quarta-feira, outubro 12, 2005

A CARTOMANTE

 

Impressionante como esse filme é ruim. Quer dizer, não é um tipo de filme que vai te deixar aborrecido ou entediado, dá pra ver até o fim. Mas pode te deixar constrangido e se perguntando como tanta gente boa se permite participar de um negócio desses. Talvez o nome de Machado de Assis tenha servido como espécie de meio para enganar o elenco. Ah, mas que bobagem a minha: as pessoas trabalham por dinheiro também. 

A CARTOMANTE (2004), de Wagner de Assis e Pablo Uranga, é uma espécie de thriller sobre o destino, sobre pessoas desorientadas que precisam de algo ou alguém para lhe guiar. Por isso, a personagem de Deborah Secco, a mais desorientada de todas, escolhe três vias de orientação: além de olhar o horóscopo todos os dias, ela ainda faz consulta com uma analista (Silvia Pfeifer) e ainda vai até uma cartomante. Ela quer saber se vai mesmo casar com o noivo (Ilya São Paulo), se vai ser feliz etc. A coisa se complica pra ela, quando aparece em sua vida uma paixão arrebatadora na figura de Luigi Baricelli. O rapaz havia passado por uma experiência traumática ao se envolver com uma maluca que quase o matou com comprimidos de ecstasy (Giovanna Antonelli, em papel ridículo). 

Existe uma regra que diz que filme ruim que não tem mulher pelada não merece ser visto - bom, só uma tomada de um dos seios da Deborah Secco não vale. A CARTOMANTE faz parte dessa vergonhosa lista de filmes que desmerecem o espectador com esse tipo de sem-vergonhice. E eu ainda passei o filme inteiro esperando pela participação da Mel Lisboa. Sou fã dessa menina. Já tinha até desistido, quando ela aparece em close, no final, falando umas bobagens durante menos de um minuto e o filme acaba. Sou da teoria de que esse filme foi feito exclusivamente pra fazer todo mundo de palhaço. Ainda bem que eu não paguei pra ver. Gravado da Globo.

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