“Try not to die.”
(Darwin)
Em outras circunstâncias eu estaria aqui escrevendo um relato do show a que fui ontem com minha amada, de Anavitória e Nando Reis, no Iguatemi Hall. São artistas de que gosto muito, embora não seja fã o suficiente para conhecer a maior parte de suas canções. Esse quesito não quer dizer que o show vá ser mais ou menos interessante para o espectador. É possível ir a um show musical sem conhecer nada de um artista e ficar encantado com seu trabalho. Pois bem. O problema maior do show de ontem foi técnico. Os artistas falavam em seus microfones crentes que estavam sendo ouvidos, mas não era isso que acontecia. Eu e a Giselle estávamos nas cadeiras lá do fundão, mas mesmo quando fomos ficar de pé lá no meio, mais próximo do palco, não era ainda possível compreender bem frases inteiras ditas por Nando e as meninas.
Na minha vida toda de ida a shows em vários espaços, nunca vi nada parecido. E ainda por cima, como podem cobrar tão caro dentro de um espaço tão luxuoso para oferecerem um som tão aquém (para não dizer tão cocô)? Ainda cheguei a reclamar em algumas postagens do Iguatemi Hall no Instagram, mas apenas uma ou outra pessoa aparece concordando comigo (depois vi que mais pessoas reclamaram). Existe uma espécie de negação ou de falta de percepção da qualidade técnica nos espaços. Estou acostumado a ser o reclamão das projeções de cinema e não quero ser o sujeito que reclama dos shows.
Na minha vida toda de ida a shows em vários espaços, nunca vi nada parecido. E ainda por cima, como podem cobrar tão caro dentro de um espaço tão luxuoso para oferecerem um som tão aquém (para não dizer tão cocô)? Ainda cheguei a reclamar em algumas postagens do Iguatemi Hall no Instagram, mas apenas uma ou outra pessoa aparece concordando comigo (depois vi que mais pessoas reclamaram). Existe uma espécie de negação ou de falta de percepção da qualidade técnica nos espaços. Estou acostumado a ser o reclamão das projeções de cinema e não quero ser o sujeito que reclama dos shows.
Uma possível explicação: aquela espécie de colchão que funciona como teto do espaço pode estar interferindo na reverberação sonora (já que às vezes o som dos instrumentos ficou bem alto, tão alto que incomodava e distorcia, o que aliás é outro problema). A segunda explicação é mesmo o aparato técnico dos artistas, mas acho pouco provável, não sei. Pois bem, na falta de um registro do show hoje e usando o “prefiro não opinar” da Glória Pires, vamos de filme.
Estava há pouco dando uma olhada na repercussão crítica de OS OBSERVADORES (2024) no Rotten Tomatoes e, para minha surpresa, o filme está cheio de críticas negativas. Pelo menos lá fora a recepção não foi boa, o que de fato me surpreendeu pela riqueza e elegância visual que enxerguei nesta estreia na direção de longas-metragens de Ishana Night Shyamalan, filha do nosso querido M. Night Shyamalan, que está com filme novo chegando, hein.
Quem viu a excelente série SERVANT (2021-2023) deve ter prestado atenção nos diferentes diretores que comandavam alguns episódios – Shyamalan e o criador Tony Basgallop convidaram jovens cineastas como Severin Fiala e Veronika Franz, de BOA NOITE, MAMÃE; Kitty Green, de A ASSISTENTE; Julia Docournau, de TITANE; Isabela Eklöf, de HOLIDAY; Carlo Mirabella-Davis, de DEVORAR. E havia também os episódios dirigidos pela filha. E eu notava que os episódios dirigidos por Ishana eram tão ou até mais caprichados e exuberantes na construção visual que os do próprio pai; sendo que ela que não havia dirigido sequer um curta-metragem antes. SERVANT acabou servindo de laboratório para ela começar seu ofício.
