sábado, janeiro 21, 2012

STAKE LAND – ANOITECER VIOLENTO (Stake Land)



Acredito que o que mais tenha me desagradado em STAKE LAND – ANOITECER VIOLENTO (2010), de Jim Mickle, tenha sido a sensação de já ter visto aquilo antes. Já vi muitos filmes sobre universos apocalípticos povoados por criaturas estranhas, parecidas com zumbis. E, atualmente, com uma série de qualidade como THE WALKING DEAD passando na televisão, estou ficando mais exigente com relação a filmes do tipo.

Não que STAKE LAND não tenha suas qualidades. O filme é redondinho e os zumbis não são exatamente zumbis, mas vampiros selvagens, como os vistos em outro trabalho recente, PADRE. Mas em STAKE LAND há uma tentativa de se fazer também algo mais intimista, como em A ESTRADA, mas sem atingir o grau de sensibilidade do filme de John Hillcoat. Há em ambos as figuras de um homem mais velho e de um jovem. Com a diferença que aqui não é um pai e um filho, mas uma figura paterna e um rapaz que perdeu os pais durante o ataque dos tais vampiros.

O homem mais velho ensina o jovem a sobreviver nesse mundo em que a quantidade de humanos diminui cada vez mais. Com o objetivo de chegar ao norte, o Canadá, eles vão passando por diversas cidades, enfrentando os mais diversos perigos, inclusive de outros homens mesmo, e conhecendo outras pessoas que se juntam ao grupo, sem necessariamente garantirem passaporte de salvação com isso. O filme tem a sua beleza, os efeitos especiais são caprichados para uma produção modesta e o grau de melancolia é bem acentuado com uma eficiente trilha sonora. Mas, como disse, fiquei mal acostumado e querendo mais do que simples eficiência.

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