terça-feira, julho 31, 2012

DEAR ZACHARY – UM CASO CHOCANTE (Dear Zachary: A Letter to a Son about His Father



Quando li o texto de André Barcinski falando a respeito em sua coluna, achava que iria chorar rios de lágrimas com este documentário sobre um rapaz que é assassinado por sua própria namorada. Mas no fim das contas achei o filme mais uma paulada que gera muita indignação do que exatamente um documentário feito para chorar. Mas sei também que cada pessoa reage de maneira diferente. E hoje, pensando no filme, e pensando nos familiares do rapaz e por tudo que passaram, quase deu vontade de chorar.

Mas na hora não. Especialmente em certo momento, DEAR ZACHARY – UM CASO CHOCANTE (2008) se assemelha até a um filme de horror. Mas um horror que chega a ser ainda mais impressionante do que qualquer filme de ficção do gênero, porque se trata de uma história real, o que torna tudo ainda mais absurdo.

O subtítulo original, que em português significa "uma carta para um filho sobre seu pai", dá o tom do que pode ser o filme. O próprio diretor, Kurt Kuenne, era amigo pessoal de Andrew Bagby, o jovem enfermeiro que teve sua vida ceifada por uma maníaca, depois que ele terminou o namoro com ela. Seu corpo foi encontrado num terreno baldio, cravado de balas.

Uma das coisas que causa indignação é a maneira como a justiça trata o caso, prendendo, mas rapidamente soltando a assassina. Que carregava em sua barriga, no tribunal, um filho de Andrew Bagby. Falar mais do que isso (até acho que já falei demais) pode estragar o que ainda há por vir. Como o próprio Barcinscki falou, é um filme que estraga o seu domingo (ou qualquer dia da semana), mas que deve ser visto. Até para refletirmos sobre o mal existente no espírito de certas pessoas e sobre o quanto ainda podemos nos surpreender com este mundo em que vivemos.

P.S.: No blog de cinema do Diário do Nordeste, há uma matéria sobre os filmes que têm sua exibição cancelada nos cinemas e vão parar no mercado de vídeo. AQUI.