Por isso, quando fiquei sabendo do primeiro filme dirigido por ela, logo esperei algo no mínimo bom e digno. E fui ainda mais surpreendido, com um tipo de terror que procura trazer algo novo (e encontra), por mais que não consiga fugir de todos os clichês – o que é quase impossível e nem sei se gostaria disso. OS OBSERVADORES é o tipo de terror pagão, em contraponto ao terror católico de uma obra como A PRIMEIRA PROFECIA, para citar um bom exemplo recente.
E isso acaba por trazer coisas novas, trazidas da rica mitologia irlandesa – as locações são no interior da Irlanda (lindas!). Podemos dizer, sim, que é um conto de fadas, mas um dos mais sombrios. Dakota Fanning é uma jovem que fica presa numa floresta cuja saída é aparentemente impossível de encontrar. Até que ela encontra alguém em condições semelhantes, vivendo num lugar chamado de poleiro, no meio daquela floresta totalmente fechada.
Gosto muito das regras que ela recebe, impostas pela líder do grupo de sobreviventes da floresta, o que faz lembrar alguns filmes do Shyamalan pai (A VILA, A VISITA), mas há uma vivacidade na condução narrativa que nem o pai tem conseguido em certos filmes mais recentes. Ou seja, não há nenhum momento para ir ao banheiro, um momento menos importante. É sentar na cadeira e ficar interessado na trama, nos personagens, nos mistérios, e no quanto o filme muito elegantemente trata de trabalhar o medo, a escuridão e o desconhecido. Dakota está ótima, mas os outros três atores também estão, inclusive Georgina Campbell (vista no ótimo NOITES BRUTAIS). Não é um filme de grandes diálogos, o foco está mais na riqueza visual e em alguma possível metáfora sobre espelhos e espetáculos.
Filme visto numa projeção excelente da sala 10 do UCI Iguatemi. Algo me diz que é projetor novo, de dar gosto, e o som também estava excelente.
P.S.: Depois da sessão, eu e meu sobrinho experimentamos o horror da vida real. Estávamos voltando depois das 11 da noite de carro através de uma rua sinuosa que vai dar na Av. Pontes Vieira. Eu percebo que um homem corre e se aproxima do carro à nossa frente. Depois outro homem se aproxima. Falei para o Lucas: é um assalto que tá rolando. Como a rua é uma subida, gosto de deixar o meu carro 1.0 com o ar condicionado desligado e o freio de mão puxado e com uma distância razoável do carro à frente. Em seguida, outro homem sai de um muro, das sombras e se aproxima da gente. O Lucas grita: “vai!, vai!”, e eu contorno o carro e acelero, sem me importar se vou atropelar ou não o terceiro assaltante que se aproximava da gente, não sei se com uma arma na mão ou não. Meu sobrinho até faz um gesto de apontar uma arma (imaginária) para ele, gesto que não cheguei a ver, só depois ele me disse. Não olhei para o rosto desse homem – para mim, os três continuarão a ser sombras. Só queria sair dali, buscar uma saída aproveitando inclusive que o sinal estava verde. E saí cantando pneu.
Sempre usei essa rua de nome comprido (Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face) em muitas décadas e nunca vi tal coisa acontecendo antes. Não sei se isso é sinal de que nossa segurança está pior, pois não vimos um carro da polícia sequer no caminho de volta para casa, ainda com a adrenalina agindo no corpo. Mesmo assim, respirando fundo, consegui cantar uma canção no caminho de volta: “Long line of cars”, do Cake. Adoro essa música.
