segunda-feira, novembro 16, 2015
COMO SOBREVIVER A UM ATAQUE ZUMBI (Scouts Guide to the Zombie Apocalypse)
Com a moda de filmes, séries, games, quadrinhos e até passeatas de zumbis, COMO SOBREVIVER A UM ATAQUE ZUMBI (2015) se apresenta como mais um exemplar, dessa vez cômico, à luz da criação de George Romero. Depois de TODO MUNDO QUASE MORTO, ZUMBILÂNDIA e MEU NAMORADO É UM ZUMBI, para citar as comédias com zumbis mais famosas, chega a vez deste, que é bem divertido.
Na trama, três garotos que se conheceram ainda crianças num grupo de escoteiros e que hoje não são muito levados a sério pelas meninas da sua idade se envolvem numa situação inusitada: a cidade deles está tomada por zumbis. Eles descobrem isso depois que dois deles decidem abandonar o terceiro no acampamento para ir a uma festa secreta do pessoal do terceiro ano. A sorte é que o que eles aprenderam como escoteiros pode fazer a diferença.
Pode até ser apenas uma diversão meramente escapista, mas COMO SOBREVIVER A ATAQUE ZUMBI cumpre bem a sua função e ainda oferece momentos bem memoráveis, com sua mistura de comédia de zumbi com comédia adolescente herdeira dos anos 1980, estilo PORKY'S. Afinal, o que os rapazes querem mesmo é perder a virgindade e passar a ser mais respeitados pelos mais velhos da escola.
Pelo menos dois deles, inclusive, já achavam que estava mais do que na hora de abandonarem essa vida. O empecilho era o terceiro da turma, o gordinho (sempre tem um gordinho em filmes de adolescentes dos anos 80, não é?), está prestes a receber uma medalha do líder e a dupla não quer estragar a alegria dele. Não naquele momento.
O filme mostra o planeta contaminado por um vírus que transforma pessoas em zumbis – a ideia de um vírus de laboratório faz lembrar o clássico A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS, que tem um senso de humor todo especial. E há aqui toda aquela coisa que estamos acostumados a ver no gênero que já serviu tanto para filmes dramáticos quanto para comédias mais escrachadas.
Portanto, encontrar uma novidade nesse filão é difícil, e por isso devemos reconhecer os méritos deste trabalho de Christopher Landon, de ATIVIDADE PARANORMAL – MARCADOS PARA O MAL (2014). Ele não chega a inventar a roda, mas constrói uma narrativa redondinha, com personagens carismáticos (o jovem Tye Sheridan ainda deve se tornar um grande astro) e sem medo de usar piadas escatológicas e gore para compor o seu quadro de horrores.
Mas o horror ganha contornos suaves com a presença de Sarah Dumont, moça bela e de voz rouca como a Jennifer Lawrence, que trabalha em uma boate de strip-tease e que representa um exemplo de mulher ao mesmo tempo amiga e capaz de despertar o desejo dos rapazes, que não são de ferro. A cena do beijo, apesar de curta, não deixa de ser bem gratificante de ver.
Mas o filme será mesmo lembrado por certas cenas envolvendo órgãos genitais, sexo oral, pessoas defecando, peitos enormes e coisas do tipo, coisas que casam muito bem com a ação e o sangue que pintam a tela de vermelho diversas vezes.
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