domingo, dezembro 25, 2016
ROGUE ONE – UMA HISTÓRIA STAR WARS (Rogue One)
E, diferente do que aconteceu com o último filme da franquia Star Trek, não bastou J.J. Abrams ficar na produção de ROGUE ONE – UMA HISTÓRIA STAR WARS (2016) para que o filme fosse um sucesso de crítica e aceitação. Aliás, sucesso é uma coisa relativa, já que as críticas à obra dirigida por Gareth Edwards têm sido mistas. Mas como não estou aqui para falar das críticas, falemos das minhas impressões, ou melhor, dos motivos pelos quais eu não gostei do filme. Ou pelo menos não gostei tanto quanto gostaria.
ROGUE ONE é o primeiro spin-off de Star Wars para o cinema. A franquia já havia se expandido para os quadrinhos e para a literatura há muito tempo e depois para as animações para a televisão. Com a compra da Disney dos direitos dos personagens criados por George Lucas, era só questão de tempo que essa expansão também chegasse aos cinemas. Afinal, uma coisa que se constatou é que mesmo com episódios fracos dirigidos pelo próprio criador a série se mantém muito querida por uma legião de fãs das mais variadas gerações.
Como uma história independente, ainda que tenha algo que a liga a um dos filmes da saga, ROGUE ONE perde pontos em comparação com STAR WARS: EPISÓDIO VII – O DESPERTAR DA FORÇA (2015) pela falta de personagens carismáticos e por trazer sequências de ação que mais causam sono do que entusiasmo. O terço final do filme parece um videogame em que você não é convidado a jogar. E com uma música orquestrada das mais genéricas entre os filmes de ação de Hollywood. Michael Giacchino, parceiro de Abrams desde os tempos de LOST (2004-2010), já foi mais inspirado.
Na trama, Felicity Jones é Jyn Erson, filha de um homem que pertencia a uma facção rebelde de resistência contra o malvado Império. No começo do filme somos apresentados a ela ainda criança. Agora adulta, ela não está muito interessada em participar de grupos rebeldes, mas acaba voltando a lidar com um grupo de resistência por causa de seu contato com o lendário líder Saw Gerrera (Forrest Whitaker). Uma série de situações fará com que lidere um grupo suicida para chegar até uma base do Império a fim de destruir a Estrela da Morte, criada por seu pai (Mads Mikkelsen).
O estilo de interpretação ruim que já é característico da franquia fica ainda mais evidente em ROGUE ONE, com o diferencial que temos atores do naipe de Whitaker fazendo cenas patéticas de tão ruins – caso de sua última aparição no filme, principalmente. Ainda assim, Felicity Jones se destaca e está bem no papel principal, chegando a destoar do restante do elenco.
Quem também se destaca, mas para trazer um senso de humor que funciona no filme em diversos momentos, é o sarcástico robô K-2SO, que costuma sempre fazer cálculos pessimistas. É também uma boa sacada o fato de ele ser um robô criado pelo Império mas modificado pela Aliança Rebelde. Star Wars acaba ganhando, assim, mais um simpático robô para sua já bela galeria de seres de metal inteligentes e fofos.
A trama se passa pouco antes dos eventos de GUERRA NAS ESTRELAS (1977), o primeiro filme da série, depois rebatizado como STAR WARS: EPISÓDIO IV – UMA NOVA ESPERANÇA. Assim, há a presença de vários elementos familiares aos fãs e também a pessoas não tão fãs que tem acompanhado os filmes ao longo dos anos. O próprio Darth Vader marca presença, inclusive.
No mais, é esperar o veredito do tempo: se ROGUE ONE será esquecido e mal visto até mesmo por quem gostou dele e o elogiou ou se entrará para o rol dos filmes da série que até hoje são mal-afeiçoados, como foi o caso de STAR WARS: EPISÓDIO I – A AMEAÇA FANTASMA (1999). De todo modo, isso não diminui o interesse pelo próximo episódio, a ser lançado em 2017, que já conta com personagens carismáticos e uma equipe de confiança, embora, saibamos, tudo pode acontecer.
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