segunda-feira, dezembro 30, 2013

TRÊS FILMES NADA BONS



Uma pena estar acabando o ano com três filmes muito ruins vistos num único fim de semana. Mas, como não quero deixar coisa ruim para 2014, vou logo me livrando de uma vez só destes três filmes que me fizeram ficar arrependido de ter saído de casa. Dois deles, produções brasileiras globais.

CONFISSÕES DE ADOLESCENTE – O FILME 

Tinha esperanças de que fosse um bom filme. Afinal, por mais que digam o contrário, Daniel Filho é um bom diretor. Acontece que desde a série AS CARIOCAS (ou antes disso), o diretor e produtor tem deixado nas mãos de sua assistente de direção Cris D’Amato a atividade de diretora. Em CONFISSÕES DE ADOLESCENTE – O FILME (2014), previsto para estrear no circuito no próximo dia 10, mas já passando diariamente em sessões de pré-estreia, ele divide a direção com D'Amato e o resultado é um filme confuso, com excesso de personagens, idas e vindas no tempo e uma edição bem ruim. Algo que não deveria acontecer para um filme de enredo tão simples, lidando com assuntos que todo mundo passa em algum momento na vida: primeiro beijo, primeira relação sexual, dificuldades de encontrar uma ocupação agradável, a cobrança da sociedade com relação a se ter alguém etc. O filme traz de volta as personagens da série de televisão dos anos 90, reformuladas para a geração Facebook. Há participações especiais das quatro atrizes que interpretaram as quatro irmãs na série clássica. Dentre as jovens atrizes, destaque para Sophia Abrahão.

ENDER'S GAME – O JOGO DO EXTERMINADOR (Ender's Game) 

Desde que vi o trailer de ENDER'S GAME – O JOGO DO EXTERMINADOR (2013), de Gavin Hood, que me deu aquela vontade zero de assistir o filme. Mas, depois de ter lido alguns textos relativamente animadores, fui lá conferir. Mas pra quê? Só pra ficar muito entediado com um filme que aborda basicamente o treinamento de um garoto que se destaca como a pessoa perfeita para enfrentar os alienígenas que décadas atrás destruíram parte do Planeta Terra. O garoto, interpretado por Asa Butterfield (o menino dos grandes olhos azuis de A INVENÇÃO DE HUGO CABRET), tem um dom nato de lidar com estratégias. No elenco de apoio, Harrison Ford, Viola Davis e Ben Kingsley comparecem para pagar o leite das crianças. A produção é bem cuidada, mas o filme é um equívoco.

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE 2 

Este aqui eu já sabia que seria uma bela porcaria. Mas me sujeitei a vê-lo só para ver o grande Jerry Lewis pagando o mico de contracenar com Leandro Hassum. ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE 2 (2013) é basicamente o repeteco do primeiro filme. Agora que o protagonista está pobre de novo, aparece uma nova chance, através da herança de um velho tio. Com 50 milhões de reais na mão e as cinzas do velho para serem jogadas no Grand Canyon, ele sai com a esposa para Las Vegas e acaba perdendo tudo em jogo. Se o primeiro filme ainda tinha algo com o que rir, é impressionante como não há a menor graça neste segundo. O grande público, que costuma gostar dessas comédias, parece não ter esboçado reações muito animadas, a julgar pela sessão em que estive.

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