quarta-feira, outubro 14, 2009
A VERDADE NUA E CRUA (The Ugly Truth)
Não sei se é o efeito pós-BASTARDOS INGLÓRIOS, mas ver A VERDADE NUA E CRUA (2009) foi uma das experiências mais desagradáveis que eu tive no cinema nos últimos meses. Eu simplesmente não entendo o que o público vê nesse filme. Além de saber de algumas pessoas que gostaram, senti pelo clima geral da sala que muita gente estava rindo das piadas do filme e pareceram sair do cinema satisfeitas. Menos eu, aparentemente. O problema é comigo, então? Também estou começando a suspeitar que eu não vou com a cara de Gerard Butler. Pra mim, ele não passa de um brucutu sem carisma. E que está presente em dois dos piores filmes em cartaz no momento - o outro é o horroroso GAMER. Não sei de quem foi a ideia de colocá-lo em comédia romântica. No constrangedor P.S. EU TE AMO, ele já ensaiava uma entrada no gênero. Que se confirma neste A VERDADE NUA E CRUA, que nem com a graça de Katherine Heigl consegue se manter, seja como comédia, seja como filme de relacionamentos.
Falta ao filme timing, os diálogos são bobos e quando usam de trocadilhos são ainda piores. A história é previsível, trabalha com estereótipos do homem e da mulher da pior maneira possível e não sabe usar os clichês do gênero de uma maneira minimamente tolerável. Digo isso porque não tenho nada contra os clichês. Na verdade, eu tenho até carinho por eles. Mas é preciso saber manipulá-los. Coisa que o diretor Robert Luketic parece estar longe de saber. Talvez ele tenha errado a mão nesse filme ou talvez eu tenha tido sorte de não ter ido ver seus trabalhos anteriores - LEGALMENTE LOIRA (2001), A SOGRA (2005) e QUEBRANDO A BANCA (2008). Quer dizer, eu preciso confiar mais no meu desconfiômetro.
Em A VERDADE NUA E CRUA, Katherine Heigl é Abby, produtora de um programa de televisão que está com a audiência muito baixa e prestes a ser cancelado. A salvação para o programa é a entrada em cena do personagem de Butler, que fará um quadro extremamente machista, desmistificando os relacionamentos. Ela odeia o sujeito, mas aos poucos vai aceitando as suas dicas para conseguir namorados. Ela, apesar de bonita, não tem tato para manter as relações, é metódica demais, chegando a consultar até a ficha criminal do provável parceiro, além de preparar com antecedência tópicos para a conversa. Não é preciso ser nenhum gênio pra saber como tudo vai terminar.
Salva-se no filme o casal de âncoras vividos por Cheryl Hines e John Michael Higgins.
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