terça-feira, setembro 18, 2007

TOP 20 ANOS 50



1. A PALAVRA, de Carl Theodor Dreyer
2. A MORTE NUM BEIJO, de Robert Aldrich
3. UM CORPO QUE CAI, de Alfred Hitchcock
4. LUZES DA RIBALTA, de Charles Chaplin
5. ENSAIO DE UM CRIME, de Luis Buñuel



6. ONDE COMEÇA O INFERNO, de Howard Hawks
7. GLÓRIA FEITA DE SANGUE, de Stanley Kubrick
8. WINCHESTER 73, de Anthony Mann
9. MORANGOS SILVESTRES, de Ingmar Bergman
10. RASTROS DE ÓDIO, de John Ford



11. UM CONDENADO À MORTE ESCAPOU, de Robert Bresson
12. TARDE DEMAIS PARA ESQUECER, de Leo McCarey
13. CREPÚSCULO DOS DEUSES, de Billy Wilder
14. ESTRANHO ENCONTRO, de Walter Hugo Khouri
15. ASSIM ESTAVA ESCRITO, de Vincent Minnelli



16. VAMPIROS DE ALMAS, de Don Siegel
17. SUBLIME OBSESSÃO, de Douglas Sirk
18. OTHELO, de Orson Welles
19. OS INCOMPREENDIDOS, de François Truffaut
20. AS FÉRIAS DO SR. HULOT, de Jacques Tati

Foi publicado hoje na página da Liga dos Blogues Cinematográficos - que agora está de casa nova - o ranking dos anos 50. Quem quiser saber qual foi o resultado final dos votos, é só dar uma passadinha lá e conferir. Os vinte primeiros filmes estão com textos curtos escritos pelos participantes e eu contribuí com um texto sobre A PALAVRA, que, como vocês podem ver acima, é o meu favorito da década. Eu vejo os anos 50 como a grande década do cinema. Senão, vejamos: nesssa época havia Hitchcock em seu auge, John Ford em seu auge, os westerns noir de Anthony Mann, havia Minelli, Sirk, Welles, Aldrich, Preminger, Nicholas Ray, Fritz Lang, Hawks, Billy Wilder, Leo McCarey. Havia jovens cineastas que fariam história, como François Truffaut, Stanley Kubrick e Alain Resnais. Na Itália havia Roberto Rossellini e Vittorio De Sica; na França, Jacques Tati e Robert Bresson; no Japão, Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi e Yasujiro Ozu; no México, Luis Buñuel; na Suécia, Ingmar Bergman.

Os anos 50 também foram anos de definição para a sobrevivência do cinema, com a televisão entrando com força nos lares. Como reação a isso, na metade da década surgiu o cinemascope. Teve cineasta que chegou a dizer que o novo formato de tela só servia para mostrar cobras e funerais, mas hoje é um prazer ir ao cinema e ver um filme nesse formato. Quando bem utilizado, claro.

Da minha lista, A PALAVRA, o atestado de fé de Dreyer, ficou em primeiro lugar, mesmo eu tendo visto numa péssima cópia em dvd. Um dia ainda terei uma cópia de respeito do filme, para rever sem interrupções. Outro filme que eu vi recentemente e fiquei de boca aberta foi A MORTE NUM BEIJO, de Robert Aldrich. Sem esse filme, provavelmente não haveria o David Lynch que a gente conhece hoje. Alguns de meus cineastas favoritos surgem também com suas obras-primas: Luis Buñuel, Alfred Hitchcock, John Ford, Howard Hawks, Charles Chaplin. Falar rapidamente de cada uma das obras desses mestres não seria justo.

Como bom chorão que sou, destaco os filmes que me fizeram chorar: A PALAVRA, LUZES DA RIBALTA, SUBLIME OBSESSÃO e TARDE DEMAIS PARA ESQUECER. Teve aqueles que me deixaram indignado, como GLÓRIA FEITA DE SANGUE e OTHELO. E aqueles que impressionam por juntarem a falta de recursos com a extrema criatividade, como ENSAIO DE UM CRIME, VAMPIROS DE ALMAS e o brasileiro ESTRANHO ENCONTRO. Engraçado que nessa lista há poucas comédias. Apenas AS FÉRIAS DO SR. HULOT, de Jacques Tati. Mas isso não quer dizer que a década foi fraca no gênero. Pelo contrário, já que foi nessa época que as mais engraçadas comédias estreladas por Jerry Lewis surgiram, as melhores, dirigidas por Frank Tashlin. Mas como esses filmes, eu vi quando criança, preferi não confiar muito na memória. O ideal seria, então, revê-los.

Além de Tashlin, outros cineastas importantes do período que eu sou bastante devedor são Roberto Rossellini, Max Ophuls, Fritz Lang, Samuel Fuller e George Cukor - sobre esse último, prometo uma peregrinação pela sua obra em breve.

Nenhum comentário: