terça-feira, setembro 03, 2013
OS ESTAGIÁRIOS (The Internship)
Tirando o fato de ser uma grande propaganda do Google e de também ter um enredo que lembra bastante o superior UNIVERSIDADE MONSTROS, animação da Pixar, OS ESTAGIÁRIOS (2013), de Shawn Levy, é um simpático filme sobre superação, que não chega a emocionar quanto o anterior do diretor, GIGANTES DE AÇO (2011), mas que certamente deve deixar muito marmanjo se sentindo nos sapatos dos protagonistas.
Isso porque muita gente que vai ver o filme viveu o tempo em que não existia internet e sabe o quanto o mercado atual privilegia os mais jovens, deixando os mais experientes com caras de tiozões que devem já estar numa posição bem elevada da escala econômica da sociedade capitalista. Vince Vaughn (que também assina o roteiro) e Owen Wilson representam os caras que não se incomodam com o que os outros vão pensar e, excelentes vendedores que são, se metem num negócio que a princípio nada sabem.
Como eles fazem parte de um grupo que é tido como o grupo dos fracassados dentre os que lutam por vagas de estagiários no Google, é bem justa a comparação com UNIVERSIDADE MONSTROS, e a já esperada superação no final. Imagina se fosse um filme que os retratasse perdendo e indo de volta para os subempregos ao final? Seria até interessante, mas definitivamente passaria longe dessa produção feita para toda a família e com fortes interesses em colocar o Google como uma das maiores invenções da era da internet.
Além do mais, o filme conta com o carisma e a simpatia de seus protagonistas. Os dois convencem bastante como amigos de longa data. Até por terem feito PENETRAS BONS DE BICO, de David Dobkin. Há também a beleza e o charme de Rose Byrne, como o interesse amoroso do personagem de Wilson. A história dos dois funciona melhor quando ela dá um gelo nele do que quando ela passa a gostar dele, mas está valendo. O elenco de apoio também está muito bom (Dylan O’Brien, Aasif Mandvi, Max Minghella, entre outros).
Enfim, não é um filme imperdível, mas certamente é daqueles de deixar o público relaxado e dando poucas mas boas risadas. Além do mais, dá para refletir sobre o concorrido e cruel mercado americano, ainda que o individualismo, uma das marcas do capitalismo, encontre aqui a necessidade da união para se sustentar.
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