sexta-feira, agosto 15, 2008
FEAR ITSELF - SPOOKED
A julgar pelos dois primeiros episódios, FEAR ITSELF não está se saindo nem mesmo como sombra do que foi MASTERS OF HORROR. Se eu já tinha achado fraco o primeiro episódio, THE SACRIFICE, de Breck Eisner, SPOOKED (2008), dirigido por Brad Anderson, conseguiu levar à série ao fundo do poço já no comecinho. Se bem que o poço pode ser ainda mais fundo, nunca se sabe. Mas não vou desistir da série não, até pela presença e respeito que eu tenho por cineastas queridos como John Landis e Stuart Gordon. Mas enquanto não chega a vez dos episódios deles, falemos um pouco sobre esse medonho SPOOKED, que até ganha um pouco de interesse nas cenas das memórias de infância do protagonista, mas a trama principal em si é um horror. No pior sentido do termo. Pelo menos dá para se estabelecer um elo de ligação com SOUNDS LIKE (2006), que Anderson dirigiu na segunda temporada de MASTERS..., que é a questão do medo provocado pelo ouvir.
Para refrescar a memória, SOUNDS LIKE trata de um homem que adquire uma super-audição, que vai se tornando insuportável até o limite de ele não agüentar mais. Pois bem, a questão do medo do som está novamente na trama de SPOOKED, que mostra um ex-policial e agora detetive particular decadente e alcóolatra (Eric Roberts) cuja especialidade é encontrar provas de traição para esposas que têm certeza que seus maridos estão as traindo. É nessa condição que uma atraente loira fatal - que por alguns minutos dá ao episódio um ar de film noir - que pede ao detetive que vigie a casa onde mora o marido, pois ela quer provas para incriminá-lo na justiça. Em vez de uma van estacionada em frente à casa, ela prefere que ele fique numa casa abandonada que fica justamente em frente à casa onde o marido dela dorme. A loira é interpretada por Cynthia Watros, mais conhecida de quem acompanhou a segunda temporada de LOST, onde ela fez o papel da psicóloga Libby.
SPOOKED é uma sucessão de clichês baratos de sustos, onde o detetive é apavorado por um homem que ele matou no passado e pelos próprios "esqueletos no armário", que remontam desde a infância. Aliás, o filme seria muito melhor se focalizasse apenas no trauma de infância do que em pregar sustos bestas, manjados e que aborrecem em vez de divertir, graças àquela montagem videoclípica que virou um cacoete do horror anos 90. E parece que a gente ainda vai demorar um pouco a se livrar desse tipo de edição. Não sei se Brad Anderson é apenas uma promessa que não deu certo ou se SPOOKED é uma prova da comentada falta de liberdade artística que a NBC tem submetido os diretores. Se ele surgia como uma promessa com o bom thriller O OPERÁRIO (2004), nada mais que eu vi dele me impressionou. Mas pode ser que ele ainda dê a sua virada, já que ele está com todo gás. Já tem um filme finalizado e em cartaz nos cinemas americanos chamado TRANSSIBERIAN (2008), que fracassou nas bilheterias americanas, mas provavelmente por ter estreado no mesmo dia de BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS. Mesmo com o fracasso, seus projetos futuros incluem um horror apocalíptico estrelado por Christian Bale (VANISHING) e um filme de serial killer (ALL LOST SOULS).
P.S.: Tem edição nova da Revista Zingu! no ar! O grande destaque dessa edição é o Dossiê Canarinho, o humorista que hoje é mais lembrado pelo seu papel do encrenqueiro no telefone público do programa A PRAÇA É NOSSA. Matheus Trunk fez uma entrevista com Canarinho. No mais tem INTERLÚDIO DE AMOR, de Clint Eastwood, resenhado pelo Aguilar, as já tradicionais seções da revista e uma surpresa pra mim: na seção Musas do Diniz, a escolhida do mês foi a querida Fernanda Takai. E falando em musas, Gabriel Carneiro fala sobre a fantástica Ingrid Bergman.
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