quarta-feira, maio 03, 2006

TERAPIA DO AMOR (Prime)

 

TERAPIA DO AMOR (2005), segundo longa-metragem de Ben Younger, é mais uma comédia romântica que anda na corda bamba entre evitar e utilizar os clichês do gênero. O principal chamariz é, claro, Uma Thurman, afastada do gênero desde o simpático FEITO CÃES E GATOS (1996). A presença de Meryl Streep também chama a atenção, ela que já foi chamada de melhor atriz americana em atividade. Apesar disso, não conheço sequer um fã ardoroso de Meryl. Entre uma atriz de primeira linha e uma estrela carismática, TERAPIA DO AMOR conta com Bryan Greenberg, um ator novato e meio sem graça e que às vezes chega a comprometer o filme. 

Na trama, mulher divorciada de 37 anos (Uma Thurman) conhece rapaz de 23 anos (Bryan Greenberg). Os dois se apaixonam mas a diferença de idade é sempre um fantasma perturbador. Mas o mais engraçado é que o rapaz é filho da terapeuta (Meryl Streep), uma mulher que aconselha sua paciente a seguir adiante com essa relação sem ligar para o problema da idade. Mas isso, só até ela descobrir que o namorado dela é seu filho. 

A partir daí o filme conta com cenas bem engraçadas, como quando Uma conta detalhes íntimos de seu relacionamento e a pobre da terapeuta fica tomando litros d'água de tão nervosa. Porém, como é de se esperar nesse tipo de filme, o romance acaba pesando mais do que a comédia. Não que isso seja um problema. Na verdade, apesar do protagonista fraco e dos diálogos pouco inspirados do casal, TERAPIA DO AMOR tem momentos bonitos e um final até que atípico. 

Outro ponto positivo no filme é o personagem do amigo de Bryan, um sujeito especialista em jogar torta na cara das meninas com quem sai. Um detalhe que eu tenho reparado é que as comédias românticas sempre aproveitam muito bem belas canções para enfeitar alguns momentos, como é o caso de "I Wish You Love", de Rachael Yamagata, que toca no final. 

Pra não ficar apenas em referências sobre música, numa cena do filme, o par romântico se encontra numa sessão de BLOW-UP - DEPOIS DAQUELE BEIJO, de Michelangelo Antonioni. Não sei se essa informação tem alguma relevância, mas não deixa de dar um certo charme ao filme.

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