sexta-feira, abril 16, 2010
OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE
Sei lá. Acho que não gostei muito do filme a partir do título. Que eu teimava em esquecer. Perguntavam o que eu tinha visto e eu não lembrava direito. De todo modo, não deixa de ser um filme que tem o seu interesse. Até por ser um objeto estranho na cinematografia nacional. Estranho também o fato de o filme entrar em cartaz, ainda que em circuito bastante restrito e visto por uns gatos pingados. Nem no circuito alternativo paulista o filme durou, tendo saído de cartaz hoje, pelo que eu ouvi falar. Uma produção independente com um elenco desconhecido e recebido com pouco entusiasmo pelo público e pela crítica não poderia ter outro destino mesmo.
OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE (2010) tem os seus momentos interessantes, mas me passou uma sensação de curta-metragem esticado. Esmir Filho, o diretor estreante em longa, já tem um belo currículo de curtas premiados que podem ser conferidos no Porta Curtas. A trama do longa é um pouco confusa e requer um pouco mais de disposição por parte do espectador. Até porque a intenção do diretor era mesmo fazer uma obra mais desligada do mundo material e mais próxima dos sonhos ou de viagens com drogas. Achei interessantes as sequências da ponte, que tem uma misteriosa força de atração que leva as pessoas ao suicídio. Mas senti falta de mais vitalidade, embora isso talvez seja proposital, para acentuar a melancolia e a falta de rumo dos personagens.
O protagonista é fã de Bob Dylan e usa "Mr. Tambourine Man" como nickname no MSN. Conversa com uma garota que usa o nick "Jingle Jangle". A propósito, é impressão minha ou a geração atual anda carente de ídolos contemporâneos da música? Dia desses, vendo o trailer de AS MELHORES COISAS DO MUNDO, vi que a canção de destaque é cantada por Arnaldo Antunes, meio que um ícone dos ano 80 e 90. No caso de OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTE, há a identificação com Bob Dylan. Lembrando também que uma das jovens cantoras que mais apareceram na mídia nos últimos anos se destacou inicialmente pelo fato de gostar de Dylan e Johnny Cash. E eu que achava que a minha geração que era sem rumo.
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