2. O CIRCO, de Charles Chaplin
3. A CAIXA DE PANDORA, Georg Wilhelm Pabst
4. O GABINETE DO DR. CALIGARI, de Robert Wiene
6. SEDUÇÃO DO PECADO, de Raoul Walsh
7. O GAROTO, de Charles Chaplin
8. A ÚLTIMA GARGALHADA, de F.W. Murnau
10. A PAIXÃO DE JOANA D’ARC / O MARTÍRIO DE JOANA D'ARC, de Carl T. Dreyer
11. A GENERAL, de Buster Keaton e Clyde Bruckman
12. O CAVALO DE FERRO, de John Ford
14. HÄXAN – A FEITIÇARIA ATRAVÉS DOS TEMPOS, de Benjamin Christensen
15. EM BUSCA DO OURO, de Charles Chaplin
16. O ILHÉU, de Alfred Hitchcock
18. THE PLEASURE GARDEN, de Alfred Hitchcock
19. O ENCOURAÇADO POTEMKIN, de Sergei Eisenstein
20. METRÓPOLIS, de Fritz Lang
Se fosse uma outra década, eu poderia me dar ao luxo de colocar
um filme por diretor, escolher entre uma centena ou entre centenas de opções. Mas
infelizmente, sou ainda um leigo no que se refere aos anos silenciosos do
cinema. Só recentemente, por exemplo, tive o prazer de conferir algumas dessas
pérolas. Outras, acabei vendo por causa do diretor, casos de Hitchcock e
Dreyer. Este último comparece com o dramático A PAIXÃO DE JOANA D’ARC e com
um filme pouco conhecido, A QUARTA ALIANÇA DA SRA. MARGARIDA.
Charles Chaplin é que é um caso excepcional: ao mesmo tempo
popular e cultuado, respeitado por todas as classes e fácil, muito fácil de ser
gostado. Tanto que na relação, constam três filmes do diretor, O CIRCO, O
GAROTO e EM BUSCA DO OURO. Os dois primeiros estão entre os meus favoritos
dele, junto com outros dois filmes que ele realizaria nas décadas de 1930 e
1950, respectivamente. São filmes que mostram a genialidade do diretor e que
contém cenas que já habitam o inconsciente coletivo do mundo ocidental.
Do mundo mais ou menos oriental, sempre tive muita resistência a ver os filmes do Sergei
Eisenstein e acabei não gostando tanto assim de O ENCOURAÇADO POTEMKIN, mas é
difícil não perceber a importância desse filme, especialmente ao ver a tão
famosa sequência das escadarias de Odessa. Outro que só tinha ouvido falar mas
que gostei demais foi A CAIXA DE PANDORA, de Pabst. Mas esse eu acho que fui
ver com uma melhor predisposição, querendo apreciar a beleza de Louise Brooks,
que ajuda a compor essa tragédia extraordinária. Nesses dias, também tive a
oportunidade de ver o marco maior do expressionismo alemão, O GABINETE DO DR.
CALIGARI, que conta com sequências lindamente arrepiantes.
Falando em horror, como não ficar incomodado e ao mesmo
tempo impressionado com O MONSTRO DO CIRCO, de Tod Browning? Era, sem dúvida,
um cineasta sem igual. E o enredo de O MONSTRO DO CIRCO é algo de doentio.
Também tangenciando esse terreno do horror está a produção híbrida HÄXAN – A FEITIÇARIA
ATRAVÉS DOS TEMPOS, uma espécie de documentário sobre as monstruosidades que se
fazia na Idade Média por causa da ignorância e da superstição.
De Alfred Hitchcock, o mestre do suspense, aparece o único
filme falado dos vinte. O primeiro filme falado produzido na Inglaterra:
CHANTAGEM E CONFISSÃO. Completam o quarteto, os ótimos O ILHÉU, O INQUILINO
SINISTRO e a estreia do mestre na direção já com o pé direito: THE PLEASURE
GARDEN. Outro cineasta que aparece mais de uma vez, mas que provavelmente
apareceria mais se eu tivesse visto mais filmes dele é F.W. Murnau, que
comparece com os geniais AURORA (ocupando a primeiríssima posição) e A ÚLTIMA
GARGALHADA, obra-prima feita sem uso de nenhum intertítulo.
Dois queridos pioneiros de Hollywood, John Ford e Raoul
Walsh, comparecem com duas obras bem distintas, mas ambiciosas à sua maneira.
Do cineasta aventureiro, o intenso drama SEDUÇÃO DO PECADO; e do "Homero
americano", o épico O CAVALO DE FERRO, sobre a construção das primeiras ferrovias
nos Estados Unidos. De Buster Keaton, outro cineasta americano
importantíssimo e gênio das comédias, A GENERAL é um de seus mais lembrados
filmes, embora ele tenha feito curtas-metragens ainda melhores.
Fechando o círculo dos vinte, a ficção científica METRÓPOLIS, de Fritz Lang, que
acabou na última posição porque na verdade eu não gostei muito da experiência
de vê-lo na primeira e única vez, numa cópia horrível da Continental. Quem sabe numa cópia melhor e vendo na ordem cronológica dos filmes
de Lang ele ganha mais importância para mim. Aliás, sou carente de Lang de quase todas as épocas.
Post feito por ocasião de formação do ranking da década, promovida pela Liga dos Blogues Cinematográficos. O resultado final, depois da contagem dos votos, sairá em breve.