quarta-feira, agosto 07, 2013
THE KILLING – A TERCEIRA TEMPORADA COMPLETA (The Killing – The Complete Third Season)
THE KILLING foi umas melhores séries surgidas em 2011, junto com GAME OF THRONES e HOMELAND. As três continuam mandando muito bem, mas o que aconteceu com THE KILLING foi o problema de ter esticado demais o mesmo caso durante duas temporadas, o que fez com que muitos desistissem de ver a série. Quem fez isso está deixando de acompanhar o ponto mais alto da série, que nesta terceira temporada (2013) chegou a lugares mais obscuros e espiritualmente pesados da alma de um ser humano. E nos arrasta junto. Alguns episódios, inclusive, não são recomendados a pessoas com problemas de depressão. O doloroso episódio "Six Minutes", exibido na semana passada, por exemplo, elevou a série a um status jamais imaginado pelo maior dos fãs.
Do elenco das duas primeiras temporadas, só ficaram mesmo os detetives Sarah Linden (Mireille Enos) e Stephen Holder (Joel Kinamann), personagens que, cada um à sua maneira, já imprimiram suas marcas na História das séries policiais. Mesmo que THE KILLING não seja tão popular assim. Até foi ameaçada de ser cancelada depois da segunda temporada e ainda não se sabe se haverá uma quarta.
Além dos dois heróis melancólicos, há um terceiro personagem que continua firme e forte: o clima sempre chuvoso de Seattle, que funciona como um intensificador da melancolia que os personagens carregam. Nesta terceira temporada, somos apresentados a um grupo de jovens garotas que caem no mundo da prostituição por serem abandonadas pela família. Elas acabam sendo alvo de um serial killer que já matou mais de duas dezenas dessas moças.
Paralelamente somos apresentados também a Ray Seward, interpretado brilhantemente por Peter Sarsgaard, como o prisioneiro prestes a ser executado pela justiça do Estado, acusado de ter matado a esposa. Foi a própria Linden que o colocou na cadeia e agora que novos fatos parecem apontar sua inocência, começa uma batalha por parte da detetive para, no mínimo, adiar sua execução. Sarsgaard está um gigante em sua interpretação multifacetada. Vale mencionar também os atores que interpretaram os carcereiros, personagens comoventes em sua humanidade, nos dois sentidos que este termo possa ter.
Outro ator bem-vindo à série é Elias Koteas, que faz o papel do chefe de polícia que já teve um caso com Linden no passado. A detetive tinha se afastado da polícia para ter uma vida mais pacata, mas acaba aceitando com muito interesse o retorno às atividades, afinal, por mais que sua vida profissional tenha lhe custado a presença do filho, é o que ela gosta de fazer, sua obsessão.
Com relação à semelhança com TWIN PEAKS, explicitada principalmente na primeira temporada, há outra homenagem à cultuada série de Lynch, através da participação especial de Grace Zabriskie, a eterna mãe de Laura Palmer. Deixo meus parabéns a todos os envolvidos, principalmente aos roteiristas Veena Sud e Søren Sveistrup, este último criador da série original dinamarquesa, FORBRYDELSEN (2007-2012), que inspirou a versão americana.
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