quarta-feira, novembro 24, 2010

VIAGEM A SAMPA 2010 - VERSÃO 2.0



Quem diria que eu estaria de volta a São Paulo no mesmo ano? Tudo começou com uma mensagem pelo celular do meu amigo Murilo alguns meses atrás. Dizia mais ou menos assim: "Smashing Pumpkins em Sampa dia 20.11. Vamos?" Eu, cada vez mais impulsivo que ando ultimamente, respondi que sim. Pumpkins era a minha banda do coração nos anos 90 e eu não queria perder essa oportunidade. Já havia me arrependido de não ter ido ao show do Radiohead.

E como eu não queria passar apenas um fim de semana em Sampa, dei uma esticadinha e fiquei um pouco mais. Com meus planos maquiavélicos muito bem arquitetados, graças às folgas da justiça eleitoral, eu conseguiria fazer uma espécie de miniférias. Resultado: fui premiado com muitos bônus. O primeiro deles: a já lendária festa de aniversário da querida Alê Marucci, que aconteceu na sexta-feira. Foi uma oportunidade também de bater um papo com o David Medeiros. Quando saímos de lá o dia já estava amanhecendo. No repertório, tudo de bom do pop rock, dos 1960 aos anos 2000. O segundo bônus foi bombástico: Paul McCartney fazendo show no período que eu estava lá! Essa viagem só podia ser muito abençoada.

E de fato foi, como deu para perceber no post sobre o show. Pra completar, eu e o Murilo ainda fomos a uma sessão de autógrafos do Lou Reed, que aconteceu na sexta. Apesar de ter sido frustrante, já que não pudemos tirar fotos dele ou com ele, ainda assim, valeu demais adquirir um livro que eu já estava a fim de comprar e com a assinatura de um dos maiores nomes do rock internacional. [Aliás, para quem gosta de rock, o fim de semana que passou foi o melhor do ano. Na quinta teve Stereophonics (a Alê foi); na sexta, Raveonettes (o Alex foi); no sábado, o Planeta Terra; e no domingo, fechando com chave de ouro, o show do Paul.]

Mas vamos tentar botar ordem nesse texto, que está ficando confuso. Antigamente eu escrevia textos obedecendo mais a ordem cronológica das coisas. Não sei o que está acontecendo agora. Pois bem. No dia seguinte ao aniversário da Alê, estávamos bem cansados, mas tínhamos ainda uma grande maratona pela frente. A novidade do sábado foi a chegada de Tiago Superoito, que também ficou hospedado na casa do Michel, que a essa altura já virou uma espécie de albergue, como ele mesmo costuma falar, com sua generosidade e hospitalidade. E o encontro com o Tiago foi muito legal.

Quase como se eu o conhecesse há muitos anos, quando na verdade, eu cheguei a entrar em contato com ele mais recentemente, na "era twitter", embora já fosse admirador de seus textos. Depois de um farto almoço e um papo delicioso, estávamos prontos para encarar uma cacetada de bandas. A maioria eu não conhecia. Mas sobre o festival Planeta Terra, falarei com mais detalhes no próximo post. Só quero enfatizar que eu saí de lá muito cansado.

Chega o domingo. Dia do tão aguardado show do Paul McCartney. Ainda conseguimos encontrar tempo para um almoço com Chico Fireman e seu amigo Mitchel. O tema, como era de se esperar, não podia ser outro: cinema. Ficamos tão entusiasmados com o papo que até esquecemos de pedir o prato principal. Tudo bem que 20% da conversa tenha sido sobre PRESSÁGIO (sim, aquele com o Nicolas Cage), mas talvez por isso mesmo tenha sido tão divertido.

Show do Paul. Altas expectativas. Eu e o Michel nos separamos da Alê e do Tiago, que haviam conseguido pista e eu e ele ficamos na arquibancada laranja. Mas sabe que eu gostei muito de ter assistido na arquibancada? Tinha gente de todas as idades, estava muito animado, não tinha problema de visibilidade (digo, de gigantes na minha frente) e o lugar era bem ventilado.

Depois do domingo emocionante, a segunda-feira era praticamente de ressaca. Estava com a garganta só o caco, dor no corpo e um pouco de febre. Ainda assim, tinha marcado almoço com Edu Aguilar e foi bom podermos botar os papos em dia. Desde abril praticamente que não papeava com ele nem por meio virtual. Em seguida, encontrei a Alê para vermos um filme no Reserva Cultural. Foi uma disputa de quem cochilava mais na sessão de UM HOMEM QUE GRITA. Os outros filmes vistos no período em que estive lá foram SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO (já que é um filme de exibição exclusiva em São Paulo) e o ótimo VINCERE.

No fim da tarde de segunda, São Paulo estava com mais cara de São Paulo. A chuva tinha aparecido finalmente. Michel, esse cara que cada vez mais eu admiro, fez a gentileza de me deixar no aeroporto, mas não sem antes passarmos num restaurante especializado em esfirras. As melhores que eu já comi até hoje. Hora de despedida no aeroporto. Sentimento enorme de gratidão para com o Michel e todos aqueles a quem eu encontrei nesses dias. No avião, a maior parte dos tripulantes era de pessoas que foram para o show do Paul. Uma vibe boa no ar. O voo foi tranquilo e pontual. As aeromoças estavam bonitas, simpáticas e atenciosas. Na volta pra casa, de táxi, eu ia assinalar para o motorista que a casa era um duplex branco. Mas eu falei: é ali, onde está aquele cavalo. Pois é. Havia um cavalo cagando no portão da minha casa! Surreal. Espero que isso seja sinal de boa sorte.

Confira AQUI algumas fotos que eu tirei durante a viagem.

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