segunda-feira, abril 04, 2016
THE WALKING DEAD – 6ª TEMPORADA COMPLETA (The Walking Dead – The Complete Sixth Season)
A sexta temporada de THE WALKING DEAD (2015-2016) começou chutando portas e mexendo com os nervos do espectador, que já estava até mal acostumado com a excelência da série, que se manteve no seu ponto alto na quinta temporada (que até o momento, segue sendo a melhor de todas). O primeiro episódio, “First Time Again”, mostrado em dois tempos distintos, com o futuro visto em preto e branco e mais dramático, com a turma de Rick tentando evitar que uma orda de zumbis derrube os muros de Alexandria, é um dos pontos altos de toda a série e de vez em quando é bom lembrar disso, levando em consideração que a temporada como um todo não está sendo tão bem vista assim por muitos fãs.
E lembremos também que a primeira parte da temporada foi marcada pelo ataque dos lobos, os caras que um dia já foram habitantes de Alexandria, mas que agora formam um grupo de assassinos prontos para tomar a cidade e matar todos os habitantes. O segundo episódio também nos apresenta ao passado de Enid, a jovem que desempenhará ainda algumas funções importantes na série.
Mas nada preparou o espectador para "Thank You", o episódio que mais deixou o público agitado, temendo pela vida de um dos personagens mais queridos, Glenn. Acredito que agora já não seja um grande spoiler dizer que ele sobreviveu à orda de zumbis, mas tivemos que aguentar alguns episódios para ter a certeza disso, inclusive um muito chato, que conta a história de Morgan, o pacificador. Pra piorar, o tal episódio, chamado "Here's Not Here" é um dos mais longos da série.
Interessante ter um personagem que funcione como uma espécie de consciência de um grupo que aprendeu a matar e já acha que isso é normal. Mas é curioso como ele não funciona – pelo menos, não tem funcionado até o momento. Ao contrário: consideramos o personagem fraco, já que, devido às circunstâncias, bom é quem mata. Horrível pensar em como a série faz isso com a gente, mas é importante lembrarmos que aquele universo é totalmente distinto e que a gente acompanhou a evolução de Rick e aprendeu a gostar mais dele assim, violento e sanguinário, mas bastante interessado em cuidar de sua família, que é como ele considera todo o grupo.
A segunda metade da temporada, um pouco mais irregular, trataria de elaborar melhor essa ideia do grupo de Rick como grandes assassinos que se tornaram. Essa metade se caracterizaria pela entrada em cena dos “salvadores”, o grupo liderado pelo misterioso e temido Negan, que só dará as caras na perturbadora season finale. Como se comenta que ele é o sujeito que mata Glenn com requintes de crueldade nos quadrinhos de Robert Kirkman, a gente acaba temendo muito que isso também aconteça na série, embora se saiba que muita coisa é modificada na adaptação.
"Last Day on Earth", o episódio final, mostra nossos heróis acuados pelos homens de Negan, enquanto tentam levar Maggie para um médico. De certa forma, juntar a turma quase toda ali, naquele momento de extrema tensão e angústia, é um recurso um tanto forçado e que já havia ocorrido em Terminus, entre o fim da quarta e o começo da quinta temporada. O que dói mesmo é ter que aguentar até setembro para saber o que de fato ocorreu nesse final, que tanta frustração trouxe para a audiência. Mas, de uma coisa nós sabemos, teremos combustível para alimentar a sede de vingança contra Negan. E isso pode funcionar a favor da série, tirá-la da letargia que às vezes a acomete.
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