sexta-feira, abril 06, 2007

PRISON BREAK - A SEGUNDA TEMPORADA COMPLETA (Prison Break - The Complete Second Season)



Quando PRISON BREAK surgiu, muitos - inclusive eu - pensavam: como essa série vai se agüentar por mais de uma temporada? Afinal, a série era sobre um sujeito que ia preso com o objetivo de tirar de qualquer maneira o irmão condenado à cadeira elétrica. Errou quem achou que a série acabaria quando Scofield, seu irmão e mais outros ex-detentos fugissem da Penitenciária Estadual de Fox River. Se a primeira temporada era uma atualização dos filmes de prisão, a segunda seria uma atualiação da série O FUGITIVO.

PRISON BREAK pertence a essa nova era da televisão onde deve existir uma maior fidelidade do espectador com a série. Não basta ver apenas um episódio aleatoriamente e ao acaso como nos tempos de ARQUIVO X. A necessidade de continuidade requer que o espectador acompanhe todos os episódios quase que religiosamente. Não que PRISON BREAK seja uma série difícil de se acompanhar quando se perde um episódio, mas o ideal é não perder nenhum.

Nessa segunda temporada, depois de fugirem da penitenciária, Scofield, Lincoln e mais seis homens tentam fugir da polícia, dos mafiosos, de um ex-carceireiro demitido de Fox River e, principalmente, do misterioso agente do FBI Alexander Mahone (William Fichtner). Mahone é a grande mudança nessa segunda temporada. O personagem foi desenvolvido com o objetivo principal de rivalizar com a inteligência de Michael Scofield. Mahone consegue prever muitos dos passos que Scofield e outros detentos dão tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos - os últimos episódios se passam no Panamá.

Alguns desses fugitivos morrerão ao longo da temporada, outros continuam por um bom tempo mas nem sempre aparecendo em todos os episódios, como é o caso do ex-soldado Benjamin Franklin, do psicopata T-Bag e do apaixonado Fernando Sucre, que sonha com sua amada mais do que qualquer dinheiro do mundo. Não poderia faltar nessa temporada o par romântico de Scofield, a linda e maravilhosa Dra. Sara Tancrendi, que se torna também uma marginal, uma procurada pelos bad guys por ter contribuído com a fuga de Scofield ou por ter relação com ele. A primeira vez que eles se vêem fora da prisão é emocionante. Mas como toda série, seja drama, seja suspense, sobrevive de desgraças e contratempos, há a todo instante algo que impede os dois de terem algum momento de paz.

Inclusive, percebe-se que Scofield é viciado em adrenalina e talvez aquela vida cheia de emoções seja tudo que ele pediu a Deus, sem saber. Tanto que nos poucos momentos de trégua da série, como quando ele foge com o irmão para o Panamá, Scofield está com um misto de tédio e de tristeza por ter deixado para trás tanto sua amada quanto um psicopata como o T- Bag. Aliás, que ótimo ator é esse Robert Knepper. Seu T- Bag é totalmente abominável e repulsivo, ainda que em alguns momentos seja digno de pena.

Comparada com a primeira temporada, PRISON BREAK caiu um pouco nesse segundo (2006-2007) ano, mas pra mim ainda continuou ótima e em nenhum momento sequer a série chega perto de aborrecer. Agora há uma forte tendência de piorar na terceira temporada (já confirmada pela FOX), mas suspeito que eles vão arranjar algum meio de não deixar a peteca cair. Pelo menos por mais um ano.

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