sexta-feira, maio 31, 2013
SE BEBER, NÃO CASE – PARTE III (The Hangover – Part III)
Um dos maiores trunfos da franquia SE BEBER, NÃO CASE! é a familiaridade que se criou entre espectador e personagens. Como geralmente acontece em séries de televisão. Sem essa familiaridade e sem a simpatia que se tem pelos dois anteriores, talvez não haja graça em ver SE BEBER, NÃO CASE - PARTE III (2013) no cinema. Assim, a nova continuação tende a agradar quem gostou dos dois filmes anteriores, remetendo a personagens e tramas já vistas na franquia. Remete tanto à Bangkok do segundo (por causa do chinês doido Chow, vivido por Ken Jeong, bem conhecido de quem acompanha a série COMMUNITY) quanto à Las Vegas do primeiro, lugar novamente visitado pelo trio nesta terceira parte.
Desta vez, ao contrário dos outros, o filme não tem como ponto de partida um casamento, e os desastres que acontecem não se dão por meio de drogas ou álcool, que fizeram os protagonistas acordarem de ressaca e sem memória nos filmes anteriores. O ponto de partida está no fato de Alan, o personagem de Zach Galifianakis, ser encaminhado pela família para uma clínica psiquiátrica.
Logo no começo do filme, em uma divertida esquete, ele dirige feliz no trânsito, levando uma girafa, sem pensar na possibilidade de o pobre animal ser muito alto para passar por debaixo dos viadutos. O resultado é catastrófico e exemplifica como ele tem o comportamento de uma criança de dez anos.
Galifianakis, aliás, fez tanto sucesso com esse papel que praticamente virou Alan aos olhos dos espectadores. Tanto é assim que, em UM PARTO DE VIAGEM (2010), também dirigido por Todd Philips, o ator vive praticamente o mesmo personagem, só que com um nome diferente. Tornou-se um eterno sem-noção, que responde por alguns dos momentos mais divertidos deste terceiro filme.
Bradley Cooper continua bom como o sujeito mais normal do grupo e Ed Helms (o cara de sorriso tímido que conquistou espaço garantido na série THE OFFICE) ganhou força na franquia, principalmente depois de suas desventuras sexuais nos filmes anteriores. Aliás, curiosamente, a terceira parte pega bem mais leve nas cenas politicamente incorretas. Tanto que diminuíram a classificação indicativa em comparação com o segundo.
Melhores momentos de SE BEBER, NÃO CASE - PARTE III: a invasão a uma mansão para roubar, junto com Chow, várias barras de ouro, com a intenção de devolver ao mafioso vivido por John Goodman. Há também a sequência no terraço de um edifício em Las Vegas, seguida pela perseguição a Chow, que torna o filme bem movimentado, próximo a uma comédia de ação dos tempos do cinema mudo.
Quando os créditos subirem, não se levante ainda, pois o diretor guardou uma surpresinha para o final. Não tão divertida quanto as fotografias dos filmes anteriores, mas uma boa solução para manter a tradição dos títulos (seja o brasileiro, seja o original).
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