segunda-feira, outubro 08, 2012

MARLEY & EU (Marley & Me)



E finalmente, depois de muita resistência, resolvi assistir MARLEY & EU (2008). Acho que não vi no cinema na época em que passou por ter preconceito com melodrama de cachorro. Tinha visto alguns em sessões da tarde no passado. Lembro de vários que eu vi com a Lassie e não queria repetir de novo a experiência. Mas um outro filme de cachorro, que passou no ano seguinte, SEMPRE AO SEU LADO, de Lasse Hallström, me fez ver que era possível emocionar com um trabalho de qualidade.

Mas o principal motivo para que eu resolvesse finalmente ver MARLEY & EU foi uma foto que uma amiga colocou no Facebook do filme. Uma dessas fotos de "oncinha pintada, zebrinha listrada, coelhinho peludo" que muita gente gosta de colocar em suas linhas do tempo. Aí eu achei o cachorro a cara do Rick, o cãozinho de quatro anos que mora aqui em casa. Também um labrador e da mesma cor e feições de Marley.

Cachorros são animais que de tão próximos se tornam parte da família. Eles têm uma inteligência emocional que às vezes ainda nos surpreende. E com o tempo criar um vínculo afetivo é inevitável. Eu já tinha convivido com um cachorro antes (um adorável e agitado dálmata), mas ele foi embora, deixando todos da minha casa com um vazio imenso no coração. E eis que chegou o Rick, que eu não quis logo de início criar outro vínculo para sofrer de novo. Mas ele foi ficando de vez e agora eu posso amá-lo. Ainda que à minha maneira. Mas vamos ao filme.

Não sei se dá para dizer que MARLEY & EU é um bom filme. Mas é um filme com uma edição que facilita a fluidez e a gente nem percebe as quase duas horas passando. O cinema hollywoodiano em geral procura ser assim. A trama é bem simples: Owen Wilson e Jennifer Aniston são um casal de jornalistas que estão começando a vida juntos. Ele resolve presenteá-la com um filhote de labrador antes de começarem a ter filhos. Ela adora e o bichinho, mas ele é um diabinho de tão danado, destruindo tudo que encontra pela frente e não sendo nada fácil de ser adestrado.O personagem de Wilson é um jornalista que se torna um colunista. E sua escrita sobre assuntos de sua vida particular faz muito sucesso, principalmente quando ele escreve sobre Marley, o seu cachorro hiperativo.

Esses escritos seriam a semente do livro que seria lançado em 2006 e que seria adaptado para o cinema dois anos depois. E é natural que já saibamos como o filme vai terminar. Ainda assim, me permiti chorar. Por que não? Não é essa a função do filme? Se ele não fosse eficiente nesse sentido, eu estaria aqui o xingando. Ao contrário disso, quando o filme terminou, fui dar um abraço no Rick, que estava deitado na porta do meu quarto. Esses animaizinhos podem até não entender o que se passa nas nossas cabeças, mas estão sempre prontos para dar e receber amor.

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