirão. E dizem que os filmes dirigidos por Terence Fisher (O VAMPIRO DA NOITE, DRÁCULA - O PRÍNCIPE DAS TREVAS) são ainda melhores. Esse, de 1970, é dirigido por Roy Ward Baker e o resultado é excelente. O filme começa com um morcego jogando sangue em cima do cadáver (?!) de Drácula, fazendo com que ele volte à vida. Entre os outros persoangens do filme estão dois irmãos e uma belíssima mulher. Aliás, mulher bonita é o que não falta nesse filme. Os caras da Hammer sabiam o que o público queria e gostava de ver. Mas a mais bela de todas no filme é Jenny Hanley, que desperta a paixão até do ajudante de Drácula. Taí um filme irresistível.
MARNIE - CONFISSÕES DE UMA LADRA (Marnie)
Filme de Hitchcock que parte para o campo psicológico. Tippi Hedren é Marnie, uma ladra que sofre de problemas vindos de seu passado. Sean Connery é o homem que surge em seu caminho para causar mudanças. O DVD vem com imagem em fullscreen, mas em compensação vem com um documentário generoso de 1 hora de duração sobre os bastidores do filme. O trailler que vem no disquinho também é bem interessante. Aliás, Hitchcock sabia fazer traillers diferentes e divertidos. A história de início lembra PSICOSE, já que nesse filme também somos cúmplices de um roubo logo de início. Mas o filme é bem diferente e menos aterrorizante do que o clássico de 1960, mas ainda assim é Hitchcock dos bons.
O ESTRANHO (The Limey)
Não é tudo que eu esperava esse filme do Soderbergh, mas é melhor do que boa parte do que ele tem feito ultimamente. A história parece filme do Charles Bronson (pai quer se vingar de quem matou a filha), mas o jeito do diretor contar a história faz toda a diferença. A edição do filme é de videoclipe, mas ao mesmo tempo, o filme tem um andamento lento, remetendo aos policiais da década de 70. Outra coisa muito interessante é o elenco: Terence Stamp, como o justiceiro, arrasa, mas Peter Fonda como o responsável pela morte da filha também está muito bom - ele nem parece um vilão, parece apenas um playboy que está sendo perseguido por um louco.
BARBARELLA
Esse eu achei que fosse mais divertido. Lembro que fiquei excitado quando vi há muito tempo numa sessão de gala da Globo. Jane Fonda faz a personagem sexy Barbarella, que descobre que fazer sexo à moda antiga é muito melhor. Eu não tinha visto o filme completo na época. Dessa vez, vi que depois de meia hora o filme cai, fica chato e desinteressante. Na história, Barbarella tem que deter o Duran Duran (sim, o nome da banda veio do personagem do filme), o vilão do filme, em um planeta distante. No caminho, encontra bonecas que mordem, um anjo cego, um esquimó que a ensina a fazer sexo e uma diabólica rainha. O destaque do fime é mesmo o strip tease no espaço que abre o filme. Jane Fonda estava em plena forma. E o ano era 1968, ano magíco que nos deu o melhor filme (2001, do Kubrick) e o melhor disco (o álbum branco dos Beatles) de todos os tempos. O DVD está em widescreen.
LIVING WITH MICHAEL JACKSON
A Sony exibiu no domingo o documentário sensacionalista que tenta de todo jeito puxar informações bombásticas sobre a vida privada de Michael Jackson. O repórter tentou - mas não conseguiu - revelar tudo sobre Michael. Mas ainda assim, o que o documentário mostra é bizarro. Um cara que não tem relacionamentos com mulheres, prefere a companhia de meninos, coloca máscaras em seus filhos (todos de encomenda), muda de rosto e de pele misteriosamente, compra uma loja inteira de artigos caríssimos e manda construir um parque de diversões só pra ele, não pode ser normal. Michael Jackson deve ter se arrependido de ter dado a entrevista.
Aluguei também no pacote O TEMPO E A MARÉ mas ainda falta eu ver. Comento depois.
sábado, março 01, 2003
O BURACO (The Hole)
Primeiro dia de carnaval e eu estou aqui em casa tentando fingir que é um sábado normal. Fui ao cinema, aluguei uns filmes em DVD/VHS e estou aqui ouvindo o disco do Cake que comprei ontem. Bacana. É mais do mesmo de Cake mas é bom pra caramba.
