sábado, setembro 24, 2005
PROVOCAÇÃO (The Door in the Floor)
Não sei o que está acontecendo com a programação dos cinemas nas últimas semanas. É impressionante como parece que os programadores têm escolhido a dedo os piores filmes para serem lançados. Pode ser que eu esteja exagerando, mas é isso que eu sinto no ar. Pode ser que seja por causa dos festivais internacionais de cinema do Rio e de São Paulo, que acabam deixando alguns filmes importantes de molho.
Outra observação que eu não vou resistir e fazer diz respeito aos títulos brasileiros. Um título belo e poético como THE DOOR IN THE FLOOR recebeu um título ridículo e totalmente equivocado aqui no Brasil: PROVOCAÇÃO (2004). Quer dizer, só pode ser provocação. Taí. Acabei de encontrar um sentido para o título brasileiro.
PROVOCAÇÃO é um filme que vale mais pela boa performance do elenco (Jeff Bridges, Kim Basinger e o jovem Jon Foster) do que por suas qualidades fílmicas. No elenco, tem uma garotinha que é uma gracinha, que eu iria chamar de versão genérica da Dakota Fanning, se eu não ficasse sabendo há pouco que a menina (Elle Fanning) é irmã caçula da Dakota. Parece mesmo com ela. E continuando as observações superficiais (e um tanto maldosas, dessa vez), o filme também traz Mimi Rogers, que já foi Sra. Tom Cruise no passado. Considerando que ela aparece nua no filme (e já está meio caída) e Tom Cruise agora está com uma garota muito mais jovem e bonita (Katie Holmes), diria que esse negócio de trocar freqüentemente as parceiras por "novos modelos" parece ser um excelente negócio. Ok, eu sei. Fui muito cafajeste com essa observação. Mas vamos em frente.
PROVOCAÇÃO é baseado no livro "Viúva por um Ano", de John Irving, e conta a história de um casal (Bridges e Basinger) que se separa depois da crise no casamento gerada pelo acidente de automóvel que matou seus dois filhos. Um detalhe que chama a atenção no personagem de Jeff Bridges é a extrema falta de vergonha em mostrar o corpo nu. Ele é escritor e, nas horas vagas, gosta de pintar também, inclusive, mulheres nuas. O personagem do rapaz que se apaixona por Kim Basinger (Jon Foster) é também interessante. O garoto não perde uma chance pra se masturbar pensando na coroa. Ele é chamado para trabalhar como motorista e assistente de revisão de textos para o casal durante a separação e acaba tendo um caso com a patroa.
Tirando o final, que revive um pouco o acidente traumático dos dois filhos do casal, o filme inteiro faz com que nos sintamos dopados. Seria um caso de título recomendado para pessoas com insônia. O filme tem um senso de humor um pouco estranho e meio deslocado em certas ocasiões. Como na cena em que Mimi Rogers corre feito louca atrás de Jeff Bridges. Em vez de uma música alegre de comédia, ouvimos uma canção triste, gerando uma sensação de estranheza no ar. PROVOCAÇÃO é um filme irregular, mas que tem seus bons momentos, como o plano final, digno de nota.
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