terça-feira, novembro 09, 2010

UM PARTO DE VIAGEM (Due Date)



CAINDO NA ESTRADA (2000) continua sendo a melhor comédia de Todd Phillips, pelo menos no quesito fazer rir. Porém, foi depois de SE BEBER NÃO CASE (2009) que o diretor ganhou status de autor. Agora, então, com Robert Downey Jr. encabeçando o elenco é que ele conquista ainda mais o seu espaço. Mas embora Downey Jr. tenha um carisma inegável, quem rouba a cena em UM PARTO DE VIAGEM (2010) é Zack Galifianakis, o sujeito gordo e barbudo que foi revelado para o grande público em SE BEBER NÃO CASE.

UM PARTO DE VIAGEM é mais um a engrossar a lista dos "bromances", espécies de comédias românticas masculinas que estão na moda atualmente e que têm como principais representantes filmes como EU TE AMO, CARA e os dirigidos e produzidos por Judd Apatow, cujo maior sucesso ainda é LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS. No caso de UM PARTO DE VIAGEM, a relação que se inicia entre os personagens de Downey Jr. e Galifianakis é de ódio por parte de um e de interesse em estabelecer um elo de amizade por parte do outro. O próprio espectador, vendo-se na pele do sujeito que quer voltar pra casa, para os braços de sua bela esposa que está prestes a ter um bebê (Michelle Monaghan é um belo de um motivo para se querer voltar pra casa o quanto antes, não?), sente um pouco de raiva daquele louco que vai metendo o personagem de Downey Jr. em enrascadas cada vez maiores.

Tudo começa antes mesmo do embarque, quando o rotundo barbudo e com um cachorro à tiracolo, troca seus pertences de mão, deixando Downey Jr. tendo que responder por um cachimbo usado para fumar maconha. Mas a gota d’água acontece no avião, quando o maluco começa a repetir as palavras "bomba" e "terrorista". Resultado: os dois ficam na lista de pessoas proibidas de ingressar em aviões. A luta agora é para voltar para casa. E ao aceitar a carona do maluco, aventuras virão, situações inacreditáveis acontecerão e personagens interessantes darão as caras no meio da trama, como a sumida Juliette Lewis, que interpreta uma traficante de maconha, que tem dois filhos que são uns pestinhas. Há também Jamie Foxx em papel pequeno.

UM PARTO DE VIAGEM, se não é aquela comédia para gargalhar o tempo inteiro – coisa que tem sido cada vez mais rara no cinema americano -, tem o mérito de ser muito bem conduzida. É provavelmente o filme mais redondo de Philips e que conta com um elenco que contribui e muito para que a diversão seja garantida.

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