quarta-feira, setembro 05, 2012

O DITADOR (The Dictator)



Uma das coisas mais tristes de se ver é uma comédia sem graça. Claro que estamos falando de algo completamente subjetivo, já que ouvi gente dizendo que O DITADOR (2012) é hilariante. O fato é que não vi a menor graça no novo filme de Sasha Baron Cohen, dirigido por Larry Charles. Os dois novamente juntos depois do sucesso de BORAT – O SEGUNDO MELHOR REPÓRTER DO GLORIOSO PAÍS CAZAQUISTÃO VIAJA À AMÉRICA (2006).

Seis anos separam um filme do outro. A ideia dos dois filmes é parecida, com a diferença que a estrutura da comédia desta vez é mais convencional, saindo o registro do falso documentário. Continua o personagem exótico de outro país que chega aos Estados Unidos e enfrenta choque de valores e de cultura. Mas ao contrário de Borat, que era muito ingênuo, Aladeen, o ditador, tem a intenção de não permitir que a democracia chegue a seu país, como quer a ONU.

De nada adiantou tanta propaganda de Sasha Baron Cohen, que foi até a cerimônia do Oscar deste ano brincar de jogar as cinzas do ditador da Coreia do Norte no tapete vermelho. O filme, que começa com uma dedicatória in memoriam a Kim Jong-il, não teve o sucesso esperado nas bilheterias, ficando atrás tanto de BORAT quanto de BRÜNO (2009). O DITADOR também possui um humor bem mais brando do que o de BORAT. O melhor está no trailer, que de tantas vezes que foi exibido nos cinemas foi perdendo a graça.

Os coadjuvantes de destaque no filme são: Ben Kingsley como o suposto braço direito de Aladeen; Megan Fox, interpretando ela mesma recebendo uma pequena fortuna por um programa com o ditador; Anna Faris, como a moça que ajuda Aladeen quando ele está no anonimato (sem a barba); John C. Reilly, como o homem que tira a barba de Aladeen (e isto está no trailer!); e Edward Norton, numa ponta meio constrangedora e sem graça.

P.S.: Saiu a lista das melhores cenas do cinema eleitas pela Liga dos Blogues Cinematográficos. Confira AQUI.