domingo, fevereiro 09, 2014
OPERAÇÃO SOMBRA – JACK RYAN (Jack Ryan: Shadow Recruit)
Quinta aventura cinematográfica baseada no personagem criado pelo romancista Tom Clancy, OPERAÇÃO SOMBRA – JACK RYAN (2014), de Kenneth Branagh, talvez seja o mais fraco dos filmes estrelados pelo herói, que aqui tem sua origem reinventada. Desta vez, Jack (Chris Pine) é um inteligente estudante de Economia em Londres que, depois dos acontecimentos de 11 de setembro, resolve se aliar aos fuzileiros navais americanos. Daí o salto para uma missão no Afeganistão, missão essa que faria com que ele ficasse seriamente ferido.
No hospital, além de ter que treinar muito para conseguir voltar a andar, conhece sua futura esposa, a médica Cathy, vivida por Keira Knightley. É lá também que ele é procurado por um agente da CIA (Kevin Costner), que o quer trabalhando como analista da Bolsa de Valores a fim de descobrir potenciais criminosos. Não demora muito para que ele descubra contas suspeitas de um empresário russo, Viktor Cherevin (vivido por Kenneth Branagh).
Vale dizer que o melhor personagem do filme é justamente este vilão vivido por Branagh. Mesmo com ares de canastrão, ele brilha como ator em um filme de personagens apagados. E o curioso é que Branagh está vivendo uma fase bem ruim como diretor há muito tempo. Não foi THOR (2011), dos estúdios Marvel, que conseguiu reabilitá-lo.
Nem mesmo quando OPERAÇÃO SOMBRA – JACK RYAN passa a chamar mais atenção com cenas mais movimentadas (sequestro, perseguição, lutas corporais etc.), o filme consegue ser minimamente eficiente como thriller de ação e espionagem. O que é uma pena, tendo em vista os nomes envolvidos no elenco.
Nem mesmo aquilo que poderia supostamente funcionar a favor do filme, que é o fato de Ryan não ter experiência como agente de campo e ficar tremendo como vara verde a cada situação perigosa, isto é, tornando-o mais humano do que qualquer encarnação de James Bond, não tem efeito algum para o espectador, que provavelmente ficará indiferente.
Além do mais, Chris Pine, por mais que tenha pinta de galã e provavelmente terá um futuro assegurado nos filmes de ação, ainda não parece ter encontrado o tom certo para encarnar seus personagens. Jack Ryan não é muito diferente do Capitão Kirk (dos novos STAR TREK), por exemplo, a não ser por suas histórias ou pela eficiência ou não dos diretores.
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