segunda-feira, junho 14, 2010
ESQUADRÃO CLASSE A (The A-Team)
O prólogo de ESQUADRÃO CLASSE A (2010) é animador. Lembrou-me muito o entusiasmo, o vigor e o bom humor dos dois filmes das Panteras dirigidos pelo McG. Só que no lugar da sensualidade e da graça das meninas, a adaptação para a telona da série de tv dos anos 80 resultou em muita testosterona. Afinal, acompanhamos a desenvoltura de quatro rangers, soldados de elite do exército americano, especializados em missões especiais. Na verdade, no caso desse grupo, mais do que especiais: absurdas. O que consta no cartaz do filme, de que não há plano B, se dá porque, no cinema, até colocar um tanque dentro de um helicóptero e depois sair atirando com ele em queda livre (ou quase, por causa dos pára-quedas) dá certo se o roteirista quiser. Na grande lista de produtores do filme aparecem os nomes dos irmãos Ridley e Tony Scott.
Joe Carnahan, cineasta superestimado no começo da carreira com NARC (2002), se sai bem com este barulhento e movimentado filme, que tem como vantagem o fato de nunca se levar a sério. Se o espectador entrar no espírito do filme, dá pra se divertir, conhecendo ou não a série original. O elenco está bem e o filme começa apresentando os personagens principais de maneira bem dinâmica, com rock and roll no talo, dando para sentir a cabeça dos espectadores se mexendo ao som da música. Pena que em nenhum outro momento o filme apresente o mesmo brilhantismo do prólogo.
Liam Neeson comanda o bando, no papel de John "Hannibal" Smith. Bradley Cooper é o bonitão do grupo, Templeton "Cara-de-Pau" Peck. Juntam-se a eles, logo no começo, o B.A. (Quinton Jackson), que é uma das maiores marcas da série, com seu corte de cabelo meio moicano. Ingressa no grupo em seguida o louco capitão Murdock (Sharlto Copley, de DISTRITO 9), um dos personagens mais divertidos do filme. Jessica Biel é a sensual agente do FBI que passa a perseguir o grupo, especialmente depois que eles são alvo de uma conspiração e presos, para depois fugirem. A participação de Biel é mais do que bem vinda. Ela é sempre um colírio para os olhos. A superprodução faz jus à sua beleza, especialmente na cena em que ela e Cooper estão trancados numa daquelas cabines de tirar fotos, o melhor momento dos dois. Mas esse tipo de momento é uma exceção num filme que privilegia a ação. Pena que chega uma hora que isso cansa.
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