sexta-feira, dezembro 26, 2003

O SENHOR DOS ANÉIS: O RETORNO DO REI (The Lord of the Rings: The Return of the King)



Estou aqui baqueadíssimo da gripe e acredito que piorei por causa da maratona de ontem pra ir ver O RETORNO DO REI. Ontem liguei pro Ernando e combinamos pra ir ver o filme no Iguatemi. Lá ainda encontramos com o Hilano, outro colega do Cultura Britânica. Chegando lá, às 13 horas, nos monitores já constavam que as primeiras sessões estavam todas esgotadas. E ainda nem tinham aberto a bilheteria. A sessão seguinte seria só às 18 hs. Acontece que faltou energia elétrica e, somando com outros problemas técnicos que ocorreram, a sessão só foi começar mesmo às 19 hs. A essa altura já estava duvidando da minha capacidade de ficar alerta e não dormir pelo cansaço do dia no shopping. Mas sobrevivi no final e ainda curti o filme pra caramba.

O RETORNO DO REI é o mais fiel à obra de Tolkien dos três filmes. As cenas de batalha são o grande destaque. Pra quem se decepcionou com as cenas um pouco artificiais da batalha no Abismo de Helm em AS DUAS TORRES, pode dizer um "ah, agora sim", vendo a força das cenas desse terceiro filme. O que eu achei mais impressionante foram aquelas cenas em que os trolls arremessavam pedras gigantescas na cidade de Gondor. As pedras pareciam mesmo de verdade, com um peso fora do comum. Assutador aquilo. É o ponto mais forte da já grandiosa seqüência de batalha.

Por outro lado, a laracna não ficou tão assustadora quanto, por exemplo, os insetos gigantes de TROPAS ESTELARES, mas é com certeza muito bem feita. O trabalho de computação gráfica está perfeito, deixando no chinelo a turma de George Lucas e de Matrix.

O que quase todo mundo não gostou foi do epílogo, muito esticado e quase interminável. E olha que Peter Jackson nem quiz filmar as cenas da invasão no condado e a última batalha dos hobbits, que consta no final do livro. Melhor assim. Essa cena no filme seria peixe pequeno na frente de todo o sofrimento e luta que passaram nossos heróis na gigantesca batalha do anel.

A personagem de Arwen (Liv Tyler) continua sendo quase que insignificante. Só existe mesmo pra no final o rei Aragorn ficar com alguma gostosa. Hehehe. O drama de perder a imortalidade por amor acabou não sendo bem explorado. Falando em emoção, tenho impressão que a amizade de Frodo e Sam no livro é muito mais emocionante, mas a cena de Sam chegando pra lutar contra a laracna é mesmo de arrepiar.

Já a cena da senda dos mortos, achei que ia ficar mais escura e assustadora, mas mesmo assim ficou boa. Os personagens de Gimli e Legolas tiveram bem menor destaque nesse filme. O grande destaque ficou por conta mesmo de Frodo, Sam, Gollum, Aragorn e Gandalf, que pra um velhinho de barba branca luta feito um demônio. Hehehe. Interessante o drama dos outros dois hobbits, que se acham quase inúteis diante da grandeza da batalha e do tamanho dos homens, mas mesmo assim querem lutar.

Talvez o maior problema seja mesmo a longa duração pra um filme tão barulhento. Pra mim, que já estava gripado, a dor de cabeça foi inevitável. Restam as boas recordações das belas imagens da câmera de Jackson. Difícil imaginar que ainda haverá um projeto tão grandioso quanto esse um dia.

Nenhum comentário: