segunda-feira, novembro 07, 2011

O PREÇO DO AMANHÃ (In Time)



De boas ideias, Hollywood está cheia. Por mais que os remakes e as continuações queiram provar o contrário. E Andrew Niccol é um dos escritores mais originais de Hollywood. É uma pena que não seja tão bom na direção. Seu novo trabalho, O PREÇO DO AMANHÃ (2011), tem um ponto de partida muito interessante. Imagine um futuro em que as pessoas param de envelhecer aos 25 anos, mas que podem ganhar mais um ano através de trabalho ou doando ou recebendo tempo de outras pessoas, como num celular com bluetooth. Ah, e neste mundo, não existe moeda. A moeda é o tempo. Tempo é dinheiro, literalmente. E o relógio com a contagem regressiva da vida da pessoa está lá, em seu próprio braço.

Uma história dessas poderia ter rendido um grande filme se não fosse a direção fria de Niccol. Afinal, bons intérpretes o filme tem, muito embora eu tenha achado que a química entre Justin Timberlake e Amanda Seyfried não tenha sido muito feliz. Melhor seria se o par de Justin fosse a sua mãe, a gatíssima Olivia Wilde, que das poucas vezes em que aparece, torna o filme mais interessante. No mais, por mais movimentado que seja o thriller, o resultado é bem aquém do esperado. Um dos melhores momentos é a travessia do personagem de Timberlake para os outros fusos horários.

E falando no ator, ele tem se saído muito bem no cinema. Depois de um papel de destaque em A REDE SOCIAL e de uma ótima comédia romântica (AMIZADE COLORIDA), agora ele ataca de herói de filme de ação. E só não se saiu melhor por problemas de ordem superior, eu diria. Ele não chega a ser um ator de levar um filme nas costas, nem creio que chegará a ser um dia. O PREÇO DO AMANHÃ ainda conta com a presença de duas figuras conhecidas das séries de televisão: Johnny Galecki, de THE BIG BANG THEORY, e Vincent Kartheiser, de MAD MEN. Mas seus papéis são bem rasos.

P.S.: Está no ar a nova edição da Revista Zingu! Desta vez, o dossiê do mês é dedicado a Toni Cardi, o galã dos faroestes nacionais. E há também um especial em homenagem à Wilza Carla, falecida em junho deste ano. Contribuí justamente com dois textos de filmes com a Wilza: AS MASSAGISTAS PROFISSIONAIS, de Carlo Mossy, e O REI DA BOCA, de Clery Cunha. Não deixem de conferir. Link AQUI.

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