terça-feira, dezembro 28, 2010

AMOR POR CONTRATO (The Joneses)



Um típico exemplo de filme que começa bem, mas que vai deslizando até cair no lugar comum e ter uma conclusão totalmente sem graça. Assim é este AMOR POR CONTRATO (2010), que parte de um ótimo argumento e ainda conta com a presença deslumbrante de Demi Moore (aliás, o que é que esta mulher faz para continuar tão linda?). E há que se dar o devido crédito também a David Duchoviny, que conseguiu sair da pele do agente Fox Mulder (ARQUIVO X), fez sucesso na televisão com outra série (CALIFORNICATION), mostrando versatilidade também para comédias e de vez em quando se sai bem no cinema.

AMOR POR CONTRATO é filme de um diretor estreante (Derrick Borte), que já errou a mão logo em seu primeiro trabalho. E como ele também é roteirista do filme, podemos pôr a culpa de todas as falhas nele. Sua obra de estreia traz uma família bem diferente. Para quem entra “virgem” no cinema, isto é, sem ter visto o trailer nem ter lido nada a respeito, deve a princípio estranhar o comportamento da família em sua intimidade. Pra começar, o marido não dorme na mesma cama da esposa. Se bem que isso é bem comum. O que não é comum é a filha adolescente (Amber Heard) entrar nua no quarto do "pai" para seduzi-lo. Mas a essa altura até o espectador mais avoado deve estar sabendo que aquela família é fake.

A função deles é vender. Não exatamente objetos, mas um estilo de vida. Assim, eles se exibem como uma família bela e perfeita, com roupas, perfumes, bebidas, tacos de golfe, aparelhos celulares etc, a fim de que todos naquela cidade fiquem seduzidos a ponto de comprarem tudo que eles endossam. O filme até daria um belo estudo de marketing ou do consumismo americano, se não tivesse um final capenga. Infelizmente, o diretor erra a mão ao apelar, sem sucesso, para clichês de comédias românticas. Ou tentou uma variação da fórmula que não funcionou.

Entre os coadjuvantes, destaque para o personagem de Gary Cole, que já havia feito um papel meio loser na série ENTOURAGE.

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