sábado, maio 31, 2008
LOST - A QUARTA TEMPORADA COMPLETA (Lost - The Complete Fourth Season)
A temporada passada de LOST foi bastante criticada e chegou a perder boa parte da audiência devido à irregularidade na qualidade dos episódios, mas pra mim, fã da série, os episódios fracos não chegaram a me incomodar e fui fiel até o fim. Pra mim, sempre foi muito prazerosa, tanto no quesito "relacionamentos", quanto no aspecto misterioso e de ficção científica. E valeu a pena a minha fidelidade à série, pois aquela fantástica season finale da terceira temporada, que apontava um novo rumo, que é o de mostrar não mais o passado, mas o futuro dos personagens, deu um gás impressionante nessa quarta temporada (2007-2008). Tanto que, mesmo com os problemas relativos à greve dos roteiristas - que abalou as estruturas das séries de televisão em geral e gerou um hiato que não estava nos planos dos produtores - a nova temporada, dessa vez mais compacta, foi um verdadeiro presente para os fãs.
Achei lindo o fato de o presente, o passado e o futuro se unirem de uma maneira tão harmoniosa do primeiro ao último episódio, que foram deixando pistas, mas ao mesmo tempo, buracos a serem preenchidos pelo espectador. Já no primeiro episódio, encabeçado pelo Hurley, ficamos sabendo que seis tripulantes do avião caído na ilha retornaram para suas casas, conseguiram sair de lá. Aos poucos vamos sabendo quem são esses seis e o que eles se tornam quando voltam da ilha. Quer dizer, ao mesmo tempo que nos perguntávamos como eles conseguiram sair, ficava no ar a pergunta em relação aos que ficaram. Enquanto muitas perguntas foram respondidas, novas foram surgindo. E essas novas dizem respeito mais ao que acontecerá com a série nas próximas duas temporadas. Será que essa estrutura de flashbacks e flashforwards desaparecerá? Será que a quinta temporada será uma espécie de "Lost - O Resgate"? Pode até ser, mas acho difícil a série se desapegar desses saltos temporais que fazem parte do charme de LOST.
Nessa temporada, novos rostos aparecem. Cinco novos rostos: as pessoas que supostamente estariam ali para resgatar os "perdidos". E alguns desses personagens com certeza aparecerão novamente na quinta temporada, principalmente Charlotte, que merece um flashback só para ela para esclarecer a sua ligação com a ilha. Ben, que era o grande vilão da série, acabou se tornando um sujeito até que mais simpático, embora não seja exatamente o "good guy" que disse ser no momento em que ele, liderando os "outros", capturou Jack, Kate e Sawyer no finalzinho da segunda temporada. E como já sabemos de seu passado negro, fica difícil confiar nele, embora às vezes seja necessário, como percebe o sábio Locke, que age sempre movido por uma espécie de intuição. O novo vilão da trama é um homem chamado Charles Widmore, pai de Penelope, a "alma gêmea" de Desmond, o grande herói romântico da série. Fico me perguntando se Desmond terá o mesmo destaque na próxima temporada ou se deixará de fazer parte do elenco principal. Considero-o um personagem muito bom para ser simplesmente descartado. Nessa temporada, outro episódio marcante, "The Constant", é centrado nele. Pra variar, é mais um episódio de Desmond que lida com viagens no tempo.
Quanto às mortes, toda temporada tem das suas e essa não foi exceção. E bem ou mal, elas são necessárias para que a série continue com sua dinâmica e possa abrir espaço para novos personagens, ainda que os protagonistas da série (Jack, Kate, Sawyer, Locke, Hurley, Sayid, Sun) continuem recebendo mais atenção dos roteiristas que os demais. Claire, por exemplo, foi relegada a segundo plano nessa temporada, e Michael, por mais que seu retorno tenha sido bastante esperado, é um personagem que parece já ter cumprido o seu papel. O pai de Jack e Claire é que continua sendo um grande enigma. Suas aparições, desde o início da série, foram deixando de ser meras alucinações de Jack para se tornarem algo que deva-se dar a devida atenção.
O último episódio, de três horas, mas dividido em duas partes, de nome "There's no place like home", é o que une e preenche os vários buracos deixados desde o final da terceira temporada, o que mostrava Jack drogado e totalmente perturbado, querendo voltar para a ilha. E é exatamente desse ponto que começa a season finale, os episódios conjugados 13 e 14. Sempre ver Jack e Kate juntos me dá muito prazer, pois embora Sawyer tenha se mostrado cada vez mais heróico e "gente boa" nessa temporada, a química de Jack e Kate ficou eternizada desde o piloto, quando ele pediu para que ela fizesse alguns pontos na ferida em suas costas. E ver os dois felizes e juntos, ainda que num curto espaço de tempo, no episódio "Something nice back home" me deu muito prazer de ver. O episódio "Eggtown", que mostrou o julgamento de Kate, também está entre os meus favoritos. No quesito ação, a coisa esquentou nesses últimos episódios e os dois personagens que mais agiram como heróis de ação nesse quesito foram mesmo Sayid e Sawyer em momentos eletrizantes. Quanto ao caixão, o perturbador caixão contendo um dos passageiros do Oceanic, que apareceu no final da terceira temporada, finalmente é revelado no finalzinho da quarta. E a imagem de quem está lá não deixa de ser chocante.
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