sábado, outubro 06, 2012

BUSCA IMPLACÁVEL 2 (Taken 2)



Produções francesas visando o mercado internacional, com astros de Hollywood como chamarizes, de vez em quando funcionam. Foi o caso de BUSCA IMPLACÁVEL (2008), de Pierre Morel. O filme contava a história de um agente aposentado da CIA que tem sua filha sequestrada durante uma viagem a França, para ser vendida num bordel. O tal agente era Liam Neeson, que mostrou que o peso da idade não foi empecilho nenhum para que ele se tornasse um dos melhores action heroes da atualidade. Nem é preciso dizer que ele foi lá e não só resgatou a filha, mas também acabou matando um monte de bandidos.

Eis que Luc Besson, o produtor, muito satisfeito com o sucesso do filme, pensou em uma continuação, algo que para esse tipo de filme já soa de cara como puro caça-níqueis. O produtor contou com Liam Neeson, Famke Janssen e Maggie Grace, que aceitaram reprisar os seus papéis, mas cometeu o erro de trocar o talentoso diretor Morel por Olivier Megaton, de CARGA EXPLOSIVA 3 (2008) e COLOMBIANA – EM BUSCA DE VINGANÇA (2011). Megaton, com seu nome saído de um filme dos Transformers, já não era um diretor muito bem quisto pelos fãs dos filmes de ação. E de fato, a continuação cai muito em qualidade, muito por sua causa.

Em BUSCA IMPLACÁVEL 2 (2012), o pai de um dos sujeitos que foram mortos pelo personagem de Neeson no primeiro filme, resolve se vingar. O prólogo, com o velho patriarca mafioso vivido por Rade Serbedzija (rosto famoso, por tanto interpretar vilões), na Albânia, proclamando que enterrará o corpo do homem que matou o seu filho, já dá o ar de que no campo das atuações o filme deve oferecer canastrice à exaustão. Nem Liam Neeson salva nesse aspecto.

Os bandidos aproveitam uma viagem que Bryan Milss (Neeson) faz com sua ex-mulher (Janssen) e filha (Grace) para Istambul para sequestrá-los e executar o seu plano de vingança. E o jogo de gato e rato e os absurdos da inteligência e habilidades de vencer qualquer um de Bryan acabam tornando o filme bem divertido, embora a edição picotada e a câmera flutuante incomodem de vez em quando. Destaque para a cena de Bryan dizendo por telefone como a filha deve fazer para chegar até onde eles estão. Difícil de engolir, mas divertido.

Assim, como diversão escapista, BUSCA IMPLACÁVEL 2 cumpre sua missão. Mas o sentimento de vazio ao sair da sessão é inevitável. Mesmo assim, diante de um circuito que não oferece melhores novidades, o filme de Megaton/Besson acaba sendo uma das alternativas mais atraentes. Principalmente para quem gosta de thrillers e quer voltar aos personagens do primeiro e ótimo filme.

P.S.: No Blog de Cinema do Diário do Nordeste, tem uma matéria sobre os problemas de público que o cinema brasileiro está vivenciando em 2012. AQUI

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