quinta-feira, junho 29, 2006
FESTIVAL VAN DAMME
Parece que vem uma gripe por aí. Estou com aquela faringite que antecede as gripes e com o corpo dolorido. Deveria ter ficado em casa descansando e vendo uns filmes em vídeo. Até porque não tenho muito o que fazer aqui no trabalho. Mas já que eu estou aqui, melhor esquecer o conforto da minha cama e procurar me ocupar. Ontem terminei de ver o quarto filme de Jean-Claude Van Damme que faltava eu ver dos que eu tinha gravado da televisão. Os filmes foram gravados da Globo e da Record.
VENCER OU MORRER (Nowhere to Run)
O melhor dos quatro e, com certeza, um dos melhores da carreira do belga. Trata-se de uma tentativa de trazer o astro para o cinema classe A. Chamaram Robert Harmon, de A MORTE PEDE CARONA (1986), para dirigir e Rosanna Arquette para estrelar o filme ao lado de Van Damme. E a fórmula até que funcionou. VENCER OU MORRER (1993) é um belo filme. Diria que a mais bem sucedida tentativa de fazer de Van Damme um herói. O final me pareceu tão emocionante que eu quase chorei. E chorar em filme do Van Damme é algo inédito pra mim. Um dos melhores momentos do filme é aquele em que Van Damme apaga o fogo de uma casa usando uma caixa d'água. Gostei também do garotinho, interpretado por Kieran Culkin.
REPLICANTE (Replicant)
Esse é um dos três filmes de Ringo Lam estrelados por Van Damme - os outros foram RISCO MÁXIMO (1996) e HELL (2003). REPLICANTE (2001) é o mais fraco dos três. Foi o último trabalho de Van Damme a passar nos cinemas. Depois desse, seus filmes passaram a ser lançados diretamente em video. O grande barato de REPLICANTE é a trama totalmente improvável. No filme, temos dois Van Dammes: um é psicopata, o outro é um clone criado a partir de células do primeiro a fim de auxiliar no trabalho da polícia na caça ao psicopata, cuja especialidade é matar mães solteiras. Simplesmente ridícula a idéia, não? Mas é a tal coisa: uma vez que a gente releva isso, até que dá pra ver o filme numa boa. Michael Rooker faz o papel do policial que trabalha com o clone.
A IRMANDADE (The Order)
Sheldon Lettich, que já dirigiu Van Damme em DUPLO IMPACTO (1991) e no novo THE HARD COPS (2006), fez essa espécie de primo pobre de O CÓDIGO DA VINCI com ecos de Indiana Jones. Em A IRMANDADE (2001), Van Damme é um ladrão de relíquias cujo pai, um arqueologista, é seqüestrado. Ele vai até Israel para resgatá-lo. A estória é uma bagunça que só piora à medida que se aproxima do final. Salva-se uma seqüência de ação com Van Damme dirigindo uma moto e a presença de Sofia Milos, conhecida pelos fãs de CSI: MIAMI. Charlton Heston tem uma participação pequena e totalmente ridícula. Pra quem já foi Moisés e Ben-Hur, o homem está numa decadência...
VINGANÇA (Wake of Death)
Era para ser mais um filme dirigido por Ringo Lam, mas o chinês abandonou o projeto depois de algumas semanas filmando no Canadá. Entrou um substituto que logo foi demitido. Philippe Martinez assumiu, então, a direção. VINGANÇA (2004) começa bem. Até parece que Lam dirigiu as seqüências iniciais. Na trama, Van Damme, depois que sua mulher é brutalmente assassinada, parte para a vingança contra as tríades chinesas. Apesar de o filme em si não ser lá grande coisa, vale destacar a performance de Van Damme, em sua melhor interpretação. Principalmente na cena em que ele chora a morte da esposa. Pra quem gosta de filmes estilosos, vale dar uma conferida.
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