domingo, abril 20, 2014

O INCRÍVEL SHOW DE TORTURAS (The Incredible Torture Show / Bloodsucking Freaks)























Hoje não foi dos melhores dias. Deveria ser um dia para estudar e trabalhar muito em slides e artigos, a fim de preparar uma aula sobre Literatura Portuguesa para um curso de pós-graduação. Em vez disso, além de acordar tarde demais, senti uma tontura dessas de tirar a gente do chão por volta do meio-dia. Se não estivesse sentado, certamente teria caído no chão. E o resto do dia foi de indisposição, dores nas costas e um pouco de febre, que parece que está passando agora, com a sudorese. Quer dizer, tirando uma ou outra leitura, foi um dia muito pouco produtivo.

Aproveito, então, para atualizar o blog, falando um pouco de mais um filme que está presente no livro Cemitério Perdido dos Filmes B. O filme se chama O INCRÍVEL SHOW DE TORTURAS (1976), de Joel M. Reed, e, enquanto o assistia, tinha a impressão de que já tinha visto algum trecho no Contos do Thunder, aquele divertido programa que o Thunderbird apresentava na MTV, nos anos 1990, só com filmes trash ou de gosto duvidoso, mas nem por isso menos divertidos.

É o caso de O INCRÍVEL SHOW DE TORTURAS, produção da Troma que contém coisas inacreditáveis como um médico arrancando todos os dentes de uma mulher para aplicar-lhe um blowjob. E depois faz um furo em seu crânio para sugar seu cérebro com um canudinho. E esse sujeito nem é o protagonista do filme, e sim mais uma vítima de Sardu, mestre do Teatro do Macabro, um show em que mulheres são mortas e/ou decapitadas (em geral, nuas) para uma plateia que fica horrorizada, mas que pensa que é tudo truque.

Ao mesmo tempo, somos apresentados a um anão sádico, Ralphus, que é responsável por trazer as vítimas para o seu mestre. No local de trabalho de Sardu, além das vítimas que ele usa apenas para brincar, há um grupo de mulheres nuas dentro de uma cela que se tornaram selvagens e canibais. Assim, o filme aproveita para explorar, de vez em quando, seus efeitos visuais e de maquiagem, que não convencem tecnicamente nos dias de hoje, mas que funcionam dentro do clima de humor negro. O que dizer do jogo de baralho em que, em vez de dinheiro, Sardu e Ralphus apostam os dedos de suas escravas?

Mas o curioso é que alguns momentos podem mexer com a libido de alguns espectadores, mesmo sendo de uma crueldade extrema. Nem é o caso do mostrado na foto acima, com Sardu jantando "à luz de velas" usando uma mulher nua como mesa. É que, no fundo, no fundo, nós temos algo de sádicos, de perversos. E é bom que esse exercício de sadismo seja explorado nos filmes e não em praças públicas, como acontece em alguns países islâmicos ou como acontecia em países cristãos e de outras crenças, no passado.

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