HELLBOY
Parece que Guillermo Del Toro não vai mais conseguir fazer um filme tão bom quanto o seu primeiro longa-metragem, CRONOS (1993), que eu considero uma obra-prima. Tirando esse primeiro filme, nunca fui muito fã de seu trabalho. Gosto de A ESPINHA DO DIABO (2001), mas não acho excepcional. MUTAÇÃO (1997) me pareceu mais interessante depois de rever uns trechos na tevê dias atrás. E BLADE 2 (2002) eu achei chato pra cacete - parece videogame.
Já HELLBOY me deu sono. Tá certo que eu estava mesmo com um pouco de sono quando fui conferir a primeira sessão do dia, mas pra um filme recheado de cenas de ação, bem que poderia me acordar. Mas aí é que está: paradoxalmente, os filmes de ação hollywoodianos ultimamente têm sido os mais tediosos. Principalmente esses cheios de explosões e efeitos especiais. Vez ou outra é que temos a sorte de assistir uma boa produção que realmente empolga.
A melhor parte de HELLBOY é a introdução, que mostra o aparecimento do "Hell-baby" na Terra. A cena ficou boa e, seguida dos créditos iniciais, até dá a impressão de que veremos um grande filme. A cena do Hellboy no teto, conversando com um garoto, também ficou interessante. Gostei dos personagens. O anfíbio Abe Sapien ficou perfeito; a pirocinética Liz Sherman também ficou interessante, ainda que tenha ficado com cara de mutante dos X-Men; o vilão, bem que poderia ser melhor explorado no sentido aterrorizante da coisa, já que um cara que arranca as próprias pálpebras e lábios não pode ser algo além de aterrador.
Infelizmente as cenas de luta são chatas. Aquele monstrão mistura de Alien com Predador também é um saco. Pelo visto Del Toro vai dirigir a continuação. Quem sabe ele melhora na segunda parte.
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