O filme que vi hoje foi O BURACO (The Hole) . Eu não estava esperando muita coisa, mas até que eu me surpreendi e dei de cara com um bom filme de terror. O filme tem problemas, é claro, mas ele têm mais qualidades que defeitos. O que incomoda logo de cara é a burrice dos personagens. Parece que todo jovem americano é burro pra se meter em situações perigosas, vide aqueles garotos de OLHOS FAMINTOS (filme que eu gostei), que escorregam dentro daquele buraco. No caso de O BURACO, quatro jovens estão presos num buraco por alguns dias. Thora Birch, a atriz principal, é apaixonada por um dos caras mais populares da escola e faz de tudo pra ficar com ele. É uma subversão dos romances adolescentes, num filme de terror sem elementos sobrenaturais. O terror está na situação deles e no que eles são capazes de fazer ou sentir. É um filme que merece a atenção, especialmente de quem curte o gênero.
Os filmes que aluguei foram:
BARBARELLA, de Roger Vadim (DVD)
MARNIE - CONFISSÕES DE UMA LADRA, do Hitch (DVD)
O TEMPO E A MARÉ, de Tsui Hark (DVD)
O CONDE DRÁCULA, de Roy Ward Baker (DVD)
O ESTRANHO, de Steven Soderbergh (VHS) - Esse filme tá disponível em DVD???
Fora isso estou com o DVD de AUDITION, do Takeshi Miike, que chegou ontem lá de Hong Kong. Até que chegou rápido (uns dez dias).
Ah, hoje vi o documentário do George Romero da TNT. O cara é muito simpático, hein. E me interessei por alguns filmes que ainda não vi dele: MARTIN (filme de vampiro fora do comum), INSTINTO ASSASSINO (o filme do macaquinho), CREEPSHOW (só passa a parte 2 na tv), e um filme do início dos anos 80 inspirado nos cavaleiros de Camelot.
A outra novidade é que recebi o meu guia de tv por assinatura e eles estão com uma promoção: um test drive do canal de filmes pornográficos (CineSex) durante um final de semana. Acho que vou deixar pra próxima semana pra conferir. Alguém tem esse canal? Que tipo de filmes passam? Vou aproveitar pra me abastecer de pornôs gravando umas três fitas de 6 horas. Hahahah!
Até mais!
Primeiro dia de carnaval e eu estou aqui em casa tentando fingir que é um sábado normal. Fui ao cinema, aluguei uns filmes em DVD/VHS e estou aqui ouvindo o disco do Cake que comprei ontem. Bacana. É mais do mesmo de Cake mas é bom pra caramba.
O filme que vi hoje foi O BURACO (The Hole) . Eu não estava esperando muita coisa, mas até que eu me surpreendi e dei de cara com um bom filme de terror. O filme tem problemas, é claro, mas ele têm mais qualidades que defeitos. O que incomoda logo de cara é a burrice dos personagens. Parece que todo jovem americano é burro pra se meter em situações perigosas, vide aqueles garotos de OLHOS FAMINTOS (filme que eu gostei), que escorregam dentro daquele buraco. No caso de O BURACO, quatro jovens estão presos num buraco por alguns dias. Thora Birch, a atriz principal, é apaixonada por um dos caras mais populares da escola e faz de tudo pra ficar com ele. É uma subversão dos romances adolescentes, num filme de terror sem elementos sobrenaturais. O terror está na situação deles e no que eles são capazes de fazer ou sentir. É um filme que merece a atenção, especialmente de quem curte o gênero.
Os filmes que aluguei foram:
BARBARELLA, de Roger Vadim (DVD)
MARNIE - CONFISSÕES DE UMA LADRA, do Hitch (DVD)
O TEMPO E A MARÉ, de Tsui Hark (DVD)
O CONDE DRÁCULA, de Roy Ward Baker (DVD)
O ESTRANHO, de Steven Soderbergh (VHS) - Esse filme tá disponível em DVD???
Fora isso estou com o DVD de AUDITION, do Takeshi Miike, que chegou ontem lá de Hong Kong. Até que chegou rápido (uns dez dias).
Ah, hoje vi o documentário do George Romero da TNT. O cara é muito simpático, hein. E me interessei por alguns filmes que ainda não vi dele: MARTIN (filme de vampiro fora do comum), INSTINTO ASSASSINO (o filme do macaquinho), CREEPSHOW (só passa a parte 2 na tv), e um filme do início dos anos 80 inspirado nos cavaleiros de Camelot.
A outra novidade é que recebi o meu guia de tv por assinatura e eles estão com uma promoção: um test drive do canal de filmes pornográficos (CineSex) durante um final de semana. Acho que vou deixar pra próxima semana pra conferir. Alguém tem esse canal? Que tipo de filmes passam? Vou aproveitar pra me abastecer de pornôs gravando umas três fitas de 6 horas. Hahahah!
Até mais!
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