segunda-feira, abril 03, 2017
THE WALKING DEAD – 7ª TEMPORADA COMPLETA (The Walking Dead – The Complete Seventh Season)
Quanta diferença esta sétima temporada de THE WALKING DEAD (2016-2017) para a anterior. O que há de melhor – e que contrasta e muito com o restante – é o primeiro episódio, que nada mais é do que uma continuação dos eventos imediatamente posteriores ao que aconteceu na excelente sexta temporada. Ou seja, a turma de Rick acuada e ajoelhada diante de Negan (Jeffrey Dean Morgan), o mais tenebroso vilão da série até o momento, junto com seu grupo, os Salvadores.
E de fato esse primeiro episódio foi mesmo marcante. Aliás, "marcante" é uma palavra que não define bem "The day will come when we won’t be", que é carregado de uma tensão que não tinha sido visto de maneira tão forte assim na série. Muitos a abandonaram, inclusive, por achar que THE WALKING DEAD penetrou em um território muito perigoso, o do torture porn. De todo modo, se era pra ser fiel aos quadrinhos, teríamos mesmo que ver aquilo tudo a cores e com todo o sangue e o cérebro espirrando para a tela. Para o terror de todos.
Não doeria tanto se um dos personagens alvejados não fosse tão querido e não estivesse junto com a gente desde 2010, desde o primeiro episódio. E um misto de dor, tristeza e raiva toma conta da gente. Mas depois que passa, e com o andamento modorrento que a série toma a partir do segundo episódio, essa raiva e desejo de vingança se transforma em desinteresse.
Ainda assim, é possível destacar alguns bons episódios ao longo desta sétima temporada, como um totalmente dedicado a Tara, uma personagem pouco explorada e que apareceu em uma temporada mais recente. Ela vai parar em um lugar habitado apenas por mulheres, que vivem suas vidas tentado não ser descobertas e mortas pelos Salvadores. É um episódio apenas interessante, nada de mais, mas com um andamento que se diferencia positivamente dos demais.
A sétima temporada também foi marcada pela presença de um outro personagem importante, o Rei Ezequiel, um sujeito meio doido que se autoproclamou rei e criou um reino tranquilo e próspero, mas que também é refém dos tributos dos Salvadores de Negan. A chegada de Carol e Morgan a sua comunidade mudará bastante a rotina daquelas pessoas. Porém, não se trata de um personagem tão bem trabalhado. Parece mais uma caricatura de personagem, que terá o seu papel na season finale.
Aliás, o último episódio começa com uma homenagem, acredito eu, ao videoclipe "No surprises", do Radiohead. Com Sasha sendo destaque na narrativa, ainda que não participe tão ativamente da ação que acontece do lado de fora, trata-se de uma tentativa de o episódio parecer poético e melancólico. Pena que Greg Nicotero e seus roteiristas não conseguiram. Quem sabe na próxima temporada. O problema agora vai ser reconquistar um público que parece que perdeu o interesse pela série. O que antes era notícia para toda semana se transformou em um silêncio incômodo. Agora quem salvará esta série?
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