domingo, fevereiro 12, 2012
HOUSE – QUARTA TEMPORADA (House M.D – Season Four)
Estava com muita saudade de HOUSE. Tinha visto a terceira temporada em 2010 e só agora tive tempo de ver a quarta (2007/2008), que contém menos episódios que as demais por causa da greve dos roteiristas. O que não quer dizer que seja uma temporada mais compacta, mais enxuta, já que HOUSE se compõe basicamente de episódios esquemáticos e independentes um do outro no que se refere ao caso a ser investigado. Mas claro que há uma ordem cronológica dos acontecimentos entre os episódios e, inclusive, nesta temporada isso se torna mais forte.
Isso por causa da mudança da equipe de House. Como ele demitiu e alguns se demitiram, ele ficou só, mas disposto a formar uma nova equipe. Com sua habitual acidez, ele transforma a seleção numa espécie de jogo. Os que mais errassem ou não se mostrassem hábeis o suficiente, seriam desclassificados. Não chega a ser uma surpresa saber quem serão os três escolhidos, principalmente para quem está com a caixinha da temporada em mãos. Assim, um dos grandes trunfos desta temporada é a aquisição da bela Olivia Wilde, que interpreta a Dra. "Thirteen".
O número 13 no lugar do nome era o seu número entre os vários candidatos e acaba sendo adotado por House. Assim, ela é uma mulher de que sabemos muito pouco ou quase nada. E com seu jeito ao mesmo tempo inteligente, sensível, compenetrado e naturalmente sexy, Thirteen vai nos conquistando a cada episódio. Tanto que a gente até esquece da Cameron (Jennifer Morrison). Ainda assim, os outros membros da equipe "clássica" aparecem de vez em quando. Mesmo coadjuvantes, ainda são seus os nomes que estão nos créditos iniciais.
No que se refere aos casos médicos a serem desvendados por House e sua equipe, diria que os 16 episódios da quarta temporada não são tão curiosos e surpreendentes quanto os da temporada anterior. Na verdade, muitas vezes os casos são resolvidos no último minuto e o episódio termina de maneira brusca e confusa para quem é leigo em medicina. A maioria dos episódios é dirigida por Deran Sarafian, cujo nome eu só lembrava por ter dirigido um filme com Van Damme, GARANTIA DE MORTE (1990). Mas ele tem muito mais coisas no currículo, principalmente episódios de séries de TV.
Casos mais interessantes: no episódio "Ugly", um rapaz com aparência semelhante ao "Homem-Elefante" é encaminhado ao hospital para uma cirurgia reparadora, junto com uma equipe de cinegrafistas para um reality show; em "Frozen", House trata de uma paciente (Mira Sorvino) no Polo Norte, através de webcam; em "Games", Wilson dá um diagnóstico errado para um paciente, que quando descobre que não tem câncer, como acreditava ter nos últimos três meses, fica indignado com o oncologista.
Mas nada como os dois dramáticos episódios finais da série. Eu devo ter chorado todo o meu estoque de lágrimas do mês. Os episódios diferem bastante dos demais, embora cada um trate também de casos misteriosos e diagnósticos complicados. Tudo começa quando House se vê num strip-tease bar e não sabe como foi parar lá e nem lembra o que aconteceu nas últimas quatro horas. O final é inesperado, doloroso e emocionante.
Agradecimentos especiais ao amigo Zezão, que fez a gentileza de emprestar o box.