segunda-feira, dezembro 03, 2007
FAMÍLIA SOPRANO - A PRIMEIRA TEMPORADA COMPLETA (The Sopranos - The Complete First Season)
A semana foi fraca de filmes. Não vi as principais estréias devido ao trabalho e ao cansaço, não vi nenhum filme do festival de cinema francês e o saldo semanal foi de apenas dois títulos: um no cinema, outro na televisão. Pelo menos consegui, finalmente, terminar de ver a primeira temporada de FAMÍLIA SOPRANO (1999). Provavalmente por causa da repercussão entusiasmada dos fãs, criando em mim uma grande expectativa, acabei me decepcionando um pouco com a primeira temporada dessa que é considerada por muitos a melhor série já produzida pela televisão americana. Já estou com a segunda temporada toda completa em casa me esperando, mas sinceramente duvido muito que vá gostar de FAMÍLIA SOPRANO tanto quanto gostei de A SETE PALMOS. Talvez o fato de eu tê-la assistido em esquema de revezamento com outras séries (BIG LOVE, DEXTER, PRISON BREAK, HOUSE, THE OFFICE) tenha prejudicado um pouco a apreciação. Por isso, vou deixar pra ver a segunda só quando tiver terminado de ver as outras, para ver se eu me envolvo um pouco mais com os personagens, vendo os episódios em seqüência.
Acredito que envolvimento é essencial em se tratando de séries. Por isso, uma temporada de apenas 13 episódios, sendo a maioria deles centrado quase que exclusivamente em Tony Soprano (James Gandolfini), talvez não seja suficiente para uma maior aproximação entre espectador e personagens. E como a maioria deles são mafiosos que escondem seu "verdadeiro eu" em personas agressivas típicas da máfia italiana, fica faltando um outro elo de identificação ou de empatia com o espectador que não seja Tony. Das mulheres, duas se destacam: Carmela Soprano (Edie Falco), a esposa de Tony, e a sexy psiquiatra Dra. Jennifer Melfi, interpretada por Lorraine Bracco. Há também a velha, a mãe de Tony, que ele tenta tratar com carinho, mas que depois mostra não ser flor que se cheire. Há também um velho vaidoso que quer ser o chefão, o Tio Junior. Mal sabe ele que Tony está apenas o usando como bode expiatório.
Quanto aos episódios mais memoráveis, eu destacaria aquele em que Tony viaja com sua filha, Meadow, e acaba encontrando um antigo desafeto pelo caminho e mostrando que ele é capaz de fazer com as próprias mãos os "serviços" que ele normalmente manda os seus capangas desempenharem. Aliás, Tony Soprano, aos poucos vai se mostrando um personagem cada vez mais fascinante, até pela sua fragilidade mais ou menos assumida - pelo menos ele teve coragem de consultar um psiquiatra para resolver os seus ataques de pânico. Logo, FAMÍLIA SOPRANO seria OS BONS COMPANHEIROS da geração Prozac, embora as tradições que eles carreguem tenham ficado meio que estacionadas na década de 50. Tio Junior, por exemplo, fica puto quando a sua amante começa a espalhar por aí que ele pratica sexo oral nela. Para ele, isso é motivo de vergonha. Lá pelo final da temporada, a série vai ganhando ares de tragédia shakesperiana, com membros da própria família sendo mandantes ou suspeitos de matar os outros. Apesar de ter gostado, aguardo melhoras nas próximas temporadas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário