quinta-feira, junho 03, 2010

CRIAÇÃO (Creation)



Feriado abençoado. Pude dormir bastante, descontar um pouco o sono perdido durante a semana, festejar o aniversário da minha irmã caçula com um almoço em família e daqui a pouco devo socializar um pouco com os amigos. Também fiz uma lista de coisas pendentes hoje. São mais do que eu imaginava. Isso no que se refere a terminar de ver filmes, livros, revistas, hqs, séries, minisséries e até revistas virtuais. Algumas dessas coisas podem levar meses. Por isso que às vezes é preciso ser o mais prático possível. Escrever sobre filmes que não gostamos tem essa vantagem. Não precisamos nos esforçar para escrever melhor, de modo a prestar uma pequena homenagem àquela obra que nos fascinou, através de palavras. Infelizmente não é o caso de CRIAÇÃO (2009), de Jon Amiel.

O filme tem um tema interessante à disposição mas não desenvolve de uma maneira que o torne minimamente emocionante. CRIAÇÃO não destaca os aspectos científicos da teoria evolucionista. A intenção é enfatizar os dias de crise da vida de Charles Darwin, antes da publicação do seu famoso livro, seu relacionamento com a esposa e o trauma que teve ao perder a filha mais velha e mais querida. Quer dizer, o filme tem a boa intenção de nos apresentar ao Darwin homem, marido, pai. Mais do que o homem de ciência. Um aspecto positivo é ver os métodos que a medicina da época usava.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o fato de Darwin (Paul Bettany) ter entregue o livro "A Origem das Espécies" à esposa (Jennifer Connelly) para que ela decidisse o seu destino final: ser enviado para publicação ou ser queimado. Interessante isso, de o marido confiar à esposa esse tipo de ação. Lembro que quando li "As Valquírias", de Paulo Coelho, o autor conta que havia escrito um livro sobre a fase da magia negra em sua vida e foi a sua mulher quem resolveu que o livro deveria ser queimado. Felizmente, a esposa de Darwin, apesar de ser muito religiosa, deixou que o marido publicasse o livro, que hoje é um clássico tanto da literatura quanto da ciência.

Jennifer Connelly, uma das razões de eu ter ido ver o filme no cinema, não está em sua melhor forma. Está até um pouco apagada. Mas acredito que a intenção era essa mesmo. Ela faz o papel de uma mulher religiosa, com uma idade um pouco mais avançada (nesse caso, ela estaria até jovem demais para o papel em alguns momentos), e sem a produção de maquiagem que um filme que se passe nos dias de hoje requeriria. Mesmo para mim, fã dela que sou, sei que o seu auge no que se refere à beleza já passou. O que não significa que ela ainda não seja uma linda e especial mulher e que Paul Bettany seja um filho da puta de sorte.

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