terça-feira, junho 22, 2010

TOY STORY 3D



O primeiro TOY STORY (1995) foi histórico. Acho que poucos filmes de animação me proporcionaram tanto prazer e encantamento. Foi histórico também por ser o primeiro longa-metragem produzido pela Pixar, que definiu um novo rumo para as animações. Depois de TOY STORY, outros ótimos trabalhos foram realizados pela produtora. Inclusive uma continuação, TOY STORY 2 (1999), também dirigido por John Lasseter. Na verdade, tenho pouca lembrança desse segundo filme. Só sei que não senti a mesma magia daquela primeira aventura. A ideia de mostrar brinquedos que têm vida própria mas que fingem ser inanimados para os seus donos de alguma maneira já passava pela minha cabeça quando eu era criança.

Mas não sei o que aconteceu comigo. De uns anos para cá, filmes infantis deixaram de ter a mesma graça para mim. Fica quase impossível fugir do sono. Será que devo culpar a violência a que fiquei tão acostumado? Em animações japonesas, supostamente mais ligadas ao público juvenil, como REBUILD OF EVANGELION, para citar um exemplo recente, eu fico super-ligado. Cheguei a pensar até mesmo no fato de ter passado da idade. Na idade que estou, eu é quem deveria estar levando as crianças para assistir essas animações, pensei eu. Por outro lado, não sei se quero isso pra mim.

Bom, estou enrolando e enrolando, como se para me desculpar pelo fato de não ter gostado de TOY STORY 3D (2010). E de ter achado os efeitos 3D super-fajudos. Não sei se é culpa da sala - vi no Iguatemi e não no Via Sul -, mas o fato é que praticamente não notei diferença entre a projeção 3D para a 2D. Aliás, a diferença que senti foi para pior, pois eles cortam visivelmente as partes superior e inferior da imagem, que ainda por cima fica um pouco mais escura do que o normal. Na verdade, eu nem tinha intenção de vê-lo em 3D. Sempre vi as animações da Pixar dubladas e nunca reclamei, pois o trabalho de dublagem para a Disney é sempre mais caprichado. Foi pura falta de atenção na hora de escolher o horário das sessões. E como já estava lá, encarei o 3D mesmo, até para conhecer a sala do Iguatemi.

Quanto à trama desta terceira aventura de Woody, Buzz Lightyear e cia, a ideia é boa e tem tudo para agradar aos fãs dos brinquedos simpáticos. O dono deles, Andy, já está crescido e empacotando suas coisas para ir para a faculdade. Os brinquedos ficam em polvorosa, doidos para saber o seu destino final. Irão eles para o lixo? Ou irão parar no sótão? Entre os vários brinquedos, escolhendo qual ou quais ele levaria consigo, Andy escolhe o caubói Woody. Os demais, devido a uma confusão, vão parar acidentalmente numa não muito agradável creche. As reviravoltas ora me aborreceram, ora me agradaram, ora me deixaram indiferente. Desse jeito, vou pensar mais de duas vezes antes de ver outra animação em 3D.

Ah, e o curta de abertura da vez é o interessante NOITE E DIA.

P.S.: No próximo dia 27 será exibido o belo curta AS COISAS SÃO BONITAS NOS OLHOS DE QUEM ACHA, da minha amiga Juliana Chagas. O cartaz já pode ser conferido. O filme será exibido na Mostra Olhar do Ceará.

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