+ TRÊS FILMES
IMACULADA (Immaculate)
A primeira coisa que me incomodou em IMACULADA (2024), de Michael Mohan, foi a fotografia. E isso veio lá desde a projeção ruim do cinema que cheguei a abandonar, passando pela tentativa de ver em melhor qualidade numa cópia 4K (em vão, pois a TV deixa um brilho incômodo) e em seguida fechando numa cópia 1080p apenas razoável para o que se podia aproveitar das intenções das imagens, no terço final. E olha, chequei: a diretora de fotografia tem coisas bem legais no currículo, como COLUMBUS e A CASA SOMBRIA. Eis que tento prestar atenção na trama e também demoro a ver algo que não seja uma repetição de tantos outros filmes que seguem essa linha de terror dentro dos muros de um convento. Tem a tal freira se atirando lá de cima, o pombo que se atira na janela de vidro, as figuras soturnas no meio da noite, gente malvada cometendo atrocidades e contando seus planos diabólicos. Aliás, comecei a achar interessante no momento que o filme ganha mais em violência e sangue, mas não o suficiente para não torcer para que acabasse logo. Mesmo assim, tenho que reconhecer que a cena final de entrega na interpretação de Sydney Sweeney foi espetacular. Chega a se aproximar, pelo menos neste momento, da excelência que é Nel Tiger Free em A PRIMEIRA PROFECIA, o filme-irmão mais elegante. De todo modo, gosto do final de ambos, embora eu veja o de IMACULADA como tanto um ato de rebeldia muito bem justificado, quanto uma espécie de autodestruição de algo que talvez tenha falhado.
IMAGINÁRIO – BRINQUEDO DIABÓLICO (Imaginary)
Se visto como uma fábula, ou uma fantasia, e não como um filme de horror, talvez este novo trabalho de Jeff Wadlow possa ser melhor aceito. Mas só um pouco, pois quando começam a explicar demais (e há uma personagem que entra na história só para isso) IMAGINÁRIO – BRINQUEDO DIABÓLICO (2024) começa a ir ainda mais fundo em sua trajetória descendente. A princípio, pode-se pensar que é um filme estilo BRINQUEDO ASSASSINO, mas felizmente (ou não, na verdade) trata-se de algo totalmente diferente. Aliás, quando o filme se apresenta como algo diferente e parece enveredar por um caminho mais psicológico, por assim dizer, eu achei que fosse para o seu bem. Mas nada depois consegue funcionar. Talvez eu coloque um pouco mais de destaque à personagem da adolescente (Taegon Burns), pois ela parece estar levando um pouco mais a sério o filme. E eu até diria que, mesmo com um roteiro problemático como esse, uma boa direção conseguiria salvar algo. Lá por perto do final, o filme mais parece um teatrinho de escola, com uma referência visual a Coraline, do Neil Gaiman, mas isso acaba não fazendo muita diferença a seu favor.
MADAME TEIA (Madame Web)
Eu fico sem entender como gente que até tem uma reputação a zelar se arrisca a entrar num desses projetos da Sony/Marvel, mesmo sabendo que todos resultaram em fiascos vergonhosos. Como sei que vergonha é roubar e não poder carregar e que é preciso ter bom humor para quase tudo nessa vida, é justamente por isso que não acho que seja completa falta de tempo ver MADAME TEIA (2024), de S.J. Clarkson. Até porque você pode juntar os amigos só para rir das linhas de textos ruins, das ideias que só podem ter saído de alguém que estava chutando o balde. E quando a gente pensa que o filme não pode ficar mais ridículo, damos de cara com as cenas finais, que não acredito que possam ter sido criadas com seriedade por parte do time de roteiristas. As cenas da Dakota Johnson com as três atrizes que fazem as adolescentes são cheias de graça. E pelo menos é um filme de super-herói em que a heroína não tem poderes tão explícitos nem sai fantasiada o tempo todo, o que é algo diferente, mesmo que o vilão, Ezequiel, apareça com uma roupa muito similar à do Homem-Aranha. Na trama, Dakota Johnson é uma jovem que trabalha como paramédica numa ambulância, quando começa a prever o futuro.
Estava há pouco dando uma olhada na repercussão crítica de OS OBSERVADORES (2024) no Rotten Tomatoes e, para minha surpresa, o filme está cheio de críticas negativas. Pelo menos lá fora a recepção não foi boa, o que de fato me surpreendeu pela riqueza e elegância visual que enxerguei nesta estreia na direção de longas-metragens de Ishana Night Shyamalan, filha do nosso querido M. Night Shyamalan, que está com filme novo chegando, hein.
