SOB O SOL DE TOSCANA (Under the Tuscan Sun)
Não estava nos meus planos ir ao cinema hoje. A idéia era me contentar com o DVD de CAÇADO que tinha alugado e passar o feriado em casa. O problema é que comecei a me sentir bastante inquieto e quis sair de casa. Não estava nem conseguindo me concentrar no filme do Friedkin, que, aliás, é muito bom. Tentei ligar pra Aleksandra (faz tempo que a gente não se vê), mas não consegui falar com ela em nenhum dos telefones. Aí tive a idéia de ligar para o Clauber pra gente tomar umas cervejas pra espantar o calor e botar o papo em dia, mas ele disse que tinha que ficar em casa estudando pra concurso e que cortou definitivamente as farras e bebedeiras. Tomara que ele consiga mesmo.
Antes de levar outro “fora”, ligando pra mais alguém, achei que a solução seria ver um filme no cinema, lugar perfeito para se esquecer das neuras e de mais difícil dispersão mental. Saí de casa pensando – mais uma vez - que não sou dono do meu destino coisa nenhuma: sou só uma marionete nas mãos do acaso, dos astros, dos deuses ou de outras forças superiores. De repente o verso “Fate / up against your will” da canção “The Killing Moon”, do Echo and the Bunnymen, fez todo o sentido pra mim.
No jornal O Povo de hoje saiu um texto animador sobre SOB O SOL DE TOSCANA, falando das citações a Fellini, além da capacidade de entretenimento e de encantamento que o filme provoca, mesmo se tratando de uma obra despretensiosa.
O engraçado é que o filme traz como protagonista uma mulher que se encontra sozinha e deprimida, depois de um difícil divórcio, e que se esforça para mudar o seu destino, para encontrar a alegria perdida. É quando ela ganha uma passagem aérea para um cruzeiro para Toscana, na Itália. As coisas começam a mudar na vida dela quando ela decide abandonar o ônibus da excursão e comprar uma casa caindo aos pedaços na cidade italiana.
A atriz principal é a linda Diane Lane, que já tinha me encantando com sua beleza madura em INFIDELIDADE. Uma pena ela só ter conseguido o seu pico de estrelato já com os seus quarenta anos, mas antes tarde do que nunca para Hollywood descobrir o talento e o encanto dessa mulher.
A sala do Espaço Unibanco estava lotada, acho que com 70% do público composto de mulheres, várias delas na faixa de quarenta a cinqüenta anos. Fiquei surpreso com a lotação pra um filme com tão pouco apelo comercial.
Voltando ao filme, SOB O SOL DE TOSCANA tem momentos radiantes como a cena em que Frances (Diane Lane) conhece um rapaz em Roma e eles têm um bonito affair. A cena dos dois se beijando na praia é bem bonita. Mas, diferente do que possa parecer, o filme não é bem um conto de fadas. Há lugar para o desencanto e a decepção também. A única coisa que desgostei foi do final. Achei que o diretor (ou roteirista) fez concessões que não deveria, deixando o final com cara de fim de novela das oito. Mas tudo bem. Não chega a estragar o filme todo.
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