segunda-feira, setembro 20, 2010

JORNADA NAS ESTRELAS II - A IRA DE KHAN (Star Trek: The Wrath of Khan)



Ao contrário do que eu esperava, não gostei mais de JORNADA NAS ESTRELAS II - A IRA DE KHAN (1982) do que do primeiro filme, de 1979. O que é uma pena, tendo em vista que este é o filme mais incensado pelos fãs. Se não me falha a memória, eu já tinha visto antes, na era do vhs. A cena da "morte" do Spock no final me pareceu tão canastrona por parte de William Shatner e Leonard Nimoy que parece teatrinho de escola. Aliás, o filme já começa com um tom propositalmente canastra, quando a personagem de Kirstie Alley, a capitã Saavik, também uma vulcana como Spock, participa de uma simulação com os demais membros da tripulação. Todos estavam fingindo e logo se percebe que há algo de estranho ali. Quando vemos que aquilo ali não é de verdade é que o filme ganha o tom que nos é familiar.

Ainda assim, as cenas em que Spock e Kirk demonstram a sua amizade soam um pouco forçadas, tentando dar suporte às cenas finais. Quanto ao eixo principal da trama, que é a briga entre a tripulação da Enterprise e um velho inimigo de Kirk, Khan (Ricardo Montalban), que sequestra Chekov e outro tripulante da Enterprise, quando eles faziam uma missão de reconhecimento para um projeto chamado Gênesis, não me pareceu tão empolgante. Gênesis, como o próprio nome indica, trata-se de um projeto de criação de vida em questão de minutos dentro de um planeta inabitado. Vida semelhante à vida na Terra. Interessante que mais uma vez a série trata de lidar com assuntos de natureza metafísica. Neste segundo filme, o homem se assemelha a Deus, graças à sua inteligência evoluída e aos progressos da ciência.

Nos extras do dvd, o compositor James Horner esclarece os temas de Kirk e Khan, que funcionam bem, principalmente na sequência final de batalha entre as duas naves, quando os dois temas se misturam numa harmonia curiosa, mas que passa desapercebida por quem está ligado apenas na ação. Alguns extras só interessam a trekkers, como aquele que mostra as roupas e armas usadoa pelos personagens dos filmes e da série. O tributo a Ricardo Montalban é apenas o diretor Nicholas Meyer falando de seu respeito pelo ator, velho conhecido de quem se lembra de A ILHA DA FANTASIA. A remasterização digital fez com que o filme ficasse novo de novo e mostra a importância de vê-lo no cinema. Ou numa televisão de tamanho maior.

P.S.: Ontem foi a estreia de BOARDWALK EMPIRE na HBO americana, com o primeiro episódio dirigido por Martin Scorsese. Logo, é uma série que deve atrair a atenção até de quem não acompanha séries. Vamos ver se é tudo que se espera.

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