terça-feira, outubro 14, 2003

LUNA CALIENTE



Sexta-feira a Globo exibiu LUNA CALIENTE, de Jorge Furtado, naquele festival de filmes brasileiros. Na verdade, LUNA CALIENTE, apesar de ter sido realizado em película (linda fotografia!), já tinha passado na Globo em formato de mini-série. Mas na época que passou, eu não vi. Uma pena porque eu devo ter perdido alguma coisa com os cortes para a edição em longa, que nem é tão longo assim. Por isso, tenho dúvidas se realmente houve cortes. De qualquer maneira, a trama ficou bem redonda no formato longa-metragem.

A melhor coisa do filme é mesmo a beleza estupenda da sensualíssima Ana Paula Tabalipa. Onde foi que acharam essa moça, hein? Ela confere veracidade à personagem por causa da sua beleza hipnotizante.

A história de LUNA CALIENTE tem elementos de suspense à Hitchcock, coisa que Jorge Furtado também exploraria com sucesso no maravilhoso O HOMEM QUE COPIAVA. O sobrenatural também está presente sutilmente na trama, seja pela lua enorme e enfeitiçadora, seja pela performance vampiresca de Elisa, a personagem de Ana Paula Tabalipa.

Não dá pra contar a trama, que é cheia de surpresas e reviravoltas, mas começa mais ou menos assim: Paulo Betti é um exilado político que volta pra sua cidade natal no Rio Grande do Sul, pede emprestado o carro do amigo (Chico Diaz) e vai visitar um velho amigo de seu pai (Tonico Pereira). O que ele não sabia era que a filha do velho estava tão linda e tão cheia de sex appeal. O apelo erótico é tão forte que ele não resiste e entra no quarto da moça à noite. A cena da menina gemendo enquanto ele a acaricia com um puta tesão é das cenas mais sensuais e belas que eu já vi. Quase tão boa quanto as cenas de LUCIA E O SEXO, pra citar um exemplo de primeira qualidade.

Hitchcock parece ser a grande influência mesmo para o filme de Furtado. (Ele assina o roteiro junto com Carlos Gerbase e Giba Assis.) Assim como a gente é cúmplice dos crimes dos personagens principais de filmes como PSICOSE ou MARNIE, em LUNA CALIENTE, estamos junto com o personagem de Paulo Betti nessa tragédia de erros.

Uma pena a Globo não ter lançado esse filme nos cinemas. Na época (1999), a emissora não tinha coragem de produzir e distribuir filmes que não fossem do Renato Aragão ou da Xuxa. Mesmo assim, na telinha o filme não perde a força não.

E alguém tem notícias da Ana Paula? A do filme, eu quero dizer.

PS: Viram as fotos que eu coloquei a partir dos links com o nome da moça? Se gostaram, visitem o álbum de fotografias.

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