segunda-feira, maio 29, 2006
X-MEN - O CONFRONTO FINAL (X-Men: The Last Stand)
Pra quem achava que X-MEN - O CONFRONTO FINAL (2006) seria tão fraco quanto os trailers antecipavam, até que eu me surpreendi bastante com suas qualidades. Sob a direção de Brett Ratner, o terceiro filme deve ficar na memória dos expectadores mais até do que os dois dirigidos por Bryan Singer. Eu, pelo menos, pouco me lembro de X-MEN (2000) e X-MEN 2 (2003), embora eu lembre de ter gostado mais do segundo.
O prólogo do novo filme chegou a me empolgar. Ele se passa alguns anos no passado e mostra o Professor Xavier e Magneto (ambos rejuvenescidos com maquiagem e retoques de computação gráfica) indo falar com os pais da adolescente Jean Grey, pois foi detectado que o poder da menina é incalculável e deve ser controlado. Depois vemos um pouco da infância traumática de Warren Worthington III, o Anjo. Em seguida, entram os créditos de abertura com uma música bacana. Depois desso prólogo, eu até me sentei mais apoiadamente na cadeira para ver o filme com mais boa vontade. A trama desse terceiro filme gira em torno de uma fórmula que "cura" os mutantes, transformando-os em pessoas normais.
Pode-se acusar o filme de muita coisa menos de não ser ousado. Os roteiristas, ignorando a possível reclamação dos fãs dos quadrinhos, não se importaram em matar logo de cara um dos heróis mais importantes da equipe. Sobrando espaço, assim, para que o Wolverine (Hugh Jackman) e a Tempestade (Halle Berry) pudessem brilhar mais. A Tempestade, nos filmes anteriores, havia sido relegada a segundo plano. Curiosamente, o Noturno desapareceu desse novo filme sem maiores explicações e o Colossus apareceu da mesma maneira. Porém, a participação do Colossus foi ridícula, servindo apenas como mero "lançador de Wolverine".
O Wolverine de Hugh Jackman está cada vez mais diferente do que eu conheci nos quadrinhos. No cinema, ele tem pinta de galã e tem até bons modos com as mulheres. Nos quadrinhos ele é um sujeito baixinho, enfezado e selvagem. Mas tudo bem. Eu gostei bastante da interpretação do Jackman e o fator de cura dele e a aplicação das garras foi bem melhor utilizada nesse filme. Claro que para um filme de censura 12 anos o sangue não é mostrado. Quanto à Tempestade, tirando o péssimo uso de cabos nas cenas de vôo, enfim deram o devido valor para sua personagem. Já Famke Janssen, a atriz pegou um papel ingrato, tendo apenas que se fazer de malvada o tempo todo na pele da Fênix Negra. Inclusive, achava que o filme iria beber mais da fonte da Saga da Fênix Negra, mas resolveram fazer um roteiro mais original, o que não deixa de ser um ponto a favor. Torna as coisas mais surpreendentes.
Felizmente um dos maiores problemas dos dois primeiros filmes foi solucionada, ao menos em parte, nesse terceiro. Refiro-me às seqüências de ação. O Wolverine bota suas garras para funcionar, o Fera mandou muito bem nas lutas, há um belo timing justamente num momento que qualquer diretor poderia se perder. Também gostei da menina que fez a Kitty Pryde (Ellen Page). Além de a atriz ser uma gracinha, a cena dela com o Fanático também ficou muito legal. A saída de cena do Ciclope só fez com que o filme melhorasse. James Marsden tem aquela cara de babacão que irrita.
Teria que rever o segundo filme para fazer uma comparação melhor, mas suspeito que Brett Ratner, o homem que deve ser respeitado ao menos por ter produzido PRISON BREAK, fez o melhor filme da trilogia. Não chega a ser excelente, mas já tá bom demais.
P.S.: Tem coluna nova no CCR. O assunto da vez: "Os novos mestres do terror".
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