sexta-feira, junho 09, 2006

UMA VIDA ILUMINADA (Everything Is Iluminated)



E hoje começa a Copa do Mundo 2006. Será que o blog vai diminuir o ritmo por causa disso? Ainda não sei. É possível. Devo substituir alguns filmes vistos em casa por alguns jogos. Costumo sempre dizer que eu só gosto de futebol de quatro em quatro anos. Se eu não assistir nem nessa época é melhor eu me mudar logo de país.

Hoje estava pretendendo mandar um post com o ranking dos 70's, mas não fui trabalhar e o meu arquivo contendo os códigos para os mini-cartazes dos filmes está lá na empresa. Então, para não ficar sem atualizar, o filme de hoje vai ser UMA VIDA ILUMINADA (2005).

A estréia na direção de Liev Schrieber é um caso típico de filme dividido. A primeira parte tenta ser uma comédia e a segunda, um drama sério sobre encontros com a verdade e com o passado distante. A primeira parte do filme é bem chatinha e deu para perceber nas cenas deletadas que vêm no DVD que a decisão de diminuir a comédia foi acertada.

Na trama, Elijah Wood é um jovem que tem a mania obsessiva de guardar coisas. Ele tem uma parede cheia de coisas de seus familiares, como uma forma de se fazer um registro histórico de sua família. Seu avô morre e tudo que ele tem dele é uma pequena jóia e uma foto dele com uma mulher que o escondeu dos nazistas. Levando a sério esse seu "hobbie", ele parte para a Ucrânia em busca dessa mulher para agradecê-la e aprender mais sobre o seu avô. Chegando na Ucrânia, ele é recebido por um jovem fã da cultura pop americana e por um velho que se finge de cego e anda com um cão-guia.

O filme me deixou com uma leve curiosidade para saber o que levou o diretor (Liev Schrieber) a adaptar algo que parece ser tão pessoal. Soube que Schrieber era muito próximo de seu avô, que era um imigrante ucraniano, e a morte dele o levou a escrever um livro sobre suas memórias. No meio do caminho, ele leu um trecho do romance de Jonathan Safran Foer e se identificou bastante. Ele achou tão bom o material de Foer que ele desistiu de escrever o seu próprio livro e resolveu adaptar para o cinema o romance.

Um dos destaques do filme é a fotografia, que valoriza a bela paisagem. Que não é da Ucrânia, mas da República Tcheca. O amarelo das flores é o que mais fica na memória.

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