quinta-feira, junho 24, 2010

A SAGA CREPÚSCULO: LUA NOVA (New Moon / The Twilight Saga: New Moon)



Apesar de ter surpreendentemente gostado de CREPÚSCULO (2008), fiquei um pouco assustado com as dimensões que a franquia foi ganhando, principalmente entre o público mais jovem. Então fui adiando e adiando e acabei perdendo LUA NOVA (2009) no cinema. Às vesperas de estrear o terceiro filme, ECLIPSE (2010), resolvi ver em casa o segundo da saga de Bella e sua paixão pelo vampiro Edward. A Saga Crepúsculo tem sido motivo de chacota por muitos, inclusive pelos fãs mais radicais de filmes de horror. O problema é que vampiros e lobisomens não é o que há de mais importante nesses filmes. E sabendo disso, Chris Weitz, o diretor de LUA NOVA, enfatiza a paixão de Bella e o começo da amizade que ela nutre por Jacob, o lobisomem.

Aliás, por que será que tem que ter também lobisomem nessa história? Vampiros e lobisomens é tão ANJOS DA NOITE... Por mais que eu acredite que essa briga já deva remontar à época dos monstros da Universal, a impressão que fica é que alguém anda copiando alguém. TRUE BLOOD, por exemplo, a série de tv da HBO que já guarda várias semelhanças com a Saga Crepúsculo, também apresenta lobisomens nesta terceira temporada, que está indo ao ar há mais de duas semanas nos Estados Unidos. Comparando os filmes com a série, em alguns aspectos eu prefiro a série. Se eu considerar sexo e sangue, fico com a série. Mas se comparo, por exemplo, a protagonista do filme com a da série, prefiro Kristen Stewart a Anna Paquin. Paquin faz um tipo mais vulgar, portanto, mais interessante apenas quando se pensa em sexo, quando se pensa nela nua. Kristen já conquista pelo espírito romântico.

LUA NOVA começa com o aniversário de Bella. Por mais que o namoro com Edward esteja de pé, mesmo com o distanciamento que o próprio vampiro lhe impõe, a garota está triste por estar fazendo 18 anos enquanto o corpo de Edward continua nos seus 17. São apenas 18 aninhos, mas ela se sente uma velha. Quer muito ser transformada em vampira por Edward para juntos serem felizes para sempre. Nem a morte os separaria. Se o primeiro filme destacava a transgressão, o segundo lida com a dor da separação. Edward toma a decisão de sair da cidade, sair definitivamente da vida de Bella. A cena em que ele diz que aquele é o último momento em que ela o verá é bem dolorosa.

O que eu mais gosto no filme é justamente esse tratamento dramático, meio shakespeariano, entre Bella e Edward. Quem curte diálogos ultra-românticos e bem longe do naturalismo que impera atualmente pode gostar também. Gosto também da cena em que a câmera rodopia ao redor de Bella, mostrando a passagem do tempo, a chegada das estações. Gosto das cenas que mostram Bella chorando de dor quando acorda a cada dia. Dor da falta do amado. Que só diminui quando ela passa a se envolver mais com Jacob. Que é uma relação diferente, pelo menos da parte dela. No quesito 'ação', o filme tem poucos momentos, mas mesmo esses momentos são interessantes, como a chegada de Victoria, a vampira inimiga mortal dos Cullens. Nem os lobisomens (um clã de sujeitos que andam sem camisa o tempo todo) chegam a estragar a brincadeira. Enfim, se LUA NOVA não é um grande filme, também não faz feio. E muito do que o filme tem de bom é graças a Kristen Stewart, adorável.

Vamos ver como se sairá David Slade, o terceiro diretor diferente a comandar a franquia. ECLIPSE estreia nos cinemas no próximo dia 30.

P.S.: Hoje começa o XX Cine Ceará. Infelizmente, devido a compromissos profissionais, não vou poder estar presente à noite de abertura. No site oficial, finalmente disponibilizaram a programação.

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