sábado, fevereiro 01, 2014

AMERICAN HORROR STORY - COVEN























E a terceira temporada da série/minissérie de horror de Ryan Murphy e Brad Falchuk acabou sendo um convite para que eu largasse de vez este projeto. O que me animou a continuar a ver foi a segunda temporada, AMERICAN HORROR STORY – ASYLUM (2012-2013), um acerto e tanto. E quase um milagre ter dado certo, já que era uma mistureba dos diabos. Mas foi uma temporada em que a gente se importava com os personagens. E isso pesa bastante para que gostemos de uma história.

AMERICAN HORROR STORY – COVEN (2013-2014) é exatamente o oposto. Não ligamos a mínima para os personagens. Nem para as cenas de violência gráfica. Em determinado momento, a personagem de Sarah Paulson fura os próprios olhos com uma tesoura. Em qualquer outro filme este tipo de cena seria chocante, causaria horror. Aqui, no entanto, causa indiferença.

Isso se deve, principalmente, porque todas as leis da Física são infligidas pelas personagens bruxas. Elas morrem e renascem com uma banalidade que a morte passa a ser algo sem a menor importância. E isso contamina a série, que lá pela metade chega a ser tão chata que dá mesmo vontade de largar de vez. Só não larguei, pois queria ir até o fim, já que estava tão perto de acabar o tormento. Pelo menos os episódios finais, apesar de ruins, não são tão chatos e fecham definitivamente a trama.

Jessica Lange começa a esgotar a sua força e a se repetir. Os rostos que se repetem de temporadas passadas acabam sendo prejudicados por roteiros e personagens mal conduzidos, caso de Lily Rabe, que na temporada passada fez uma freira endemoniada fantástica e agora é uma bruxa hippie sem graça; de Evan Peters, que passa a maior parte dos episódios grunhido como um monstro de Frankenstein; de Sarah Paulson, que está bem apagada, mesmo sendo a protagonista; e de Frances Conroy, que deve ter sentido muita falta dos bons tempos de A SETE PALMOS. Kathy Bates é outro grande nome praticamente destruído pela série.

Dos novos rostos, destaque para Emma Roberts, como a bruxinha sem coração e que não hesita em causar o mal. Bonita e atraente como é, acaba sendo uma das personagens mais interessantes. Quanto à doce Taissa Farmiga, depois da participação na primeira temporada, ela volta como a bruxa mais benevolente da turma. Já Gabourey Sidibe, a estrela de PRECIOSA – UMA HISTÓRIA DE ESPERANÇA, por mais que não queira, acaba evocando más lembranças do filme horrível que protagonizou.

A trama envolve um clã de bruxas em Nova Orleans que se vê às voltas com uma "suprema" malvada, vivida por Jessica Lange, e com um grupo de bruxas negras, encabeçada por Angela Bassett. Segundo a trama, todas elas são herdeiras das lendárias bruxas de Salem, que migraram para Nova Orleans a fim de conseguirem abrigo dos caçadores de bruxas. Não deixa de ser uma ideia interessante, aproveitando o ar de magia que a cidade tem. Pena que tudo isso e muito mais é mal aproveitado.

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