Quem viu a excelente série SERVANT (2021-2023) deve ter prestado atenção nos diferentes diretores que comandavam alguns episódios – Shyamalan e o criador Tony Basgallop convidaram jovens cineastas como Severin Fiala e Veronika Franz, de BOA NOITE, MAMÃE; Kitty Green, de A ASSISTENTE; Julia Docournau, de TITANE; Isabela Eklöf, de HOLIDAY; Carlo Mirabella-Davis, de DEVORAR. E havia também os episódios dirigidos pela filha. E eu notava que os episódios dirigidos por Ishana eram tão ou até mais caprichados e exuberantes na construção visual que os do próprio pai; sendo que ela que não havia dirigido sequer um curta-metragem antes. SERVANT acabou servindo de laboratório para ela começar seu ofício.
Por isso, quando fiquei sabendo do primeiro filme dirigido por ela, logo esperei algo no mínimo bom e digno. E fui ainda mais surpreendido, com um tipo de terror que procura trazer algo novo (e encontra), por mais que não consiga fugir de todos os clichês – o que é quase impossível e nem sei se gostaria disso. OS OBSERVADORES é o tipo de terror pagão, em contraponto ao terror católico de uma obra como A PRIMEIRA PROFECIA, para citar um bom exemplo recente.
E isso acaba por trazer coisas novas, trazidas da rica mitologia irlandesa – as locações são no interior da Irlanda (lindas!). Podemos dizer, sim, que é um conto de fadas, mas um dos mais sombrios. Dakota Fanning é uma jovem que fica presa numa floresta cuja saída é aparentemente impossível de encontrar. Até que ela encontra alguém em condições semelhantes, vivendo num lugar chamado de poleiro, no meio daquela floresta totalmente fechada.
Gosto muito das regras que ela recebe, impostas pela líder do grupo de sobreviventes da floresta, o que faz lembrar alguns filmes do Shyamalan pai (A VILA, A VISITA), mas há uma vivacidade na condução narrativa que nem o pai tem conseguido em certos filmes mais recentes. Ou seja, não há nenhum momento para ir ao banheiro, um momento menos importante. É sentar na cadeira e ficar interessado na trama, nos personagens, nos mistérios, e no quanto o filme muito elegantemente trata de trabalhar o medo, a escuridão e o desconhecido. Dakota está ótima, mas os outros três atores também estão, inclusive Georgina Campbell (vista no ótimo NOITES BRUTAIS). Não é um filme de grandes diálogos, o foco está mais na riqueza visual e em alguma possível metáfora sobre espelhos e espetáculos.
Filme visto numa projeção excelente da sala 10 do UCI Iguatemi. Algo me diz que é projetor novo, de dar gosto, e o som também estava excelente.
P.S.: Depois da sessão, eu e meu sobrinho experimentamos o horror da vida real. Estávamos voltando depois das 11 da noite de carro através de uma rua sinuosa que vai dar na Av. Pontes Vieira. Eu percebo que um homem corre e se aproxima do carro à nossa frente. Depois outro homem se aproxima. Falei para o Lucas: é um assalto que tá rolando. Como a rua é uma subida, gosto de deixar o meu carro 1.0 com o ar condicionado desligado e o freio de mão puxado e com uma distância razoável do carro à frente. Em seguida, outro homem sai de um muro, das sombras e se aproxima da gente. O Lucas grita: “vai!, vai!”, e eu contorno o carro e acelero, sem me importar se vou atropelar ou não o terceiro assaltante que se aproximava da gente, não sei se com uma arma na mão ou não. Meu sobrinho até faz um gesto de apontar uma arma (imaginária) para ele, gesto que não cheguei a ver, só depois ele me disse. Não olhei para o rosto desse homem – para mim, os três continuarão a ser sombras. Só queria sair dali, buscar uma saída aproveitando inclusive que o sinal estava verde. E saí cantando pneu.
Sempre usei essa rua de nome comprido (Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face) em muitas décadas e nunca vi tal coisa acontecendo antes. Não sei se isso é sinal de que nossa segurança está pior, pois não vimos um carro da polícia sequer no caminho de volta para casa, ainda com a adrenalina agindo no corpo. Mesmo assim, respirando fundo, consegui cantar uma canção no caminho de volta: “Long line of cars”, do Cake. Adoro essa música.
