sábado, setembro 29, 2012

A CASA SILENCIOSA (The Silent House)



O que o uruguaio A CASA (2010), de Gustavo Hernández, tinha de diferente e que chamou a atenção mundo afora foi o recurso do plano-sequência contínuo. Ou pelo menos simuladamente contínuo, como Hitchcock havia feito também em FESTIM DIABÓLICO tantos anos atrás. Mas o seu filme tem um roteiro tão simples e vazio que só tendo mesmo uma direção muito eficiente para que o trabalho de criação atmosférica compensasse o roteiro fraco, quase nulo.

Assim, eu já fui esperando que o remake americano, A CASA SILENCIOSA (2011), de Chris Kentis e Laura Lau, fosse no mínimo melhor. E de fato é, embora não o suficiente para se dizer que o resultado ficou bom. Além de uma produção mais caprichada – o que já é de se esperar -, o filme conta com o desempenho satisfatório, na medida do possível, de Elizabeth Olsen. A jovem atriz, que ganhou notoriedade com o ótimo MARTHA MARCY MAY MARLENE, faz o possível para que o filme ganhe um pouco de dignidade.

Mas, infelizmente, embora tenha alguns momentos de tensão, A CASA SILENCIOSA, a versão americana, é quase tão vazia quanto o seu pai uruguaio. O que só mostra que os olheiros de Hollywood muitas vezes quebram a cara ao se precipitar em pegar uma ideia relativamente boa e trazer para si.

Na trama de A CASA SILENCIOSA, Elizabeth Olsen está com o pai numa casa afastada da cidade, prestes a ser vendida. Eles pretendem passar a noite lá, mas coisas estranhas passam a acontecer. A começar por estranhos barulhos e em seguida o desaparecimento de seu pai. O resto é exercício de suspense e tensão e uso de câmera na mão seguindo o tempo todo a personagem. A surpresa no final é interessante, mas nada animadora, depois que o filme já perde a graça.

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