segunda-feira, maio 24, 2010
THE OFFICE - SEXTA TEMPORADA (The Office - Season Six)
O fundo do poço da série. Nem mesmo disposição para capricharem num episódio final, com cara de especial, os produtores e roteiristas tiveram. Uma pena. THE OFFICE era uma série tão boa no início. Dessas em que a gente começa a ver um episódio e quer ver outro e outro, logo em seguida. Durante a sexta temporada (2009-2010), eu já não tinha nem metade do ânimo. Às vezes passava mais de uma semana para ver o episódio baixado. Mas, afinal, o que aconteceu com a série? Eu diria que já foi explorada ao máximo. Só se tivessem coragem de mudar tudo e contratar uma nova equipe de roteiristas, quem sabe ainda se pudesse salvá-la. As primeiras temporadas se sustentavam muito no romance de Jim e Pam, mas também no frescor e na graça daquela novidade que era Michael Scott, o chefe sem noção e que encabeçava os momentos de vergonha alheia mais famosos da televisão.
Ainda assim, apesar de já bem resolvidos, foram de Jim e Pam os momentos mais legais desta sexta temporada. Tanto que renderam dois episódios especiais com uma hora de duração. "Niagara" mostra a ida da turma da Dunder Mifflin para o casamento de Jim e Pam nas Cataratas do Niágara, o que gerou uma série de situações engraçadas, como o caso de Michael com a mãe da Pam. O outro episódio duplo, "The Delivery", lida com o parto de Pam e também teve aquele toque especial. Mas são dois casos bem particulares numa longa temporada (25 episódios) onde predominou a mediocridade de ideias.
No aspecto da reestruturação da empresa, a filial de Scranton da Dundler Mifflin foi a única que sobreviveu à queda, por misteriosamente ter tido melhores resultados. Assim, ela foi comprada por uma empresa que vende impressoras e agora eles vendem não só papel. O episódio onde Michael descobre que vendedor ganha mais que gerente também ganha certo destaque. Kathy Bates, que vive aparecendo em várias séries de tv agora, é a chefona que estabelece novas regras. Mas como sempre, as coisas mudam para permanecerem praticamente do mesmo jeito. No território dos romances, o caso de Andy e Erin também foi interessante, mas não tem metade da graça do que foi Pam e Jim no passado. Tanto que não ganhou muito destaque. Por mim, a série acabaria agora mesmo, sem direito a sétima temporada.
Meu top 5 da temporada:
1. "Niagara". O belo final feliz, a imagem do casal Jim e Pam molhados nas Cataratas do Niágara, Kevin sem sapatos na festa, Michael sem quarto para dormir, Dwight dando em cima, com sucesso, da dama de honra.
2. "The Delivery". Pam tenta adiar o parto o máximo de tempo possível para não pagar muito no plano de saúde. Não deixa de ser uma denúncia velada ao caríssimo sistema de saúde americano.
3. "Double Date". Michael desiste da mãe de Pam, Helene, depois que descobre a idade dela. Destaque para o tapa que ele recebe de Pam no estacionamento do prédio.
4."Secret Santa". Michael fica cheio de mimimi quando Phyllis o substitui como o Papai Noel do escritório. O personagem é levado ao limite de sua ridicularidade neste episódio.
5. "Body Language". Michael dá em cima de uma de suas clientes, sendo inclusive encorajado por seus colegas, que acreditam que pela linguagem corporal ela está "dando mole". Novamente, é no estacionamento que acontece o melhor momento.
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