+ TRÊS FILMES
IMACULADA (Immaculate)
A primeira coisa que me incomodou em IMACULADA (2024), de Michael Mohan, foi a fotografia. E isso veio lá desde a projeção ruim do cinema que cheguei a abandonar, passando pela tentativa de ver em melhor qualidade numa cópia 4K (em vão, pois a TV deixa um brilho incômodo) e em seguida fechando numa cópia 1080p apenas razoável para o que se podia aproveitar das intenções das imagens, no terço final. E olha, chequei: a diretora de fotografia tem coisas bem legais no currículo, como COLUMBUS e A CASA SOMBRIA. Eis que tento prestar atenção na trama e também demoro a ver algo que não seja uma repetição de tantos outros filmes que seguem essa linha de terror dentro dos muros de um convento. Tem a tal freira se atirando lá de cima, o pombo que se atira na janela de vidro, as figuras soturnas no meio da noite, gente malvada cometendo atrocidades e contando seus planos diabólicos. Aliás, comecei a achar interessante no momento que o filme ganha mais em violência e sangue, mas não o suficiente para não torcer para que acabasse logo. Mesmo assim, tenho que reconhecer que a cena final de entrega na interpretação de Sydney Sweeney foi espetacular. Chega a se aproximar, pelo menos neste momento, da excelência que é Nel Tiger Free em A PRIMEIRA PROFECIA, o filme-irmão mais elegante. De todo modo, gosto do final de ambos, embora eu veja o de IMACULADA como tanto um ato de rebeldia muito bem justificado, quanto uma espécie de autodestruição de algo que talvez tenha falhado.
IMAGINÁRIO – BRINQUEDO DIABÓLICO (Imaginary)
Se visto como uma fábula, ou uma fantasia, e não como um filme de horror, talvez este novo trabalho de Jeff Wadlow possa ser melhor aceito. Mas só um pouco, pois quando começam a explicar demais (e há uma personagem que entra na história só para isso) IMAGINÁRIO – BRINQUEDO DIABÓLICO (2024) começa a ir ainda mais fundo em sua trajetória descendente. A princípio, pode-se pensar que é um filme estilo BRINQUEDO ASSASSINO, mas felizmente (ou não, na verdade) trata-se de algo totalmente diferente. Aliás, quando o filme se apresenta como algo diferente e parece enveredar por um caminho mais psicológico, por assim dizer, eu achei que fosse para o seu bem. Mas nada depois consegue funcionar. Talvez eu coloque um pouco mais de destaque à personagem da adolescente (Taegon Burns), pois ela parece estar levando um pouco mais a sério o filme. E eu até diria que, mesmo com um roteiro problemático como esse, uma boa direção conseguiria salvar algo. Lá por perto do final, o filme mais parece um teatrinho de escola, com uma referência visual a Coraline, do Neil Gaiman, mas isso acaba não fazendo muita diferença a seu favor.
MADAME TEIA (Madame Web)
Eu fico sem entender como gente que até tem uma reputação a zelar se arrisca a entrar num desses projetos da Sony/Marvel, mesmo sabendo que todos resultaram em fiascos vergonhosos. Como sei que vergonha é roubar e não poder carregar e que é preciso ter bom humor para quase tudo nessa vida, é justamente por isso que não acho que seja completa falta de tempo ver MADAME TEIA (2024), de S.J. Clarkson. Até porque você pode juntar os amigos só para rir das linhas de textos ruins, das ideias que só podem ter saído de alguém que estava chutando o balde. E quando a gente pensa que o filme não pode ficar mais ridículo, damos de cara com as cenas finais, que não acredito que possam ter sido criadas com seriedade por parte do time de roteiristas. As cenas da Dakota Johnson com as três atrizes que fazem as adolescentes são cheias de graça. E pelo menos é um filme de super-herói em que a heroína não tem poderes tão explícitos nem sai fantasiada o tempo todo, o que é algo diferente, mesmo que o vilão, Ezequiel, apareça com uma roupa muito similar à do Homem-Aranha. Na trama, Dakota Johnson é uma jovem que trabalha como paramédica numa ambulância, quando começa a prever o futuro.
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