Atualmente ando dando preferência aos filmes (há um mar de possibilidades e uma porção de tesouros a ver e rever) e evitando me apegar a novas séries e minisséries. Sei que algumas delas são muito atraentes e realmente muito boas, mas o máximo que ando conseguindo dar conta durante este período é de um filme por dia. Até por que também preciso trabalhar, ler os livros e quadrinhos, escrever, socializar (ainda que virtualmente), dormir etc.
Acho até que estou indo bem com a média de sete filmes por semana. Ainda assim, consegui ver algumas novas séries neste ano, graças a dicas de amigos, coisas que talvez não conhecesse de outra maneira. Como já faz um tempo que eu vi estas duas séries e esta minissérie abaixo, creio que é melhor relembrar o que escrevi na época em que terminei de vê-las e, quem sabe, acrescentar alguma coisa, ajudado pela memória ruim. Todas elas foram lançadas em 2020.
RUN - PRIMEIRA TEMPORADA (Run - Season One)
Gosto de como a série é ágil, tanto na velocidade com que brinca com as aventuras do casal fujão, quanto com o tanto de coisas que acontecem durante o período em que eles estão juntos. Domhnall Gleeson e Merritt Wever são ex-namorados que, depois de muitos anos, põem em prática o que haviam combinado um tempo atrás: responder um SMS de "Run" com outro "Run" e ambos se encontrarem em um local estipulado. Um dos méritos e também algo que pode decepcionar um pouco a série é ela ser algo totalmente diferente do que se espera. Ou seja, não é uma versão cômica da história de Jesse e Celine. É outra coisa bem diferente. E isso se acentua quando os dois passam a se aventurar fora do trem. Ótima a participação de Phoebe Waller-Bridge, que faz basicamente o mesmo papel de FLEABAG, mas a gente gosta mesmo assim. A criadora Vicky Jones dirigiu um espetáculo de Waller-Bridge e também contribuiu na supervisão de roteiros da série da amiga.
EM DEFESA DE JACOB (Defending Jacob)
Ótimo e um tanto perturbador drama criminal envolvendo uma família e o assassinato não resolvido de um garoto de uma escola. O principal suspeito do crime é o garoto Jacob (ótima performance de Jaeden Martell), filho de um respeitado procurador da cidade (Chris Evans) e de uma professora de educação infantil (Michelle Dockery). A minissérie vai mostrando a espiral de dúvida e de terror da família diante do inferno que se instala em suas vidas quando toda a cidade passa a ser inimiga deles, mas também por outra série de situações que ocorrem. Escrever mais sobre a minissérie pode estragar algumas surpresas. Entre os coadjuvantes, destaque para as vezes em que J.K. Simmons rouba as cenas. O criador da minissérie, Mark Bomback, tem altos e baixos em sua carreira de roteirista. Todos os episódios são dirigidos por Morten Tyldum (O JOGO DA IMITAÇÃO, 2014).
BETTER CALL SAUL - 5ª TEMPORADA (Better Call Saul - Season Five)
Levando em consideração a queda que da quarta temporada, esta quinta deu uma guinada muito boa para melhor, trazendo mais tensão e mais complexidade para os personagens. O nono episódio é sensacional. Corre o risco de ser o melhor da série como um todo. Que baita antagonista que é Lalo Salamanca (Tony Dalton). A relação entre Jimmy e Kim também dá um salto, mas confesso que achei a cena da união muito estranha, como já acho muito estranho o tipo de relação dos dois. Os criadores parece que não conseguem apostar em momentos de intimidade entre os atores, e de certa forma isso contribui positivamente para esse tipo de singularidade. Ao que parece a próxima temporada será a última. É uma série que está se mostrando mais valiosa do que se imaginava.
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